Miquéias: Chegou a vez da PRF

Ex-policial e especialista em Segurança Pública, Miquéias Arcenio critica o uso de câmeras nos uniformes de policiais

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Desde 2021, a PM do Rio de Janeiro carrega em seus uniformes, câmeras que gravam em vídeo e áudio a atuação dos policiais em serviço.

Agora mais recentemente, o Ministério Público Federal notificou a Polícia Rodoviária Federal, recomendando a implantação de câmeras corporais em seus policiais, e outras medidas.

Não é necessário ser formado em Direito para saber que uma “recomendação” do MPF é um “cartão amarelo”, um sutil recado de que sem a adoção daquela postura, uma chuva de processos estará por vir. Leia a integra da Recomendação aqui

O principal motivo para a cartinha à PRF, é evitar que se repitam erros como o do caso de Genivaldo Jesus, que morreu no porta-malas de uma viatura, sufocado com gás lacrimogênio.

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Entre 2020 e 2021, o Estado de São Paulo registrou o menor índice de Letalidade Policial, desde 2005. Ao mesmo tempo, tivemos o menor número de policiais mortos em serviço, nos últimos 31 anos.

Desta forma, com menos mortes de ambos os lados, podemos entender que ocorreram menos confrontos, desde a implantação das body cams. 

Será que os criminosos, são tímidos e não querem aparecer nos vídeos, ou os policiais estão deixando de ir atrás dos criminosos, por medo de serem punidos no cumprimento do dever?

Em uma decisão recente do STJ de SP, um homem foi solto após ter sido detido com 41 porções de maconha. Segundo o desembargador, o fato de os policiais terem visto o acusado saindo de uma boca de fumo, e dele ter corrido ao ver os policiais, não justifica a abordagem. Esqueçam que com ele havia droga. Soltem o preso! A conduta dos policiais foi ILEGAL!

Apesar disso, as autoridades dizem que não se trata de vigiar o policial. Segundo o Coronel PM Luiz Henrique Marinho Pires:

O equipamento não vem para vigiar ninguém, não vem para punir ninguém. É um equipamento de proteção, de garantia da legalidade, para comprovar a excelência do serviço da PM no estado do Rio de Janeiro

Opinião do Colunista:

Quando fui soldado da PMERJ, ainda no meu curso de formação, os “antigões”, como chamamos aqueles que têm mais experiência, me diziam: 

Quem trabalha muito, erra muito. 
Quem trabalha pouco, erra pouco.  Quem não trabalha, é promovido.

Chegou a vez da PRF…

Este é um artigo de Opinião e não reflete, necessariamente, a opinião do DIÁRIO DO RIO.

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Miquéias Arcenio é ativista político, influenciador digital, palestrante do tema Segurança Pública, a favor do porte de armas para o cidadão. Foi Soldado da PM entre 2015 e 2020, trabalhando em Unidades de Polícia Pacificadora como o Complexo do Alemão. Deixou a corporação para se dedicar à projetos particulares.
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