No dia 26 de outubro, quando é comemorado o Dia do Metroviário, o MetrôRio também celebra a expansão da participação feminina nos seus quadros funcionais. Predominantemente masculina, a área de atuação tem aberto novas possibilidades profissionais não somente para as mulheres, mas também para o público LGBTQI+ e outras minorias.
Um exemplo de integração e de sucesso é o de Ana Maria de Brito Lima que, em setembro deste ano, se tornou a primeira mulher a ocupar a função de controladora de tráfego da companhia. Ana Maria trabalha no MetrôRio há 16 anos e já passou por diferentes áreas de atuação, como: Bilheteria, Administrativo e condutora de trem,
“Coleciono diversos momentos importantes no MetrôRio. Entre as lembranças mais marcantes estão a admissão, quando fui muito bem recebida na empresa, e todos os processos seletivos que participei para novas funções. Todos esses momentos eu vivencio com muita emoção, dedicação e aprendizado, porque eles reforçam não só meu crescimento como profissional, mas também a representatividade para todas as mulheres colaboradoras que compõem a empresa”, conta a nova controladora de tráfego que integra uma equipe de 16 profissionais responsáveis por toda a movimentação de passageiros no Rio de Janeiro.
Criteriosa, Ana Maria relata que este tem sido um grande desafio como metroviária, pois a função é vital para o bom funcionamento da cidade e do setor produtivo fluminense.
“Estamos na linha de frente, ou seja, no coração do sistema metroviário. Nosso trabalho é um dos mais vitais na operação e uma das coisas que mais me motiva é saber que estamos contribuindo diretamente na vida das pessoas, garantindo a segurança e a previsibilidade para que todos cheguem aos seus compromissos. Não tem nada mais motivador do que isso”, comenta Ana Maria.
Um levantamento realizado pela Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos mostrou que a participação das mulheres no setor tem aumentado a cada ano. Atualmente, mais de 7,3 mil mulheres trabalham em empresas que operam os sistemas de transporte de passageiros sobre trilhos no Brasil, representando aproximadamente 25% do total dos funcionários dessas companhias. A informação mais reveladora da pesquisa é de que 14% dessas mulheres ocupam algum cargo de liderança direta, como: diretora, coordenadora, supervisora ou gerente. A mão de obra feminina já está presente em todas as áreas das empresas, desde engenharia e administração, passando pela operação e manutenção das estruturas.
Sobre o pioneirismo no cargo, Ana Maria espera que outras funcionárias se inspirem em seu exemplo para que mais e mais mulheres ocupem postos importantes dentro setor metroviário.
“Sou a primeira mulher a alcançar esse cargo na empresa, o que sempre foi o meu objetivo desde a minha chegada. Como mulher, é muito gratificante fazer parte desse novo momento de transformação cultural, para termos cada vez mais mulheres em cargos de áreas operacionais no setor metroviário”, celebra.
O MetrôRio é uma concessionária em constante movimento e não somente sobre os trilhos. Em 2017, a companhia estabeleceu um programa de diversidade baseado em quatro pilares: equidade de gênero, raça, LGBTQI+ e de pessoas com deficiência. Para isso, a empresa aderiu ao Fórum de Empresas e Direitos LGBTI+, à Coalizão Empresarial para Equidade Racial e de Gênero, à Iniciativa Empresarial pela Igualdade, à ONU Mulheres e ao Diverse Panel Charter (UITP), instituição voltada para a garantia da equidade de gênero em discussões sobre mobilidade.
Para garantir a diversidade e a inclusão de gênero, a concessionária adota práticas como recrutamento às cegas, mentoria de carreira para mulheres, programa de jovem aprendiz voltado para as mulheres, além de campanhas educativas e conscientização dos colaboradores.