A exuberante paisagem do entorno do Aeroporto Santos Dumont, na região central do Rio de Janeiro, que se mescla com a Baía de Guanabara ao fundo, ganhou um ”arranhão” recentemente.
Isso porque um ”container” de atendimento da empresa de aluguel de carros Movida passou a ocupar um trecho da região, ”poluindo” a naturalidade da paisagem local e gerando críticas da população carioca.
”Crime contra a paisagem cultural da humanidade! Quem autorizou essa porcaria ocupando espaço público nas margens da Baía de Guanabara? Movida destruindo a paisagem carioca”, disse um homem em postagem no Facebook.
E a publicação rendeu diversos comentários, sobrando espaço até para um trocadilho em relação ao nome da empresa e o que pode acontecer com a ”sede pocket” instalou no local.
Renomado arquiteto e urbanista ligado ao Rio, tendo atuado durante a gestão de Eduardo Paes, Washington Fajardo lamentou a instalação do ”container” numa região não propícia para isso.
”É um uso infeliz do espaço. Ali, você imagina que haverá carros, interrompendo, assim, o passeio da população. A cidade está a ‘Deus-dará’. Quem autoriza uma garagem de locadora de veículos naquele local?!”, disse Fajardo.
O DIÁRIO DO RIO tentou contato tanto com a Movida quanto com a Prefeitura do Rio de Janeiro para comentar o assunto, mas, até a publicação desta matéria, não obteve resposta de nenhuma das partes.
Atualizações – 16/10
- Prefeitura do Rio: ”A Subsecretaria de Licenciamento, Fiscalização e Controle Urbano esclarece que a Movida Locação de Veículos SA tem alvará regular para atuar na área da Marina da Glória, mas a publicidade identificada nas fotos é irregular e a empresa já foi notificada.”
- Movida: ”A Movida Aluguel de Carros busca contribuir sempre para a valorização da imagem das cidades em que opera, e o Rio destaca-se nesse cenário. O imóvel localizado no entorno do Aeroporto Santos Dumont já existia e há alguns anos estava sem uso, com os consequentes impactos em termos de conservação. A Movida alugou e revitalizou o espaço, obedecendo as regulamentações do espaço e exigências dos órgãos responsáveis. As fotos anexas evidenciam o ganho para o local após as intervenções. No local, hoje, ocorre apenas a devolução de veículos, sem qualquer comercialização de produtos.”
queria ver essa movimentação e indignação com os destruidores da baía
É a ocupação do espaço público por empresas privadas… Pergunta se paga aluguel à Prefeitura para usar o espaço e a população tem algum retorno no seu interesse (??) Nada… molha a mão de um agente aqui ou acolá e tudo liberado. É assim que agem as empresas e os empresários.