Com a meta de retirar um milhão de bitucas de cigarros das praias do Rio de Janeiro em 2024, o movimento ambiental Revolução das Bitucas lança uma campanha de conscientização no próximo dia 23, no Leme, na altura do quiosque Tatuí. Desde agosto, quando foi iniciado, o projeto, criado pelo advogado Bernardo Egas, já coletou, em um mês, 25 mil guimbas, resíduo considerado o maior poluente de praias e oceanos.
“As bitucas causam graves danos para a saúde da população e da vida marinha, prejudicando muito a qualidade da areia das nossas praias. O movimento nasceu da necessidade de conscientizar os cariocas dos perigos para o meio ambiente, além de tornar a orla mais limpa e segura. Comecei sozinho. Hoje, o projeto cresceu e tenho certeza de que vamos alcançar a nossa meta no ano que vem, com a ajuda dos nossos voluntários“, disse Bernardo Egas.
Segundo estudo inédito, da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), a cada trecho de 8km de faixa de areia, há mais de 200 mil bitucas. Com o apoio da concessionária Orla Rio e do instituto Route Brasil, a iniciativa reúne ambientalistas, ativistas, jornalistas, designers e a população, dando destinação adequada para o resíduo, que contêm acetato de celulose, alcatrão e produtos químicos do tabaco.
Projeto de lei
Um projeto de lei (PL 2.635/2023), de autoria do deputado federal Marcelo Queiroz, está tramitando na Câmara dos Deputados, para tornar as empresas fabricantes de cigarro responsáveis pelos custos de limpeza das bitucas lançadas nas ruas e praias, estabelecendo medidas de prevenção e reciclagem dos resíduos, respeitando o conceito de logística reversa.