Mulheres nuas, bicheiros e excessos a parte, o Carnaval é cultura, e uma cultura que atrai anualmente milhões de Reais em turismo e investimentos para a cidade. Por isso, mais que uma expressão cultural, a semana de folia representa uma importante expressão econômica para o município, sendo sem dúvida um belíssimo exemplo de economia criativa.
O Carnaval é a expressão cultural máxima da nossa Cidade. Cultura é aquilo que ninguém pode tirar da gente. É uma economia que gira, pois sua matéria-prima é a criatividade, a história e as pessoas locais. O chinês pode produzir as plumas e os paetês que vemos nas ruas, mas não produz a Mangueira, a Portela, o Cordão do Bola Preta e tantas outras manifestações que continuarão aqui, pois são cariocas na na essência e na excelência.
Fora do sambódromo, a economia popular e informal, é pujante, são centenas de camelôs sobrevivendo com suas vendas de comida de e bebida, para outros milhares que vão até ali curtir apenas o clima do entorno da grande festa. E este comércio informal, que sustenta muitas famílias e se multiplica pelos milhares de blocos.
Investir em cultura é uma forma inteligente de vender a cidade. O cinema americano vende os valores e seus o destinos turísticos há anos para o mundo inteiro. O Carnaval é a nossa chance de dar o troco, mostrar o nosso povo, nossa alegria, nossas tradições e tudo que o Rio e o Brasil têm que pode ser consumido e comprado por pessoas de fora.
Carnaval é mais que uma festa, é um exemplo de economia Criativa em várias escalas, desde a produção da festa com a nossa cultura, ao desenvolvimento de comunidades através de serviços e produtos gerados por desfiles, com passagens pelos hotéis, restaurantes que recebem mais turistas, pelo comércio que vende mais e aos diversos benefícios agregados que traz para nossa economia.
Por isso, mesmo que você não seja daqueles que vai ao Sambódromo ou pule em bloquinho, lembre-se que essa folia e essa bagunça são recursos preciosos da nossa cidade.