‘O Rio de Janeiro sustenta o Brasil e empobrece cada vez mais com isso’

Vivemos nos últimos 4 anos, o pior momento da nossa história, através dos 2 últimos governadores, e do último prefeito

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Praia de Botafogo/Foto: Pedro Kirilos-Riotur

A cidade do Rio de Janeiro tem enfrentado diversas crises ao longo da sua história. O cenário atual talvez seja o mais dramático enfrentado pela capital, pois situa-se em um interseção de dilemas pelos quais passam o governo do Estado e o Governo Federal. Ainda assim, a cidade do Rio sempre foi um lugar de criatividade e grandes oportunidades de desenvolvimento pessoal e econômico.

O Diário do Rio conversou com o Conselheiro Federal pelo Rio de Janeiro do Conselho Federal de Administração (CFA) e diretor-geral da Universidade Corporativa do administrador (CFA), Wagner Siqueira, sobre a realidade desafiadora da nossa cidade, bem como sobre a ampla gama de soluções que podemos encontrar. A administração de Eduardo Paes tem apontado caminhos interessantes no soerguimento do Rio, entre eles, o projeto Reviver Centro, que pretende revitalizar o Centro da cidade através de investimentos em habitação.  

Wagner Siqueira foi vereador por dois mandatos e deputado estadual. Formado em Administração de empresas, ocupou vários cargos na administração pública municipal e estadual. Wagner Siqueira é também consultor e palestrante, além de ser muito atuante nas redes sociais, onde aborda temas, como: governança, administração pública, direitos dos animais, e problemas relacionados à cidade do Rio de Janeiro. Atualmente é também membro do Conselho Consultivo da Câmara da Região Metropolitana do Governo do Estado do Rio de Janeiro.

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Wagner Siqueira: Presidente do Conselho Regional de Administração do Rio de Janeiro (CREA-RJ) / Reprodução: Rede Social

Diário do Rio – A cidade do Rio de Janeiro, apesar de belíssima, enfrenta um contexto de crises que foram sendo geradas ao longo dos anos. Qual é a mais grave delas, segundo a sua avaliação.

Wagner Siqueira – A cidade do Rio de Janeiro vive nesse momento 2 crises que se superpõe. Uma delas é de curto prazo e foi gerada pela péssima gestão do ex-prefeito Marcelo Crivella, que provocou um grande retrocesso no processo de desenvolvimento da cidade. Temos ainda uma crise estrutural iniciada, em 1975, com a fusão entre o estado do Rio de Janeiro e o estado da Guanabara, medida que provocou uma marcha de decadência e esvaziamento da capital. A crise de longo prazo da cidade está associada à vivida pelo estado do Rio. A melhora dos indicadores de um dessas entidades reflete na realidade da outra. Se esse processo de crise não for contido, o retorno do Rio de Janeiro às condições socioeconômicas da sua Belle Époque, no período do estado da Guanabara, entre 1960 e 1975, será inviabilizado.

Diário do Rio – O senhor destacou que a realidade socioeconômica da capital está atrelada à realidade do estado do Rio. Como a melhora das relações econômicas em nível estadual podem afetar o município do Rio?

