Na Glória, estátua de São Sebastião e amurada do bairro estão sendo destruídos lentamente

Já destruíram a parte de trás do monumento. Agora roubaram uma das placas afixadas na frente da estátua, que agora só possui 1 placa

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Lavagem da estátua de São Sebastião, padroeiro do Rio de Janeiro / Prefeitura

O simpático bairro da Glória, que possui belíssimos monumentos, pena para que a sua riqueza histórica e patrimonial seja preservada. São muitos os problemas enfrentados, que vão desde o abandono até a ação de vândalos, que depenam o patrimônio púbico para fazer ganhos financeiros ínfimos ou pelo simples prazer de destruir o que a maioria da população gosta de ver bonito e bem cuidado.

Assim como o DIÁRIO DO RIO, o informe Gloriano também tem se dedicado à denúncia do vandalismo contra o patrimônio monumental da cidade. Um dos alvos atuais dos malfeitores da memória nacional é a estátua de São Sebastião, que fica na Praça Luís de Camões. Segundo a página, já destruíram a parte de trás do monumento. Agora roubaram uma das placas afixadas na frente da estátua, que foi cercada em 1996, para que tais atos não acontecessem. No entanto, o que moradores da região têm presenciado são os furtos de tais objetos ao longo do tempo. Agora só resta uma placa. Sabe-se lá até quando!

Mas a estátua de São Sebastião não foi o único alvo de depredação no bairro. As estátuas de Francisco de Assis e Santa Clara também já passaram por mais bocados nas mãos dos seus agressores. Sem falar no monumento em homenagem a Pedro Álvares Cabral que foi incendiado.

Em 2019, o monumento “Os Escoteiros” foi roubado, mas, por sorte, encontrado. Não contou com a mesma sorte, a estátua da mãe do Marechal Deodoro, que foi furtada, em 2020, sem que ninguém notasse absolutamente nada. O detalhe é que a obra pesava 400 kg.

Mas o ataque à memória do Rio de Janeiro não para por aí. Recentemente reformada, no âmbito do projeto “Dias de Glória”, a amurada do bairro já está sendo alvo de depredação. Para piorar a situação e os desgostos dos moradores do bairro, alguns feirantes amarram as cordas das suas barracas nos pilares do patrimônio histórico, causando danos cada vez maiores à estrutura que, até pouco tempo, estava linda em razão da restauro realizado pelo poder público municipal.   

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Crédito: Informe Gloriano

A população do Rio de Janeiro, junta-se à população da Glória, para pedir às autoridades públicas que deem uma atenção maior à restauração do patrimônio da cidade, assim como à sua preservação depois de restaurado. É essencial, diante dos casos de negligência ou vandalismo, que os responsáveis sejam punidos de alguma forma, para que a roda do infortúnio da memória nacional para de girar.

A estátua de São Sebastião

Obra do escultor Dante Crocce, a estátua de São Sebastiao foi inaugurada em 21 de agosto de 1965. Consta em seu pedestal, um relevo com o texto: “Aparição de São Sebastião no combate de Canoas.” De acordo com os relatos históricos, tal aparição teria tornado o santo o padroeiro da cidade do Rio de Janeiro. A região da Praça Luís de Camões, por sua vez, foi o cenário no qual Estácio de Sá foi ferido em uma batalha, da qual não saiu vivo.

Um ato curioso sobre o monumento é de que a sua inauguração estava prevista para o dia 20 daquele mês e ano, mas como a estátua não havia ficado pronta, foi realizada uma solenidade improvisada com uma escultura de gesso que, atualmente, se encontra guardada como relíquia no Museu da Cidade. Esta, pelo menos, está preservada.  

Com informações do Informe Gloriano.

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3 COMENTÁRIOS

  1. Qual a função da Guarda Municipal Carioca na guarda de nossas praças, parques, jardins e demais equipamentos, prédios e áreas públicas? Esta semana vi notícias de que vigilantes terceirizados estavam sem pagamentos há cerca de dois meses, e os hospitais do SUS municipal estavam com a segurança patrimonial comprometida. A prefeitura do Rio de Janeiro, ao invés de regulamentar de vez a missão da Guarda Municipal, diz que fará nova licitação para manter esses serviços privados de segurança. Ora, se a Guarda Municipal não tem, não pode ou não quer ‘guardar’ a nossa cidade, então, melhor que seja extinta, e se invista mais, os nossos impostos, em Educação e Saúde pública.

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