Rio de Janeiro teve redução de 6 mil professores na rede municipal de ensino nos últimos 10 anos

Mandato da vereadora Luciana Boiteux (PSOL) realizou um levantamento a partir de dados oficiais da Prefeitura

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Foto: Reprodução

O mandato da vereadora Luciana Boiteux (Psol) realizou um levantamento a partir de dados oficiais da Prefeitura do Rio de Janeiro e constatou que o número de profissionais da educação está diminuindo desde 2013.

Nos últimos 10 anos, o número total de professores da Rede Municipal de Educação caiu de 42.536 para 36.416. São 6.120 professores a menos para a educação carioca. Entre os profissionais de apoio da educação, houve uma queda de 16.712 em 2014 para 12.186 em 2023. São 4.018 profissionais a menos. Mesmo com a retomada das convocações após a pandemia, esse é o tamanho do déficit.

Para a parlamentar, se a falta de professores já era uma realidade há 10 anos, agora é ainda pior: “Para solucionar, é imprescindível realizar novos concursos públicos e convocar os aprovados dos concursos que ainda estão com validade. Além disso, garantir a migração dos milhares de professores que querem ampliar sua jornada de trabalho para 40h e que hoje já dobram sua carga horária por meio da Dupla Regência”, explica a vereadora.

A lista para migração em 2022 contava com mais de 8.600 professores aptos a mudar para o regime de 40h. Segundo Boiteux, é isso que explica por que todo início de ano temos turmas sem aulas e o prefeito é o secretário de Educação não conseguem dizer o número exato de professores que faltam. Só no ano de 2021, 1834 deixaram a rede em definitivo.

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A Secretaria Municipal de Educação informou que “tem realizado todos os esforços para minimizar o déficit de educadores por meio de convocações de aprovados em concursos, contratações e dupla regência (hora extra) de professores, que teve o processo de inscrição antecipado esse ano e está sendo intensificado ao longo dessa semana para permitir uma real fotografia da necessidade da rede”.

Ainda segundo a vereadora, a dupla regência, com os professores dobrando sua carga horária de forma precária, deveria ser um paliativo. “Hoje, os alunos dependem que os professores façam hora extra para ter garantido seu direito à educação”, disse ela.

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3 COMENTÁRIOS

  1. As pessoas conseguem receber o valor que um professor da Rede Municipal do Rio recebe, exercendo funções que exigem muito menos trabalho, desgaste, estresse etc.
    Enquanto a remuneração continuar dessa forma, a evasão será enorme…
    Aí, se contrata e a pessoa não cria vínculo e a Educação fica a VERGONHA que está!!!

  2. Faz sentido, não? O município tem que cuidar da educação básica. Cada vez menos os casais têm filhos, então cada vez menos precisamos de escolas primárias. Contratar cria problema porque depois não se consegue demitir facilmente. Deve-se ir concentrando os alunos existentes em menos salas de aulas e assim com os professores que temos hoje. Não faz sentido a coletividade ficar sustentando funcionário e bens públicos só porque eles existem… precisam ter razão para estarem contratados.

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