Um dia depois de assumir a reitoria da PUC-Rio, o Padre Anderson Antonio Pedroso preside, na manhã desta sexta-feira, 1 de julho, a entrega de um presente e tanto para os estudantes. Na verdade, são dois presentes. Um deles é a pedra fundamental do Parque de Inovação da Gávea, no campus. O outro é um projeto, também de inovação, que envolve diversas unidades da PUC para estimular ideias e invenções, principalmente de alunos da graduação, que possam evoluir para a criação de startups. As duas iniciativas têm apoio da Faperj, cujo diretor de Tecnologia, Maurício Guedes, estará no evento.
O Projeto “Ecossistema de Formação e Inovação para a Sociedade Digital Inclusiva e Sustentável”, coordenado pelo professor Marcelo Gattass, do Instituto Tecgraf da PUC-Rio, busca gerar inovação combinando competências dos diversos Centros, Departamentos e Unidades Complementares da PUC. Para isso, se estrutura em torno de dois espaços: o InovaFab, para alunos de graduação, e o DH Lab. Também estão envolvidos a Agência de Inovação (AGI) e o Instituto Gênesis, pioneiro no desenvolvimento de startups em ambientes universitários cariocas.
Em complemento aos outros espaços de inovação da PUC, o projeto tem apoio direto da Reitoria e será aberto aos alunos de cursos de graduação que tenham uma ideia na cabeça e disposição para concretizá-la. No mês de julho, será aberto o primeiro período de inscrições para os interessados se candidatarem a receber o apoio.
Um dos diferenciais do novo laboratório será priorizar propostas que envolvam mais de um curso de graduação, estimulando o espírito universitário. Se um estudante de Engenharia, por exemplo, quiser desenvolver um equipamento urbano dentro do mote de “Cidades inteligentes e sustentáveis”, uma boa iniciativa pode ser convidar um colega do curso de Design para participar da criação.
O InovaFab, coordenado pelo decano do CTC e professor do Departamento de Engenharia Química e de Materiais, Sidnei Paciornik, será um espaço maker de 400 metros quadrados para uso de alunos de graduação da PUC. Terá área de coworking e diversos laboratórios específicos de fabricação com tecnologias como impressão 3D, Internet das Coisas (IoT), braço robótico, corte a laser e eletrônica vestível. Sua missão é estimular a transdisciplinaridade e a troca de linguagens e conhecimentos.
Os projetos de alunos de graduação serão selecionados a partir de editais internos e receberão recursos para desenvolvimento de protótipos. Os melhores deste “nível micro” receberão aporte adicional para gerar os chamados MVPs – Minimum Viable Products – Produtos Minimamente Viáveis, o “nível meso”. Desta forma, a inovação gerada pelos estudantes será apoiada para crescer em complexidade e viabilidade.
Já o DHLab, Digital Humanities Lab, também destinado aos níveis micro e meso de inovação, é mais voltado para cursos de pós-graduação. É coordenado pela professora Monica Herz e originalmente financiado pela Finep, visando trazer os conhecimentos do mundo digital para alunos de pós-graduação, pesquisadores e professores da área de Humanidades. O espaço oferecerá oficinas e workshops, com equipamentos modernos para propiciar a experiência da digitalização a pessoas com formação em Ciências Humanas e Sociais.
Os projetos aprovados podem seguir para obter apoio de outras duas importantes unidades do ecossistema de invenções da PUC-Rio. O primeiro é a Agência de Inovação, coordenada por Bruno Feijó e responsável pela gestão da Política de Inovação da PUC-Rio. O outro é o Instituto Gênesis, já no nível macro de criação de starups e de incubação de empresas, dirigido por João Gabriel Hargreaves.
Ao lado da pedra fundamental do Parque de Inovação da Gávea será colocada uma capsula do tempo, contendo uma Carta do Futuro e lembranças do noticiário e fotos atuais, que deverá ser aberta nas comemorações do centenário da PUC-Rio, em 2040.