Nesta quinta-feira, (16/03), o Museu Imperial de Petrópolis completa oito décadas de inauguração e de preservação de uma época importante da História do Brasil no estado do Rio de Janeiro. O museu inaugurado em 1943 acumula um expressivo conjunto de documentos, bibliográficos, joias, fotografias, entre outros objetos, totalizando um acervo com 400 mil itens – frutos de doações, compras e transferências. Vinculado ao Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), ocupa todo o complexo arquitetônico da antiga casa da família imperial, tornando-se um dos mais importantes museus do país.
A construção, em estilo neoclássico, era a residência de verão preferida de Dom Pedro II e nela são guardadas memórias importantes do Brasil Império, como as coroas usadas por D. Pedro I e D. Pedro II, o colar de ametista dado de presente para a Marquesa de Santos e a pena usada por princesa Isabel para assinar a Lei Áurea.
Maurício Vicente Ferreira Júnior, diretor do museu, afirma que, por ano, as peças históricas atraem mais de 400 mil pessoas, fazendo do Museu Imperial a mais visitada das unidades museológicas do Instituto Brasileiro de Museus do Ministério da Cultura.
Dentro do acervo riquíssimo existem outros tesouros, como:
Coroa de D. Pedro I: Em ouro cinzelado, a peça está sem a pedraria. Os 639 brilhantes e 77 pérolas foram retirados para a confecção da coroa do herdeiro.
Cetro do ouro e brilhantes: Usado pelos imperadores D. Pedro I e Dom Pedro II pesa 2,51 quilos e tem um dragão no topo.
Marquesa de Santos: Colar de ametista foi presente de D. Pedro I, com uma carta na qual pedia que ela usasse a peça no teatro onde ele poderia vê-la.
Aliança: Anel de matrimônio de D. Pedro I e D. Amélia de Leuchtenberg.
Anel: Presente do Rei da França Luis Filipe para José Francisco Sigaud, médico francês, pelos relevantes serviços prestados no Brasil
Ordem da Rosa: A Ordem da Rosa foi criada por D. Pedro I para perpetuar a memória de seu casamento com Amélia de Beuharnais, sua segunda esposa.
Ordem de D. Pedro I: Criada em comemoração à Independência do Brasil.
Balangandã: Feita em prata com amuleto e berloques, a peça era usada em dias de festa pelas escravas baianas.
Telefone: Aparelho usado pelo imperador no Paço de São Cristóvão ou na Fazenda Santa Cruz. O Rio de Janeiro teve a segunda companhia telefônica do mundo.
Estojo de costura: Feita em cobre e marfim, a peça é revestida em esmalte azul cobalto e ornamentada com ramos de flores de ouro e prata.
E para celebrar a data, uma programação especial será feita, Confira:
16 de março
– Visitação meia entrada para todos, das 10h às 18h;
– Lançamento da exposição “A Petrópolis do Museu Imperial” às 19h (evento fechado);
17 de março
– Abertura da exposição “A Petrópolis do Museu Imperial” ao público a partir das 10h;
18 de março
– Espetáculo musical: Concerto dos gêmeos violoncelistas do Duo Santoro, às 17h;
Entrada gratuita – Ingressos limitados – Distribuídos com 1h de antecedência na bilheteria do museu;
19 de março
– Espetáculo musical: XV Sarau Café e Música apresentado pela Escola de Música da UCP, com participação do Duo Prêtas, às 11h;
Entrada gratuita – Ingressos limitados – Distribuídos pelos organizadores na entrada do evento.