Morre, aos 90 anos, Maria Lata D’Água, ícone do Carnaval do Rio

Mineira de Diamantina, a ex-passista da Acadêmicos do Salgueiro chegou ao Rio, ainda criança. Seu amor pelo Carnaval rendeu-lhe a marchinha "Lata d'água na cabeça", de Luís Antonio e Jota Júnior

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Maria Lata D'Água / Rede Social da sambista

Internada desde o início do ano, em uma unidade de saúde em Cachoeira Paulista, cidade do interior de São Paulo, Maria Mercedes Chaves Roy, conhecida como Maria Lata D’Água, faleceu nesta sexta-feira (23), aos 90 anos. As causas da morte da ex-passista não foram divulgadas.

Maria Mercedes nasceu no seio de família pobre, em Diamantina, Minas Gerais, onde aprendeu a levar latas de água na cabeça para ajudar os pais nos serviços domésticos. Aos 11 anos, Maria Lata D’Água se mudou para o Rio de Janeiro, cidade onde conheceu a vida dos morros e o Carnaval, pelo qual desenvolveu uma forte paixão.

Começou a desfilar, em 1949, pela Acadêmicos do Salgueiro. Maria Mercedes foi passista em várias agremiações carnavalescas, tendo desfilado por 45 anos. Sua forte presença no mundo do samba inspirou os compositores Luís Antonio e Jota Júnior a escreverem marchinha “Lata d’água na cabeça”.

Foi no Rio que ela também desenvolveu a sua vida artística em circos e boates, tendo inclusive feito parcerias com Emilinha Borba e Marlene, além de outros artistas importantes da época.

Nos desfile da Portela, a passista realizava o mesmo ritual, no qual equilibrava uma lata de metal com capacidade para 20 litros na cabeça – deixando a sua marca cultura popular carioca.

Informações: O Globo

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