DIÁRIO DO RIO entrevista o polêmico e rebelde Daniel Silveira nesta terça-feira, às 20h

O candidato ao senado é um bolsonarista de primeira hora forjado na difícil realidade das forças policiais do Rio de Janeiro

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Nesta terça-feira, às 20h, o DIÁRIO DO RIO entrevista o candidato ao senado pelo Rio de Janeiro Daniel Silveira (PTB).

Eleito deputado federal pelo PSL em 2018, com 31.789 votos, Daniel não é um bolsonarista de última hora. Ex-policial da PMERJ, com reduto eleitoral em Petrópolis, na Região Serrana fluminense, sua cidade natal, Silveira é um homem de posições fortes e polêmicas.

Ainda durante a campanha eleitoral pra deputado, Silveira, juntamente com atual deputado estadual Rodrigo Amorim (PTB), quebraram, na frente de uma multidão, a placa que havia sido colocada por populares em homenagem à vereadora assassinada Marielle Franco (PSOL). O lance que, para muitos foi considerado arriscado, mostrou-se, no final das contas, um ponto de virada para os dois diante de uma base eleitoral bolsonarista aguerrida.

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Daniel Silveira construiu a sua curta carreira com base em discursos e bandeiras voltados para o universo dos policiais e das suas famílias. Assim como Jair Bolsonaro, o deputado federal sempre mostrou-se preocupado com a desqualificação das atividades policiais no Estado do Rio de Janeiro e, por isso, fez das demandas da corporação o seu carro-chefe de campanha. Outra pauta cara a Daniel Silveira é a suposta influência do ideário de esquerda em colégios e universidades brasileiras. Tal preocupação o levou, mais uma vez com Rodrigo Amorim, à mais uma atitude polêmica: a realização da “Cruzada pela Educação”, em 2019, no Colégio Pedro II, em São Cristóvão. O objetivo era justamente verificar se haveria uma “doutrinação” dos alunos por professores do campo político de esquerda.

Ainda, em 2019, o deputado federal deu início aos seus embates com o Supremo Tribunal Federal (STF), quando este decidiu por vetar a prisão em segunda instância. Fato que levou Silveira a postar em sua conta no Twiter: “Se precisar de um cabo, estou a (sic) disposição.” A frase é uma alusão a uma também polêmica frase dita por Eduardo Bolsonaro (PL) durante a campanha de 2018: “Se quiser fechar o STF, sabe o que você faz? Não manda nem um jipe. Manda um soldado e um cabo”.

No ano seguinte, os embates com a Suprema Corte continuaram no inquérito sobre as fake news, no qual o deputado federal e outros colegas foram acusados de divulgar supostas noticiais falsas ou que mencionavam o STF, que voltou a ser alvo de Silveira diante da sua negativa de implementação do voto auditável para as eleições deste ano. Em 2021, o confronto entre a instituição e Daniel Silveira tomou-se mais severo e o congressista foi detido pela Polícia Federal após publicar um vídeo contendo supostas ameaças contra ministros do Supremo Tribunal Federal. Tendo o ministro, Alexandre de Moraes expedido mandado de prisão para Silveira. Para muitos, um ”crime de opinião”. Para outros, este tipo de crime sequer existe.

Em março de 2021, a prisão preventiva do deputado federal foi convertida para domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica, equipamento que o rebelde Silveira negou-se a usar, o que o levou de volta à cadeia, mas por pouco tempo. Já solto e, em discursos na Câmara dos Deputados, Silveira confrontou o ministro Alexandre de Moraes sobre o uso do equipamento de monitoramento. O ministro, por sua vez, impôs-lhe multas e bloqueios de contas bancárias na tentativa de levá-lo a usar a tornozeleira. Arrimo de família, Silveira não teve escolha e cedeu.

Em abril de 2022, como desdobramento das polêmicas anteriores, Daniel Silveira foi condenado pelo STF a oito anos e nove meses de prisão em regime fechado, com perda do mandato, suspensão dos direitos políticos, além de uma multa de R$ 212 mil. Diante da sentença, o presidente Jair Bolsonaro (PL) entrou em ação, concedendo graça constitucional a Daniel Silveira, perdoando os “crimes” pelos quais ele fora condenado.

Ao longo de todo esse movimento e enfrentamento, a base eleitoral do deputado Daniel Silveira expandiu ainda mais. Manifestações em redes sociais e em mobilizações de rua dão a Silveira uma aura de rebelde ídolo pop da política atual. Silveira atualmente é candidato ao Senado Federal, mas pode ter a sua candidatura barrada pela Justiça Eleitoral por conta das penalidades impostas pelo STF, no que diz respeito à suspensão dos seus direitos políticos, medida que a graça presidencial não alcançaria, segundo alguns.

Proibido de acessar as suas redes sociais pelo STF, Daniel Silveira usou recentemente o Instagram de sua mulher e chamou Alexandre Moraes de “mentiroso da República”. Está aberto mais um round…..

Este personagem-candidato vai trocar uma ideia com a equipe do Diário do Rio, em entrevista ao vivo a Quintino Gomes e Claudio André Castro. Todos os candidatos ao senado serão convidados pelo Diário para participar de uma série de entrevistas, a qual começa com Daniel Silveira. O polêmico deputado é um dos candidatos que contam com o apoio do Presidente Jair Bolsonaro, assim como Clarissa Garotinho e Romário. Este último, com apoio um pouco mais envergonhado.

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