Morre Nélida Piñon, primeira mulher a presidir a Academia Brasileira de Letras

Segundo o atual presidente da ABL, Merval Pereira, ela teve problemas nas vias biliares e passou por uma cirurgia de emergência, mas não resistiu

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Foto: Divulgação

Morreu neste sábado (17/12), em Lisboa, a escritora e acadêmica brasileira Nélida Piñon. Ocupante da Cadeira 30 da Academia Brasileira de Letras (ABL), para qual foi eleita em 27 de julho de 1989, ela foi a primeira mulher a presidir a entidade em 100 anos. Segundo o atual presidente da ABL, Merval Pereira, ela teve problemas nas vias biliares e passou por uma cirurgia de emergência, mas não resistiu.

Nélida Piñon nasceu no Rio de Janeiro. Ela se formou em Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e , de acordo o site da ABL, foi a primeira mulher no mundo a presidir uma academia de letras.

Com mais de 20 livros publicados, suas obras foram traduzidas em mais de 30 países. Entre eles, romances, contos, ensaios, discursos, crônicas e memórias.

Nélida venceu dezenas de prêmios, nacionais e internacionais, colaborou em diversos jornais e revistas literárias e foi correspondente no Brasil da revista “Mundo Nuevo”, de Paris. Entre os prêmios ganhos, estão o Prêmio Internacional Juan Rulfo de Literatura Latino-Americana e do Caribe, em 1995 (primeira vez dado a uma mulher e para um autor de língua portuguesa); o Bienal Nestlé, categoria romance, pelo conjunto da obra, em 1991, e o da APCA e o Prêmio Ficção Pen Clube, ambos em 1985, pelo romance “A República dos Sonhos”.

Além disso, em 1998, Nélida foi primeira mulher a receber o Doutor Honoris Causa da Universidade de Santiago de Compostela, na Espanha, 1998.

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