O prefeito Marcelo Crivella (PRB) não tem descanso, lembra que ele tinha nomeado seu filho, Marcelo Hodge Crivella para ser seu Chefe da Casa Civil? Bem, o advogado Victor Travancas abriu uma ação que bloqueou a nomeação e depois, em coisas da política carioca, ele foi nomeado para um cargo comissionado na Prefeitura do Rio. Contudo, a notícia de que havia sido nomeada outra pessoa, desta vez sem vínculo com o prefeito, para ocupar definitivamente o cargo de Secretário Chefe da Casa Civil motivou o ministro Marco Aurélio Mello a declarar, em 11 de maio de 2018, o prejuízo do pedido veiculado na inicial das reclamações. E recentemente o pedido foi extinto, já que Travancas está no tal cargo comissionado.
Pois agora, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), instaurou inquérito civil para apurar possíveis atos de improbidade administrativa cometidos pelo prefeito do Rio de Janeiro Marcelo Crivella ao viabilizar que seu filho, Marcelo Hodge Crivella, atue como gerente de recursos humanos na Prefeitura, ainda que interferindo nas escolhas do Poder Executivo municipal.
Segundo a portaria, foi noticiado em mídias diversas que Marcelo Hodge Crivella estaria auxiliando o pai na escolha do novo Secretário de Cultura do município, inclusive realizando entrevistas com os candidatos ao cargo, agindo como um gestor de recursos humanos, de forma aparentemente clandestina. A atuação irregular, caso confirmada no contexto da investigação, viola o princípio da moralidade administrativa, regra descrita na Súmula Vinculante nº 13 do Supremo Tribunal Federal (STF).
Mas, vamos ser sinceros, uma coisa é nomear, gastar dinheiro dos nossos impostos para pagar seu filho. Mas se ele ajuda ou não em escolher secretários, isso é pouquíssimo importante, ninguém governa sozinho. É natural Crivella conversar com pessoas de sua confiança e pedir sugestões, se a pessoa é competente, qual seria o problema?