Parece que falta muito para o Carnaval mas na verdade para os preparativos de um dos períodos que mais traz turistas para o Rio de Janeiro o tempo é curto. Então, como estão acabando as festas juninas é hora de pensar então no Carnaval, em especial o Carnaval de Rua que nos últimos anos tem crescido absurdamente.
Apesar de não ser um grande folião, o fator de escrever sobre ele há mais de 4 anos aqui no Diário do Rio dá uma certa experiência do que poderia melhorar para 2012. Como por exemplo:
1) Agenda dos Blocos divulgada com bastante antecedência
A divulgação acaba ocorrendo algumas vezes na semana anterior dos primeiros blocos. Apesar do período de blocos ser longo e a grande maioria acontecer no fim de semana do Carnaval, alguns dos mais tradicionais e divertidos acontecem antes. Uma agenda antecipada, em outubro e novembro, poderia ajudar as agências de turismo a fazer pacotes especiais para turistas virem antes, ficando mais tempo na cidade.
2) Menos prisão por Xixi
A prisão por urinar na rua chega a ser surreal. Alguns blocos levam centenas de milhares para as ruas, com muita cerveja e sem banheiro suficiente, e quando tem está sujo. Isso é claro que vai gerar pessoas urinando em público. A polícia do xixi acaba custando caro e por razão de uma ineficiência do Poder Público em fornecer o conforto adequado. Não quero defender o “mijão” mas temos de entender que só repressão não vai funcionar.
3) Mais Segurança
Acompanhar o Twitter durante os blocos, o que não falta é gente comentando de furto. Ok, não é lá aconselhado a levar um iPhone para o Carnaval de Rua mas hoje com essa febre de smartphone é claro que vai ter gente tuítando, subindo fotos, vídeos e por aí vai, esse é o século XXI. No lugar de ficar de olho no camarada fazendo xixi deveria procurar os gatunos. Também seria válido espalhar pela malandragem que hoje muito celular dá para encontrar com GPS.
3) Combater a baianização do Carnaval Carioca
Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. O Carnaval da Bahia é excelente, é o que diz quem vai lá, a pessoa paga o abadá e fica ali dentro da corda, ou compra ingresso para um camarote e curte as mordomias. O Carnaval do Rio é diferente, é democrático como nossa cidade, mas tem blocos que já começam a sinalizar a venda de abadás, com o nome de camisa e outros sinônimos. Caso isso cresça em alguns anos vamos ter o circuito de blocos cariocas como na Bahia.
4) Infra-estrutura durante os blocos
Além da questão dos banheiros, alguns foliões reclamam de uma melhor infra-estrutura de vendas de bebidas e comida no trajeto dos blocos. Nos menores não creio que haja problemas mas nos maiores as cervejarias patrocinadoras poderiam manter algumas pessoas vendendo suas bebidas alcóolicas e não alcóolicas. E isso é fácil resolver, só incluir na licitação.
5) Mais Blocos fora do circuito Zona Sul-Centro
É óbvio que a maior parte dos blocos estará na Zona Sul e Centro, até pela tradição. Mas poderia haver um fomento aos blocos nos subúrbios, normalmente são poucos e a maioria nos mesmos dias. Conseguir uma otimização na agenda do Carnaval de Rua nestas áreas seria bem válido ao aumentar o lazer no período, até ajudando a diminuir o público nos blocos mais famosos.
E para você o que tem de melhorar?
Foto: Me Beija Que Eu Sou Cineasta 2011 por William Kitzinger