Dados do Ministério da Saúde mostraram que 26 mil doses vencidas da vacina AstraZeneca foram aplicadas em diversos postos de saúde do Brasil. No Rio, o município de Nilópolis foi o que mais registrou a aplicação: 852 doses vencidas. Até o dia 19 de junho, os imunizantes com o prazo de validade expirado haviam sido utilizados em 1.532 municípios brasileiros. A informação é do jornal Folha de São Paulo.
Em nota, a secretaria de Saúde de Nilópolis afirmou que “já instaurou a sindicância para apurar os fatos denunciados pela Folha de São Paulo e iniciou também um levantamento das pessoas que supostamente teriam tomado as doses das vacinas dos lotes que estariam fora da validade. Caso se confirme a aplicação de vacinas fora da validade, as pessoas serão imediatamente convocadas a tomar a nova dose do imunizante, no prazo de 28 dias, de acordo com o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19″.
Segundo os dados disponibilizados pelo jornal, o município do Rio aplicou 686 doses vencidas. A Secretaria Municipal de Saúde informou que recebeu todos os lotes de vacinas do Ministério da Saúde dentro do prazo de validade e os distribuiu imediatamente para as unidades de saúde. Disse ainda que está sendo verificado se, de fato, houve alguma aplicação de doses após o vencimento. Caso isso tenha acontecido, a unidade entrará em contato com os usuários para realizar a revacinação.
Os casos suspeitos de vacinação fora da validade, com data da aplicação da vacina, data de nascimento e primeiros dígitos do CPF das pessoas vacinadas, podem ser consultados neste link. Quem estiver na relação pode aguardar o contato da equipe de saúde ou, se preferir, procurar a unidade em que se vacinou na segunda-feira (05/07), a partir das 11h, para verificar se houve um erro no registro, que será feito o ajuste. Em caso de constatação de que recebeu de fato dose vencida, será realizada a revacinação.
De acordo com o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra Covid-19, quem tomou imunizante vencido precisa se revacinar pelo menos 28 dias depois de ter recebido a dose administrada equivocadamente. Na prática, é como se a pessoa não tivesse se vacinado.
Todos os imunizantes expirados integram oito lotes da AstraZeneca importados ou adquiridos por consórcio. Um deles passou da validade no dia 29 de março. O que venceu há menos tempo estava válido até 4 de junho. O lote pode ser conferido na carteira individual de vacinação. Quem tiver recebido uma dose de um desses oito lotes de AstraZeneca após a data de validade deve procurar uma unidade de saúde para orientações e acompanhamento.
Confira os lotes vencidos:
- 4120Z001 – 29 de março
- 4120Z004 – 13 de abril
- 4120Z005 – 14 de abril
- CTMAV501 – 30 de abril
- CTMAV505 – 31 de maio
- CTMAV506 – 31 de maio
- CTMAV520 – 31 de maio
- 4120Z025 – 04 de junho
Validade das vacinas
A validade das vacinas contra Covid-19 depende da tecnologia e dos insumos utilizados no desenvolvimento do imunizante. Essas informações integram os dados analisados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para regulação dos imunizantes utilizados no país.
A AstraZeneca e a Pfizer duram até seis meses. A Janssen, com validade original definida em três meses, agora pode ficar armazenada por até quatro meses e meio. A Coronavac tem duração de um ano —o primeiro lote dessa vacina utilizado no Brasil venceria somente em novembro.
Eu acho esquisita esta informação. Maringá/PR trucou esta informação: veio a público pra dizer que o que leva a esta conclusão de “vencida” é uma alocação errada da data de vacinação no sistema do Min.Saúde pelo ConectaSUS. O errado seria o cadastro da dose, não a data da vacinação verdadeira. A ver: quem é que vai pular do cavalo: as secretarias municipais, as estaduais, o Min Saúde ou a Folha de São Paulo?!
Ao ministério da saúde cabe a distribuição aos estados….Depois disso o estado distribui a seus municípios, então no final das contas é cada diretor de posto q deixou de observar a validade!!
Mas pode ser feito o lançamento no conectasus em data posterior(o q acho msis plausível),pois essas vacinas indianas foram as primeiras da Astrazeneca a serem distribuídas!!!
Já está mais clara a situação… foi a Folha de São Paulo a dar uma barrigada. Muita irresponsabilidade do jornal e do jornalista.