Há seis anos, o Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, sofria um incêndio devastador que destruiu 85% de seu acervo, comprometendo uma das coleções mais importantes do país. Entre os 20 milhões de itens destruídos estavam documentos, fósseis, múmias, obras de arte e estudos científicos. O incêndio, ocorrido em setembro de 2018, também causou danos irreparáveis ao edifício histórico, deixando a instituição em ruínas.
Desde o acidente, a direção do museu tem se esforçado para levantar os recursos necessários à reconstrução do espaço, uma tarefa desafiadora, considerando os danos materiais e a necessidade de preservação de um acervo único. A recuperação da fachada do prédio histórico foi concluída em 2022, assim como a restauração do jardim frontal, trazendo um primeiro alento à comunidade científica e ao público em geral.
No entanto, apesar de alguns avanços, o trabalho de reconstrução está longe de ser concluído. Segundo informações do jornalista Ancelmo Gois, o “Museu da Quinta”, como é conhecido entre os cariocas, ainda precisa de aproximadamente R$ 200 milhões para a conclusão de suas obras. Desses, R$ 70 milhões seriam provenientes de uma doação da Petrobras, recurso que ainda não foi liberado.
Até o momento, já foram investidos R$ 254 milhões na primeira fase da reconstrução, que inclui a recuperação da fachada e a restauração de parte do edifício. De acordo com a direção do museu, o bloco histórico deverá ser entregue até abril de 2026, com a reabertura total do museu prevista para 2028.
