A situação da socialite Regina Glaura Lemos Gonçalves, do famoso Edifício Chopin, está envolta em controvérsias e parece longe de um desfecho. Recentemente, o DIÁRIO DO RIO obteve documentos e fotos que contestam a versão de Regina e de sua família sobre José Marcos Chaves Ribeiro, a quem ela descreve como um simples motorista, negando qualquer relação amorosa e acusando-o de mantê-la em cárcere privado e de deixá-la passar fome.
No entanto, um documento oficial de 2021, elaborado na presença de um tabelião, mostra que Regina e José Marcos mantinham uma união estável desde 2010. O documento também estabelece que, caso Regina ficasse incapaz, José Marcos deveria ser o responsável por sua vida. Embora atualmente Regina e seus parentes afirmem que ela não estava em boas condições mentais ao firmar o relacionamento, o documento inclui dois atestados médicos de psiquiatras que confirmam que ela estava em plenas faculdades mentais na época da assinatura.
Além disso, um laudo recente, emitido por um perito judicial a pedido de uma juíza, afirma que Regina não tem mais capacidade mental para entender o que está acontecendo. O laudo sugere, inclusive, que ela pode estar imaginando ou sendo induzida a acreditar em falsas informações, o que lança dúvidas sobre as acusações que Regina e seus familiares têm feito contra José Marcos. Uma foto recente de Regina, celebrando o Ano Novo com uma taça de camarões, também levanta questionamentos sobre as alegações de cárcere privado e fome.
Os familiares de Regina afirmam possuir um laudo que comprova sua plena capacidade, mas o DIÁRIO DO RIO descobriu que esse documento não foi solicitado pelo Judiciário nem autorizado por qualquer juiz. Isso pode alterar significativamente a percepção sobre o estado mental de Regina desde dezembro de 2023, uma vez que o laudo do perito judicial confirma o diagnóstico de incapacidade obtido em uma avaliação médica realizada também em dezembro de 2023. Especialistas jurídicos observam que, com a curatela provisória resultante de uma decisão judicial de janeiro deste ano, Regina não deveria estar concedendo entrevistas ou comparecendo sozinha à delegacia, de acordo com as disposições legais para pessoas sob regime de curatela provisória.
Atualmente, Regina está morando com o irmão, a cunhada e um sobrinho, estando afastada de José Marcos após uma acusação de violência doméstica. Curiosamente, nesse mesmo período, Regina vendeu um carro de luxo e um título de um dos clubes mais prestigiados do Rio, e os valores foram transferidos para a conta de seu irmão. Pela curatela provisória, Regina não poderia realizar essas transações sem autorização judicial, e o sobrinho também fez diversos saques e transferências de sua conta sem permissão, mesmo após José Marcos ter sido nomeado responsável pela idosa.
O irmão de Regina é o mesmo que, anos atrás, tentou interditá-la judicialmente por discordar de seu relacionamento com José Marcos, sem sucesso. Já o sobrinho foi notificado por Regina em maio de 2022 para que parasse de interferir em sua vida com José Marcos. No documento, assinado por Regina e com firma reconhecida, ela afirmou estar muito feliz ao lado de seu companheiro.
Além disso, surgem suspeitas sobre despesas elevadas com alimentos hipercalóricos e bebidas alcoólicas, que os parentes alegam ter custeado para Regina. A defesa de José Marcos, por questões éticas, não comenta casos sob segredo de justiça, mas destacou que a curatela é uma medida legítima que visa proteger aqueles que não podem exercer sua autonomia, não constituindo violação ou agressão aos direitos da pessoa sob curatela.
Dá pra notar que essa história tem camadas e interesses, muitos interesses.
Que seja pelo motorista/ex-companheiro ou a família, dona Regina parece ser apenas um joguete, o que é triste.
Daria para escrever um livro de suspense, ou um bom livro reportagem.
Esse negocio de achar que elas são sempre vítimas, é um tremendo engano.
Muitas vezes são as vilaes da estória.