Nesta segunda-feira (31/08), Marco Aurélio Mello, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) criticou o afastamento de Wilson Witzel (PSC) do cargo de governador do Rio de Janeiro. A decisão foi de Benedito Gonçalves, ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça).
“Não tenho a menor dúvida de que houve uma precipitação. Foi uma penada única que retirou o chefe do governo do Rio de Janeiro eleito. Isso não implica avanço. O desejável seria aguardar-se a denúncia e aí o recebimento pelo STJ, que exigiria ato colegiado”, afirmou Marco Aurélio em entrevista à Rádio Gaúcha.
O afastamento do governador foi autorizado por Benedito Gonçalves na última sexta-feira (28/08). A medida tem validade inicial de 180 dias. A ordem de afastamento é decorrência da delação premiada do ex-secretário estadual de Saúde Edmar Santos e das investigações de duas operações realizadas em maio:
A primeira foi Operação Favorito (14/05), que prendeu o empresário Mario Peixoto e o ex-deputado estadual Paulo Melo, que foi presidente da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro); a segunda foi a Operação Placebo (26/08), sobre a montagem de seus hospitais de campanha para tratamento de covid-19, que chegou a fazer buscas na residência oficial do governo do Rio de Janeiro.