Desde a semana passada está sendo comentada na mídia uma ação que a Advocacia Geral da União requisita que o Twitter tire do ar perfis que alertem os motoristas sobre as blitz da Lei Seca em Goiás. A depender da decisão do Juiz Federal de lá, a ação passaria a valer para o país todo. E isso implicaria no fim do @LeiSecaRJ, do @RadarBlitz (que inclusive suspendeu em 6 de fevereiro suas atividades até o pronunciamento da Justiça), e outros similares.
A AGU mostra desconhecer completamente o funcionamento das Mídias Sociais. A retirada dos perfis de nada adiantaria, já que bastará no futuro criar uma hashtag #LeiSecaGO para falar das blitz, ou indicar novos perfis, sites, Facebook, o que der na imaginação. No fim as pessoas continuariam sendo avisadas sobre onde tem ou não Polícia parando as pessoas.
Não sei como é o caso de Goiás mas, ao menos aqui no Rio, os perfis de trânsito até informam onde tem blitz e era até a maior utilidade deles inicialmente. Entretanto hoje já não é mais assim, eu antes de sair do Jardim Botânico ou ir para algum outro local checo estes perfis para saber como está o trânsito. Além disso, devido a audiência deles, servem para ajudar os cariocas a se unirem para algumas causas, como foi ano passado com o desastre na Serra.
E, em minha humilde opinião, deveria mudar o modo que são feitas a “Blitz da Lei Seca”. Já teve o impacto que precisava, o ideal no momento era como vemos nos filmes norte-americanos que policiais param quem aparentemente está embriagado. Aí, realmente, não terá mais como tuitar sobre onde se deve ou não passar. #FicaDica
