Morre, aos 103 anos, o arquiteto Mauro Ribeiro Viegas

Ele também era urbanista e professor catedrático de materiais de construção e estudos, autor de diversas obras técnicas

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Foto: Antonio Batalha/Divulgação Firjan

Morreu aos 103 anos, na noite de terça-feira, (18/10), no Rio de Janeiro, o arquiteto Mauro Ribeiro Viegas. Ele também era urbanista, professor catedrático de materiais de construção e estudos e autor de diversas obras técnicas.

Como urbanista, foi incumbido dos parques e jardins da cidade do Rio de Janeiro. Da mesma forma, colaborou na construção de Brasília, onde montou um pioneiro laboratório de análise de materiais de construção. Também esteve à frente da COHAB no governo Negrão de Lima.

Se formou em 1945 pela Faculdade Nacional de Arquitetura, o professor Mauro fundou, em 1952, a Concremat Engenharia e Tecnologia S/A, como o primeiro laboratório privado de controle sistêmico da qualidade dos materiais de construção, contribuindo para o desenvolvimento do Brasil. A empresa completou 70 anos em 2022 como uma das maiores empregadoras de engenheiros civis do país.

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À frente do seu tempo, o professor Mauro foi um dos primeiros executivos do setor de infraestrutura a insistir na agenda ambiental, atuando ativamente para a constituição, em 1996, de um dos primeiros comitês de bacias do Brasil, o do Rio Paraíba do Sul, com o objetivo de endereçar questões hídricas e sociais associadas a atividades econômicas originadas a partir do uso descontrolado e irregular da água.

Seguiu participativo nos debates e atividades envolvendo o urbanismo no Brasil e no Rio de Janeiro entre as décadas de 1960 e 2000, tornando-se empresário e presidindo a Cooperativa Habitacional da Guanabara e o Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA-RJ). Organizou e presidiu por seis anos o Conselho Empresarial de Meio Ambiente da Associação Comercial do Rio de Janeiro, entidade da qual foi benemérito

A morte foi lamentada pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). Entre as diversas atividades exercidas na federação, Viegas foi vice-presidente do CIRJ, entre os anos de 1995 e 2004. Também presidiu os conselhos Empresarial de Meio Ambiente (1995 a 2001) e Empresarial de Recursos Hídricos (2001 a 2015). Em 2002, foi condecorado com a medalha do Mérito Industrial do Rio de Janeiro e, desde 2015, era integrante do Conselho de Eméritos da FIRJAN/CIRJ.

Mauro foi provedor jubilado da Igreja Nossa Senhora do Outeiro da Glória. Sua história e seu legado foram narrados no documentário “Mauro Ribeiro Viegas – Memórias de um brasileiro”.

Este grande arquiteto e urbanista carioca partiu para uma nova jornada. Mauro Viegas foi marido, pai, avó e bisavô. Deixa seis filhos, 13 netos e 17 bisnetos.

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