MP/RJ e Polícia Civil concedem entrevista coletiva sobre prisão de Crivella

Segundo o subprocurador-geral, Ricardo Ribeiro Martins, arrecadação ilegal teria chegado pelo menos a R$ 50 milhões

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Foto: Gabriel Barreira/G1 Rio

Promotores do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP/RJ) e da Polícia Civil concedem entrevista coletiva, nesta terça-feira, dia 22/12. De acordo subprocurador-geral, Ricardo Ribeiro Martins, a arrecadação ilegal teria de Crivella e sua organização chegado pelo menos a R$ 50 milhões.

O MP/RJ explicou que a denúncia não foi apresentada antes para que não houvesse interferências no processo eleitoral para a prefeitura do Rio, que foi encerrado no dia 27/11. O subprocurador-geral também disse na coletiva, que vários crimes foram cometidos por Crivella, como de organização criminosa, que consiste na  associação de 4 ou mais pessoas de maneira estruturada e ordenada, caracterizada pela divisão de tarefas, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagens de qualquer natureza. No caso do QG da propina, em que conforme texto da denúncia do MP/RJ, “Rafael Alves, Mauro Macedo e Eduardo Benedito Lopes como portadores das demandas dos empresários integrantes da organização criminosa junto aos mais variados órgãos da administração municipal”.

O subprocurador geral ainda explicou que as investigações levam a desconfiança de “organização criminosa não se esgotaria” ao fim do mandato do prefeito no dia 31/12. Por este motivo, o MP/RJ fez o pedido de prisão preventiva acatada pela desembargadora do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ/RJ), Rosa Helena Macedo Guita.

Fato importante lembrado pelo MP/RJ, é que a prefeitura do Rio alega não ter dinheiro para pagamento de salários de servidores e empresas terceirizadas que prestam serviços para o município. Inclusive, o 13ª salário não deve ser pago até o final do mandato interrompido hoje, em função do afastamento do cargo, apesar de Crivella ter afirmado que pagaria aos servidores que ganham até R$ 3.000 reais. O fato da organização ter sido montada desde da campanha eleitoral de 2016, voltado para a obtenção de retorno do que seria gasto para eleição de Crivella também foi reforçado pela acusação como motivo que justifica a medida judicial.

A denúncia do MP/RJ junta provas relevantes mensagens enviadas pelo próprio Crivella, atos de ameaça de morte de um dos delatores, Ricardo Siqueira Rodrigues e comprovação das propinas. Além do crime de organização criminosa, o MP/RJ acusa o prefeito e o esquema por ele montado de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e corrupção passiva.

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Costa do mar, do Rio, Carioca, da Zona Sul à Oeste, litorânea e pisciana. Como peixe nos meandros da cidade, circulante, aspirante à justiça - advogada, engajada, jornalista aspirante. Do tantã das avenidas, dos blocos de carnaval à força de transformação da política acreditando na informação como salvaguarda de um novo tempo: sonhadora ansiosa por fazer-valer!

1 COMENTÁRIO

  1. Eu só acho absurda essa alegação de que não foi feita antes por evitarem influenciar na disputa Eleitoral…
    O que ocorreria se Crivella saísse vitorioso das urnas (???) iriam prendê-lo para que ocupasse o seu lugar o vice que não foi o candidato que teve sua foto nas urnas(???)
    Então, se fosse juiz duraria tentado rejeitar o pedido de prisão só por isso… deixar o esquema tirar proveito durante todo esse tempo (??) porque não gostaria de influenciar na campanha – temos aqui o público VS privado.

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