O dia da eleição, a sujeira nas ruas e o voto obrigatório

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Boca de Urna por Ana Paula Hirama Além dos resultados da eleição, um dos assuntos mais comentados pela internerd foi sobre a sujeira que as ruas ficaram no domingo devido a santinhos de candidatos jogados pelo chão. E alguns se perguntavam se realmente valeria a pena a tal da “boca de urna”.

 

Claro que vale, o número de indecisos que chega para votar é enorme. É pior que indeciso, que parte do princípio que não tomou uma decisão mas saberia quem são os candidatos, são pessoas que não tem a mínima noção de quem vão votar. Para estes é mais prático pegar um papel no chão do que votar nulo. E, sim, isso acontece e, sim, o voto dele vale tanto quanto o seu que pesquisou em quem votar.

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A questão é que enquanto houver voto obrigatório, haverá boca de urna, haverá sujeira. Quem não souber em quem votar, simplesmente não sairá de casa no domingo, fará um churrasco, tomará uma cerveja e deixará quem se preocupa com o futuro do país que decidam por ela.

 

Tenho a impressão que o voto obrigatório começa a se tornar um fardo e um problema para a democracia brasileira. Já temos mais de 20 anos de democracia, o sistema está consolidado e apesar de ainda haver vários coronéis espalhados, acredito que o TSE pode usar estatísticas para saber onde houve um menor número de abstenção pode ser sinal de fraude.

 

O problema mais grave de deixar o voto facultativo seria um provável aumento da bancada evangélica, afinal, os pastores o fariam ir votar como se fosse uma obrigação religiosa e não civil. Por outro lado, não teríamos Tiriricas ou o Wagner Montes não estariam entre os mais votados…

 

Se o ficha limpa foi o que deu o tom do legislativo em 2006-2010, o fim do voto obrigatório terá de ser o tom de 2010-2014

 

Foto: Boca de Urna por Ana Paula Hirama

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