Não é de hoje que o Estadual do Rio de Janeiro é difícil de entender e, muitas vezes, de assistir. Este ano de 2019, seguindo uma ideia da Rede Globo de Televisão, a Ferj (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro) decidiu, mais uma vez, mudar o regulamento da competição.
Neste ano, uma das mudanças é uma seletiva – que já está acontecendo – envolvendo seis equipes da qual sairão dois times que jogarão contra os quatro grandes mais Portuguesa, Madureira, Volta Redonda Bangu, Boavista e Cabofriense.
Contudo, não é sobre o regulamento confuso que quero falar. Falando em confusão, o jogo entre Goytacaz e Nova Iguaçu, pela primeira rodada dessa seletiva, disputado em dezembro de 2018, foi marcado por tentativa de invasão e até disparos de arma de fogo.
O regulamento ruim é um dos motivos para que o Campeonato Carioca se torne, a cada ano que passa, menos interessante. Os públicos nos estádios são pífios e os investimentos pequenos. Mas esse não é o único problema. No geral, a gestão do futebol do estado do Rio sempre foi amadora.
Não é à toa que muitas competições regionais Brasil a dentro se tornaram muito mais interessantes que o, cada vez menos, charmoso Campeonato Carioca. Tudo isso reflete no gramado, onde nota-se um nível técnico constrangedor se levarmos em conta a história do nosso futebol.
Não sou daqueles que torcem para que os campeonatos estaduais acabem. Longe disso. Sei da importância destas competições, sobretudo para o sustento de tradicionais clubes com menos investimento e para a revelação de novos jogadores. No entanto, o Carioca, do que jeito que vai, já começa acabado. Infelizmente.
Trabalho numa das equipes que estão jogando a seletiva, e posso te dizer com muita certeza se a competição não mudar urgentemente, o carioca corre o risco de acabar. Os clubes pequenos que eram uma fonte de novos jogadores, podem fechar as portas por falta de receita e um calendário descente. Se quiser conversar mais sobre isso, só me procurar.
Isso de seletiva já existe há 1 ou 2 anos
Bizarro