Comemorado tradicionalmente na segunda quinta-feira de outubro, o Dia Mundial da Visão é um evento internacional coordenado pela Agência Internacional para a Prevenção da Cegueira, em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS). A Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG) aproveita este 12 de outubro de 2023 para dar cinco dicas importantes em relação à prevenção da doença, que é a maior causa de cegueira irreversível no mundo. Hoje, estima-se que 2,5 milhões de brasileiros vivam com glaucoma, um mal silencioso, que não tem cura, mas pode ser tratado.
Confira as dicas:
1- A consulta anual com o oftalmologista é obrigatória – o glaucoma é uma doença silenciosa, que não dói e, na maioria das vezes, não provoca sintoma algum. O “defeito” começa na periferia visual, ou seja, o paciente não percebe que está perdendo a visão. Quando se dá conta, até 60% do nervo ótico já foi destruído. Não é à toa que a SBG estima que 70% dos 2,5 milhões de brasileiros que vivem com a doença desconhecem essa condição. A solução? A visita anual ao oftalmologista, já que o diagnóstico precoce pode impedir a progressão da doença.
2- Saiba o valor da sua pressão intraocular – na consulta anual, o oftalmologista faz a medição da pressão intraocular, a chamada PIO. Mal comparando, a PIO tem, para a saúde ocular, a mesma importância da pressão arterial para a saúde geral de uma pessoa. Portanto, é fundamental saber qual é a sua PIO. Mesmo se mantendo dentro dos níveis normais, ela pode apresentar alterações, que indicam o desenvolvimento do glaucoma.
3- Atenção aos olhinhos das crianças – no senso comum, o glaucoma é uma doença de idosos. Mas, de fato, segundo a OMS, há 75 mil crianças cegas no mundo em decorrência dessa doença. Os pais precisam ficar atentos a sintomas como o aumento de tamanho do olho dos bebês, a opacidade da córnea e ao lacrimejamento e à sensibilidade à luz (fotofobia) nos pequenos.
4- Grávida aos 40? Consulte um oftalmologista – O risco de desenvolver glaucoma é maior a partir dos 40 anos, segundo dados da Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG). Portanto, mulheres acima dos 40 que vivem com glaucoma e querem engravidar precisam de acompanhamento especializado por toda a gestação, já que não há estudos conclusivos sobre os riscos dos colírios indicados como tratamento da doença. O aviso, porém, também vale para aquelas que planejam a gravidez e não têm diagnóstico de glaucoma.
5- Hipertensos: redobrem os cuidados com a saúde ocular – Não há relação direta entre a PIO e a pressão arterial. Porém, os remédios para hipertensão podem afetar o fluxo sanguíneo no nervo óptico e complicar o chamado glaucoma de PIO normal, uma forma da doença na qual a pressão intraocular está sob controle, mas a doença não para de avançar. Nesses casos, o oftalmologista trabalha em conjunto com o cardiologista ou o clínico-geral do paciente, buscando uma maneira de conter a hipertensão, sem causar efeitos colaterais no tratamento do glaucoma.