Atualmente, mais da metade da Humanidade vive em cidades e, na década de 2050, este índice deve chegar a 70%, segundo projeções da Organização das Nações Unidas. Como alimentar de forma saudável, eficiente e sustentável essa população global? Baseado nessas questões, o Laboratório de Atividades do Amanhã (LAA), apresentado pelo Santander, exibirá a exposição “Prato de quê?”, em que apresenta alternativas de cultivo e produção de alimentos, a partir do dia 10 de setembro, das 10h às 18h.
A mostra é resultado de duas residências artísticas do LAA que duraram cerca de oito meses e tiveram como foco o desenvolvimento de sistemas circulares de alimentação. Desenvolvido pelo designer industrial Elvert Durán Vivanco, um dos projetos que será exposto é um?sistema aquapônico automatizado e circular, onde os dejetos de peixes nutrem plantas que depois filtram a água. Esse sistema também incluirá outros módulos com proteínas alternativas como insetos e algas. Já o engenheiro químico Thiago Palhares concebeu um sistema de impressão 3D de pastas supernutritivas e personalizáveis, com o apoio dos chefs e pesquisadores de alimentos Alexandre Trajman, Anete Ferreira, Fernanda Pereira e Marluce Carvalho.?
Com uma abordagem transdisciplinar,?ambos os projetos apontam para um futuro onde a humanidade poderá criar sua própria comida em locais, até então, subutilizados de cidades e casas. Segundo Marcela Sabino, diretora do Laboratório, essa é “uma oportunidade de fazer uso integral dos alimentos e ter controle sobre o conteúdo nutricional da comida, especialmente para dietas restritivas”.?
A exposição está integrada a outras atividades do Museu do Amanhã sobre Alimentação, eixo temático de 2019, que resultou nas exposições temporárias “Pratodomundo – Comida para 10 bilhões” e “Futuro Comestível”, além de uma série de outras atividades como seminários e oficinas que vem acontecendo ao longo do ano.?