De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de mulheres superou em 4,8 milhões o de homens no Brasil. Em 2021, a população estimada superou 212 milhões de pessoas; sendo que 108,7 milhões (51,1%) são mulheres. No entanto, a classe feminina ainda não possui uma justa representatividade entre os cargos de liderança, atingindo 37% dos cargos gerenciais das empresas.
Para o especialista em liderança Fabrini Viguier, nascido em Campo dos Goytacazes (RJ), mesmo sendo minoria em posição de liderança no sistema corporativo, as mulheres avançaram na conquista desse merecido espaço. Graduado em Liderança Avançada pelo Haggai Institute, nos EUA, e pastor da Igreja Plena Icaraí, em Niterói (RJ), ele prevê que crescerá a velocidade com que as mulheres assumirão mais posições de liderança e receberão os mesmos salários dos homens.
“O desafio maior das mulheres é a transformação da cultura. Ao longo de milênios, a sociedade foi organizada culturalmente para ser liderada por homens. Portanto, a resistência existe em virtude do temor de que essa nova organização (cultura), em que a sociedade também é liderada por mulheres, não funcione da mesma forma que a antiga cultura”, explicou Fabrini Viguier.
Atualmente muitas mulheres optam pelo investimento na carreira. Um dilema para essa parcela da população é o de conciliar maternidade e carreira. A maioria do público feminino, além de dar conta de seu trablho, precisa assumir tarefas do lar, incluindo os cuidados com a educação dos filhos.
“Dar conta de criar uma pessoa, de educá-la e, ainda, administrar uma casa são tarefas árduas. Exigem muita dedicação, responsabilidade, constância, desprendimento, maturidade emocional, perseverança, generosidade, envolvimento, sabedoria, altruísmo, firmeza, coragem e caráter”, pontuou o especialista. “Essa é uma lista de virtudes absolutamente necessárias para que alguém seja um bom líder. Portanto, sim. Boas mães e donas de casa podem ser ótimas líderes no trabalho”, finalizou.