Na última segunda-feira (16), o DIÁRIO DO RIO, a partir de denúncias, publicou uma matéria sobre um estabelecimento comercial que estaria promovendo desordem na Rua Benjamin Constant, no bairro da Glória, na Zona Sul, com direto a som alto, mesas espalhadas nas calçadas, brigas e pessoas urinando na rua em plena passagem da segunda para terça-feira, segundo as informações recebidas pelo veículo e que constaram de algumas fotos e vídeos recebidos aqui na redação.
A dona de um dos estabelecimentos entrou em contato com o jornal para informar que as denúncias seriam inverídicas, pois o seu negócio não funcionaria às segundas-feiras e terças-feiras, mas de quarta a domingo. A proprietária informou, ainda, que seu estabelecimento possui dois banheiros que atenderiam às necessidades dos frequentadores locais. Dessa forma, segundo a ela, nenhum consumidor teria a necessidade de usar a rua como banheiro público. Sobre possíveis confusões na unidade comercial, a dona do negócio disse que a frequência costuma ser pacífica, sem atritos ou confusões.
Na busca da verdade, o DIÁRIO DO RIO voltou a entrar em contato com moradores da rua Benjamin Constant, que acabaram por confirmar as informações publicadas pelo jornal, na segunda-feira, com exceção dos dias em que não há funcionamento. Mais de uma moradora da rua confirmou o endereço e o número da unidade comercial que seria a origem da barulhada que vem incomodando os vizinhos. Para chancelar as informações, moradores nos enviaram mais quatro vídeos documentando o funcionamento do estabelecimento em questão, que publicamos abaixo, para dirimir quaisquer dúvidas.
De acordo com a moradora local, que prefere não se identificar: “Vir aqui, sexta, sábado ou domingo, e às vezes, quarta-feira é horrivel; roda de samba, bateria de escola de samba; a rua fecha; gente mijando em todo lado. Os imóveis do prédio em frente e o prédio do lado estão muito prejudicados. Até agora não se consegue limites para esse povo,” disse a residente da conhecida rua da Glória, revoltada com a informada dificuldade de dormir.
Sobre um vídeo postado na matéria de segunda-feira, a informação de que não seria do estabelecimento comercial – conforme disse a dona do negócio – procede. Erramos. Publicamos um vídeo de uma outra situação semelhante – são inúmeras as queixas de barulho noturno da Lapa e na Glória – mas recebemos muitos outros vídeos com o mesmo teor – e com endereço correto – e que demonstram a dificuldade de se morar junto ao 116. Abaixo, mais um vídeo enviado pela moradora da rua:
Segundo a mesma moradora, as imagens seriam do estabelecimento, cujos frequentadores chegam a fechar a rua, sendo que “barulho vem até o final da rua porque fica a céu aberto”, teria dito ela. Ainda acordo com a moradora: “a fiscalização já veio, mas não aconteceu nada”. Para validar as informações, ela enviou ainda mais outro vídeo para a redação do jornal:
Por favor, olhem a Travessa dos Tamoios, no Flamengo. Uma pequena travessa, que deveria ser um local de paz, foi tomada por bares que não respeitam a vizinhança. Bares com música ao vivo sem nenhum investimento em acústica. Para piorar, ontem, 27 de de outubro, o Deza Bar promoveu uma roda de samba no meio da rua, que foi fechada ao trânsito. O bar, pequenino, se expandiu para o meio da rua. Os moradores que se danem, rua fechada, barulho, falta de direito ao sossego aos domingos. É isso aí, esse é o Deza Botequim.
Peço, por favor, que olhem a Travessa dos Tamoios, no Flamengo. Uma pequena travessa, que deveria ser um local de paz, foi tomada por bares que não respeitam a vizinhança. Bares com música ao vivo sem nenhum investimento em acústica. Para piorar, ontem, 27 de de outubro, o Deza Bar promoveu uma roda de samba no meio da rua, que foi fechada ao trânsito. O bar, pequenino, se expandiu para o meio da rua. Os moradores que se danem, rua fechada, barulho, falta de direito ao sossego aos domingos. É isso aí, esse é o Deza Botequim.
Fui pegar o meu carro no domingo e estava completamente urinado
A Prefeitura precisa atuar. Música alta ao ar livre perturba a vida de quem mora nas proximidades. As pessoas têm direito a viver dentro das suas casas em silêncio. É o mínimo. Estabelecimentos com música precisam ter acústica apropriada, simples assim. Cada um na sua sem atrapalhar a vontade do outro.
Urinar e estragam os carros parados, o meu vizinho quebraram o vidro de trás, ele reclamou com a dona no dia seguinte, a mesma mandou a merd*, isso aconteceu no sábado pra domingo passado
Isso não condiz com a verdade ninguém nos procurou inclusive você, aparece no Bar 3 vem falar comigo
Moro exatamente em frente ao bar. Os donos são solícitos às reclamações e foram ajustando o som ao vivo pra acabar até às 22h, não tem evento até tarde no dia de semana. Acho que traz vida ao bairro, movimento e faz com que eu, uma mulher que mora sozinha aqui, me sinta mais segura retornando pra casa a noite. Concordo com a interrupção do som no horário das 22h, e que deva haver ordem, as pessoas que venham a urinar na rua estão sujeitas à fiscalização da prefeitura como em qualquer outro lugar da cidade e devem ser autuadas.
Faço das palavras da Isadora as minhas, inclusive eu estava nesse dia e desligou o som as 21:00, porém até dispersar todos que vão justamente onde esse grupo se apresenta demorou em torno de uma hora. Ou seja as 23:00 já estava fechado o bar. Essa pessoa que mandou esse vídeo é a mesma que mandou todos esses outros podem reparar que inclusive tinha dois ambulantes na rua que era o do guarda sol lilás, esse evento foi o segundo e último desse grupo justamente por isso. Os donos do bar estão sempre escutando os moradores que chegam até eles pra reclamar ou dar alguma sujeitão. Se reparar nos vídeos são os mesmos da mesma noite. Acho que essa pessoa deveria ser honesta e falar a verdade, os eventos que tem são sexta, sábado e domingo de 15 em 15 dias e não todo fim de semana. E as 21:00 é desligado o som. O que não pode é botar uma mordaça na boca dos clientes pra calar a boca. Falta do que fazer só acho!
Há necessidade da Prefeitura atuar em.comercio e nas residências..está uma zona ! Não adianta combater somente onde dá midia ..seja por Lei de silêncio, seja por ocupar as calçadas ou show com paraquedas sem tratamento acústico, a Prefeitura está ajudando ao faturamento de alguém para comprar alguma coisa …
concordo!