Está explicado o apoio de 20 partidos na coligação de apoia a candidatura a reeleição de Eduardo Paes (PMDB). De acordo com a coluna Radar publicada na Veja que chegou às bancas hoje, o PMDB teria firmado um acordo de R$ 1 milhão do PTN, e é comprovado por um vídeo em que o presidente do partido Jorge Sanfins Esch com membros de seu partido.
Esch diz que retirou a candidatura própria, o candidato seria Paulo Memória, porque o PMDB teria prometido R$ 200 mil para a campanha de vereador do partido. Entretanto, a coligação de Eduardo Paes nega a promessa (estranho se confirmasse) de repassar a ajuda em espécie mas que já gastou em placas e panfletos 154 514 reais.
Também teria havido um segundo acerto do PTN, desta vez com o presidente do PMDB/RJ, Jorge Picciani, para receber dívida que ele e mais 3 amigos tem com a RioLuz. A prefeitura informou que o processo administrativo foi indeferido em 12 de dezembro por “falta de amparo legal” e que o valor não será pago. Agora que não vai, né…
Leia a matéria completa abaixo, ou no site do Radar (lá tem os vídeos)
O mensalão de Paes: Gravação mostra presidente de partido nanico comemorando acerto de um milhão de reais para apoiar reeleição de prefeito
O PMDB do Rio de Janeiro firmou um compromisso financeiro de 1 milhão de reais para ter o apoio de um partido nanico à reeleição de Eduardo Paes. É o que mostra um vídeo a que VEJA teve acesso com imagens do presidente estadual do PTN, Jorge Sanfins Esch, em conversas com correligionários do partido.No vídeo, Sanfins Esch garante que impediu uma candidatura própria do PTN, porque acertou o recebimento de 200 000 reais para bancar a campanha de candidatos a vereador do partido.
Sanfins Esch afirma que o acerto foi feito na convenção do partido em 30 de junho com o ex-chefe da Casa Civil de Paes, Pedro Paulo Teixeira, mas que ainda não recebeu os recursos. A coligação nega a promessa.
A convenção do PTN em 30 de junho foi a segunda do partido em menos de quinze dias. No dia 17 do mesmo mês, o partido chegou a homologar a candidatura a prefeito de Paulo Memória, mas Sanfins cancelou o encontro para depois declarar o apoio a Paes. Sanfins Esch esclarece no vídeo com correligionários o motivo da mudança de postura do PTN:
– Não tem condição de lançar candidatura própria (…). O cara dá 200 000 reais para dentro, dá uma prata para ele tirar a candidatura dele, dá todo o material de campanha, toda a estrutura para os candidatos. Chega lá dentro se bobear tem uma gasolininha extra para botar no carro. Po, não dá para recusar.
A coligação de Paes nega que tenha feito a promessa para repassar a quantia em espécie para o partido. A assessoria do prefeito afirma que dá suporte aos candidatos do PTN apenas com material de campanha e calcula que gastou em placas e panfletos 154 514 reais. A quantia total, no entanto, ainda não foi declarada no Tribunal Regional Eleitoral.
O segundo acerto revelado no vídeo diz respeito a uma dívida que Sanfins e três amigos cobram da prefeitura do Rio de Janeiro dos tempos em que trabalharam na RioLuz, órgão municipal responsável pela iluminação pública da cidade. Diante dos correligionários, Sanfins Esch diz que o presidente do PMDB do Rio, Jorge Picciani, se comprometeu a ajudá-lo.
Sanfins Esch explica em entrevista a VEJA que trabalhou no Conselho de Administração da RioLuz durante oito anos do governo Cesar Maia. Como o jetom pago pelo órgão era inferior aos de outras autarquias, Sanfins abriu um procedimento administrativo em 2008 na prefeitura junto com três ex-conselheiros para receber o valor retroativo e corrigido.
– O Picciani se comprometeu pessoalmente a liberar os meus recursos da RioLuz.
A prefeitura informa que o processo administrativo foi indeferido em 12 de dezembro por “falta de amparo legal” e que o valor não será pago.