A restauração do painel História de Petrópolis, pintado pela artista modernista Djanira da Motta e Silva, em 1953, e que está sob acompanhamento do Ministério Público Federal (MPF), encontra-se em fase avançada, comunicou o órgão, na última semana. O MPF atua junto à Prefeitura da Cidade de Imperial, que assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) há oito anos.
As intervenções, que começaram em 2021, foram interrompidas após o falecimento do dono da empresa contratada para o serviço, com os trabalhos sendo retomados em 9 de abril. Pelo cronograma, a restauração deve durar dez meses, sendo feita em oito etapas. Após a execução dos trabalhos, a obra, que é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desde 1982, deve ficar em exposição pública por um período.
Segundo a Agência Brasil, no dia de 30 de julho, a prefeitura de Petrópolis entregou um relatório ao MPF detalhando as realizações do trabalho, que incluíram a revisão estrutural da cama de acondicionamento do painel, que não tinha condições de servir de base para a obra – outra deve ser confeccionada; e o acréscimo de uma proteção da mesa com papel siliconado. A obra já foi higienizada e desinfetada, passando por limpeza química e mecânica, para a remoção de sujeiras impregnadas.
Durante a reunião com técnicos do Iphan, também foram explicadas as intervenções e as metodologias empregadas. Pelo relatório, os próximos passos serão a revisão das emendas originais do suporte nos tratamentos (como rasgos) e de obturações e bordas; além de reentelamento com linho natural, importado da Bélgica.
O painel pintado por Djanira tem 12,75 x 3,50 metros de dimensão e ilustra paisagens e cenas típicas de Petrópolis. A obra retrata o Museu Imperial, as carruagens, as fábricas de cerâmica e de tecido, entre outras particularidades do município serrano, onde a artista morou durante a pintura do painel para o Liceu Municipal Prefeito Cordolino Ambrósio.