Com o objetivo de desenvolver e implementar novos projetos para despoluir rios, lagoas e baías fluminenses, o vice-governador e secretário do Ambiente, Thiago Pampolha, se reuniu com diretores da SIAAP, maior empresa pública de saneamento de Paris, e conheceu o programa de despoluição do Rio Sena. Durante visita à unidade de tratamento da empresa, nesta terça-feira (05/09), na França, foram discutidas ações e técnicas de monitoramento que podem ser aplicadas no estado do Rio de Janeiro. O vice-governador também detalhou algumas medidas que já têm garantido a despoluição da Baía de Guanabara e das Lagoas de Jacarepaguá.
“Trocamos importantes informações sobre esgotamento sanitário e limpeza urbana. A SIAAP usa métodos eficazes como a desinfecção de efluentes com ácido perfórmico, que é biodegradável, e radiação ultravioleta, que substitui o cloro, o ozônio e outros oxidantes. A nossa ideia é aprofundar as técnicas da instituição em outros encontros, no Rio de Janeiro” ressaltou Pampolha.
O vice-governador destacou ainda os resultados da concessão dos serviços de saneamento, hoje exemplo para o Brasil. Dois anos após o projeto, as novas concessionárias já investiram mais de R$ 1,5 bilhão e geraram mais de 10 mil empregos. Ao todo, já são mais de 300 mil pessoas com acesso à água encanada pela primeira vez
Este ano, importantes obras de saneamento foram entregues pelo governo estadual, como o coletor tronco Manguinhos, que tem capacidade para captar 1.293 litros de esgoto por segundo, o equivalente a 44 piscinas olímpicas por dia. Também foram concedidas licenças ambientais para obras de implementação do Sistema Coletor de Tempo Seco, na Baía de Guanabara, e no Complexo Lagunar das Lagoas da Barra da Tijuca e de Jacarepaguá, promovidas pelas concessionárias Águas dos Rio e Iguá, respectivamente.
“Os investimentos em saneamento já têm dado resultados positivos. Historicamente poluídas, as praias do Flamengo, Botafogo e de Paquetá têm demonstrado consistência na balneabilidade positiva para banhistas: a diminuição da poluição chega a até 97%. É possível notar também o aparecimento de diversas novas espécies de animais, como cavalos-marinhos, em locais onde antigamente só se via lixo e esgoto“, exemplificou o vice-governador.
Segundo o presidente da SIAAP, François-Marie Didier, a companhia transporta e trata águas residuais de 9 milhões de pessoas em Paris e arredores, juntamente com águas pluviais e industriais.
“São operados mais de 440 km de tubulações, seis estações de tratamento e 12 bacias de retenção de águas pluviais. Contribuímos para a melhoria da qualidade dos rios Sena e Marne, processando as águas residuais da área urbana da capital francesa“, afirmou François-Marie Didier.
Práticas para aperfeiçoar técnicas fluminenses
Para o presidente da Cedae, Aguinaldo Ballon, que também participou da visita de campo à unidade de tratamento Valenton, a experiência da SIAAP e os métodos adotados pela França para captar, tratar e distribuir água podem servir de exemplo para o Rio de Janeiro.
“Conhecer as práticas de outras companhias é importante, nos auxilia em projetos que já estamos implementando ou que estão sendo ainda elaborados. É uma contribuição que beneficia a todos: o Governo do Estado, que aperfeiçoa seu trabalho, e a sociedade, que tem acesso a um serviço de mais qualidade“, disse Ballon.
O subsecretário de Comunicação Social, Igor Marques, e subsecretário-executivo da Secretaria do Ambiente, José Ricardo, também estiveram na unidade de tratamento.