Recentemente, o lançamento do residencial Bueno, localizado no Saara, coração comercial do Centro do Rio, alcançou um marco impressionante ao vender todas as 112 unidades disponíveis em apenas 4 horas. É um dos marcos mais significativos na venda de imóveis na cidade, reafirmando o sucesso dos esforços públicos em revitalizar e reocupar o Centro da cidade.
O projeto, revelado em primeira mão pelo DIÁRIO DO RIO em junho, está estrategicamente situado na bifurcação das Ruas Regente Feijó e Buenos Aires, em meio ao maior polo de comércio popular de rua do Rio. Com opções de studios e double studios, o Bueno foi concebido para atender diversas demandas de moradores, desde jovens profissionais até investidores. O empreendimento é fruto da parceria das construtoras Calçada e Montserrat.
Além da localização privilegiada, o empreendimento promete um rooftop com piscina, churrasqueira, sauna, sala gourmet e outros atrativos. A inclusão de lojas na parte térrea do prédio também promete aumentar a conveniência e o dinamismo da área. A vista panorâmica é outro diferencial. Com visão quase total para o Centro do Rio, a Central do Brasil e o Cristo Redentor ao fundo, os moradores desfrutarão não apenas de um ambiente moderno e confortável, mas também de uma conexão vitalidade do Centro.
Especialistas imobiliários veem o sucesso do Bueno como um reflexo do renascimento do Centro do Rio. Lucy Dobbin, Superintendente de Vendas da Sergio Castro Imóveis, destaca: “O Centro é definitivamente a bola da vez. Cultura, história, infraestrutura completa e acesso facilitado são vantagens que poucos bairros possuem. Por isso, tudo o que tem sido lançado aqui tem vendido rapidamente.”
O prédio que abrigará o residencial Bueno foi sede da Faculdade Mackenzie, que recentemente realocou suas operações para Botafogo. A construção passará por um processo de retrofit, garantindo a modernização e adaptação às necessidades contemporâneas dos futuros moradores.
“Os investidores estão apostando nos aluguéis que rendem um bom resultado líquido por mês, como já demonstra o Casa Mauá, do Opportunity Imobiliário, que foi o primeiro entregue com o perfil de unidades compactas, como também demonstra que os investidores apostam no Reviver Centro. E a própria região já volta demonstrar força, visto que não só o aluguel é esperado por esses investidores como também o ganho de capital, ou seja, a valorização do metro quadrado dessas unidades nos próximos anos”, analisa Victor Tulli, CFO da Lobie, startup imobiliária especializada em maximizar a rentabilidade de imóveis compactos via moradia por assinatura ou locação de diárias. A empresa fará a gestão da locação das unidades e a administração do Bueno.
Nova vocação do Centro
Negligenciado e focado predominantemente no setor empresarial, o Centro do Rio foi gradativamente esvaziado ao longo dos anos devido a políticas públicas que remontam ao início do século 20. Desde os primeiros esforços para expulsar a população residente dos cortiços da região central, em uma tentativa de europeizar e elitizar o bairro, o então prefeito do Distrito Federal, Pereira Passos, definiu de forma decisiva a trajetória de um dos bairros mais emblemáticos do país. Mais tarde, na década de 40, novos incentivos foram implementados visando consolidar o Centro como um centro financeiro e corporativo, moldando-o novamente para a configuração que conhecemos hoje.
Localizado a leste do território fluminense, o Centro do Rio é uma das poucas áreas centrais de capitais brasileiras que não está geograficamente no ponto central do município, o que também contribuiu para o esvaziamento ao longo dos anos. Agora, o Centro se prepara para uma revitalização e para receber uma nova onda de moradores, quase um século após o início das políticas que redefiniram sua identidade. Outros exemplares já estão no projeto e no radar das construtoras. Bem próximo ao Bueno, o Vargas 1140 deu início às obras, assim como outros na Gonçalves Dias e na Senador Dantas.
“O Reviver Centro prova sua vitalidade e a alta demanda por cariocas de todas as regiões que desejam residir em um bairro com a melhor infraestrutura de transporte do Brasil. A venda rápida do empreendimento não foi surpresa para ninguém e demonstra que mesmo localizações que parecem mais desafiadoras dentro do centro têm uma grande procura e potencial de sucesso. Que venham mais retrofits!” destaca Cláudio Castro, dono da Sergio Castro Imóveis.
Isso ai é balela, quem comprou foram apenas os especuladores e não o consumidor final. É tudo uma aposta de que isso vai ser um sucesso mas pelo que ando interagindo por aí, quase ninguém está interessado em morar no centro ou voltar pro RJ. Estão tentando vender a ideia de sucesso nestes empreendimentos mas tá é uma bolha realmente, muita gente apostando e poucos pra realmente fecharem a ideia. Não a toa estamos com vários andares “vendidos” mas nenhum deles é realmente alguém que visa morar, visa revender ou alugar.
Boa tarde, Eu estou muito feliz com essa revitalização da região portuária e Centro do Rio de Janeiro.
Foram os investidores, né?
Não é quem está na fila pela casa própria neste país, estado e município de grande déficit habitacional…
Enquanto a população trabalhadora com salário médio (e mínimo) inferior ao país mais pobre da União Europeia, tipo Lituânia e Letônia;
Enquanto o Estado permitir tamanha liberdade para investidores comprarem para depois venderem mais caro;
Enquanto o Estado não dificultar que os compradores de imóveis vivam de renda sem contraprestação ofertando sua força do trabalho, mas comprando e vendendo, ou, reunindo vários imóveis para, depois, locar por temporada ou, pior, para diária em plataformas de hospedagem que descaracterizam o fim do imóvel como residencial para serviço de hospedagem com fim de turismo.
NÃO teremos justiça social.
Veja a Europa mesmo citada onde espanhóis estão revoltados com excesso de turistas e imóveis que disponibilizados em plataformas de hospedagem, resulta no aumento dos preços pela escassez dos disponíveis para compra e locação residencial.
Sai da frente, por favor, para você não ser atropelado, invejoso fracassado!
Não tenho nenhum apego a dinheiro para ser acumulador e viver de rentismo. Os problemas que isso gera são visíveis. Mas aqui vemos que o povo se acomodou a viver no subúrbio e a horas do trabalho. Então, provável que sem o nível de indignação dos europeus e no estágio de desenvolvimento ainda próximo da linha ancestral dos primatas, abaixemos a cabeça.
Infelizmente nem todos tem senso crítico.
Materias sempre boas e educativas vocês trazem.
Porém hoje houve um erro ao se referir ao no prédio,a ser construído,o local e a Saara,e não o Saara como está escrito.