A participação do Governo do Estado do Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (04/12), na COP28, foi marcada por dois debates sobre os avanços e desafios do Brasil no mercado de carbono. Nas atividades do Pavilhão Brasil, o vice-governador e secretário de estado do Ambiente e Sustentabilidade, Thiago Pampolha, destacou o pioneirismo fluminense no acompanhamento dos resultados de medidas de redução e remoção de gases de efeito estufa, por meio do Cadastro Estadual de Emissões.
“O Rio de Janeiro foi um dos primeiros estados a condicionar a emissão de licenças ambientais à apresentação de um inventário de emissões de Gases de Efeito Estufa e do respectivo Plano de Mitigação de emissão de poluentes aos que mais produzem esse tipo de emissão. Com isso, podemos disponibilizar à sociedade, no portal de Qualidade do Ar, os resultados dos dados mensurados, registrados e verificados por instâncias certificadoras independentes“, explicou Pampolha.
Ele também falou sobre o Fundo da Mata Atlântica (FMA) como importante aliado em levar ao Rio de Janeiro o maior programa de restauração florestal das paisagens no estado. A meta da restauração dessa biomassa florestal prevê a retirada de 159 milhões de toneladas de gás carbônico (CO2) da atmosfera, além do grande potencial de absorção pelos solos tropicais e manutenção hídrica das regiões. Para Pampolha, o desafio do país está na consolidação e regulamentação dos dispositivos da transição do mercado de carbono, mas enxerga na sinergia entre os estados brasileiros o caminho para mitigação: “Os consórcios têm sido fundamentais no desenvolvimento conjunto de projetos na área de modo a fortalecer a governança socioambiental e climática do país, além de buscar financiamentos internacionais para projetos específicos. O consórcio melhora ainda a compreensão das necessidades regionais, levando em consideração a biodiversidade do Brasil“;