Wagner Siqueira – O esvaziamento do Rio precisa ser percebido como processo de longo prazo. Devemos entender que a cidade do Rio foi a capital do Brasil colônia, do Brasil império, e Distrito Federal do Brasil República. Quando, a capital foi transferida para Brasília, em 1960, o Rio de Janeiro começou a sofrer os danos materiais, cultuais e políticos resultantes dessa medida. Ainda assim, o estado da Guanabara viveu o seu melhor momento na administração pública entre 1960 e 1975. Aliado a isso, tivemos 3 excelentes gestores que marcaram o desenvolvimento da cidade: Negrão de Lima, Carlos Lacerda e Chagas Freitas. Eles, apesar das diferenças políticas, mantiveram a continuidade da gestão administrativa e das políticas públicas dos governos anteriores. Em 1974, ocorreu a crise do petróleo, o que prejudicou bastante a economia do Rio. O Brasil importava petróleo porque era mais barato importar que produzir, cabia à Petrobras apenas o papel de distribuição do insumo. Brasília, por sua vez, funcionou como uma bomba de sucção dos recursos do Rio. Os problemas fiscais do estado e do município do Rio decorrem do reducionismo das suas funções político-administrativas. A partir de 1975, passamos a sofrer um forte processo de desindustrialização, que também atingiu o Brasil. O processo, no entanto, foi e continua sendo especialmente cruel com a cidade e com o nosso estado.  Desde então, o Rio é o estado da federação que menos cresce, e isso impacta também a capital. Com os grandes eventos, como a Copa do Mundo (2014) e Jogos Olímpicos e Paralímpicos (2016), a cidade registrou um incremento em sua atividade econômica. O estado também teve um alento com o pré-sal, mas questões relacionas à arrecadações do ICMS nas transações do setor, bem como mudanças na partilha dos royalties do petróleo, fizeram o Rio de Janeiro perder muito em recursos. Por outo lado, sofremos com a ação predatória do Governo Federal. Segundo dados da assessoria econômica da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), o Governo Federal arrecadou R$ 175 bilhões do Rio, em 2018; e devolveu apenas R$ 35 bilhões. Isso perfaz 80% da arrecadação do estado. Nós estamos financiando o Brasil. É uma relação de mais Brasília, e menos Rio. Nesse sentido, o pacto federativo que hoje nos oprime, faz com que haja uma relação de absoluta exploração em relação ao que se retira do Rio de Janeiro e o que a ele é devolvido. Esse é o paradoxo do Rio, apesar de sermos a 2ª maior economia da federação, e segundo maior PIB por conta da extração do petróleo, somos o 11º estado em termos de receita pública por habitante. Em termos absolutos, o Rio de Janeiro estaria bem, mas em termos relativos é um estado pobre. E a cidade do Rio de Janeiro também é uma cidade pobre porque ela sofre com a degradação dos seus variados recursos. Dessa forma, o Rio de Janeiro sustenta o Brasil e empobrece cada vez mais. É preciso ter menos Brasília e mais Rio. Ainda segundo a Alerj, 50% do desemprego nacional nos últimos anos foi produzido na cidade do Rio. O pacto federativo na sua formatação atual é profundamente injusto com a nossa cidade. Se arrecadássemos impostos no ato da extração do petróleo, talvez não precisássemos nem de royalties. Esse processo estrutural mata a cidade. O prefeito Eduardo Paes tem se empenhado em recuperar a cidade das condições deletérias em que o ex-prefeito Marcelo Crivella a deixou, além de enfrentar as crises do estado e do governo federal.

Diário do Rio – O senhor foi vereador e deputado estadual, além de ter exercido várias funções na administração pública municipal e estadual. De acordo com a sua experiência como homem público, qual foi o pior momento ou governo da história do Rio de Janeiro?

Wagner Siqueira   Não tenho dúvida que nós vivemos nos últimos 4 anos, o pior momento da nossa história através de uma sinergia negativa gerada pelos últimos governadores (Luiz Fernando Pezão e Wilson Witzel), e pelo último prefeito da cidade (Marcelo Crivella). Isso, sem dúvida, aprofundou ainda mais a decadência financeira, social e cultural da cidade e do estado.

Eduardo Paes 2 ‘O Rio de Janeiro sustenta o Brasil e empobrece cada vez mais com isso’
Prefeito Eduardo Paes / Reprodução: Internet

Diário do Rio – Eduardo Paes assumiu a Prefeitura da capital, em 2021, pela 3ª vez. Como o senhor avalia as gestões anteriores do atual perfeito e quais pontos o senhor destacaria como positivos e negativos.

Wagner Siqueira –Eduardo Paes fortaleceu e expandiu a rede municipal de Saúde, fazendo uma boa articulação com o Sistema Único de Saúde (SUS). Ele também atuou de forma positiva na área de transportes, preparando a cidade para um integração completa desse sistema. Algo que foi abandonado e quase destruído pelo ex-prefeito Marcelo Crivella. A construção da Ciclovia Tim Maia, em São Conrado, na Zona Sul do Rio, é um ponto da administração Paes que eu considero negativo. A ciclovia é uma obra feia, cara e que gerou desastres. As intenções foram boas, mas os resultados foram ruins. O segundo ponto seria a área de educação, que recebeu muita atenção pelo Eduardo Paes, mas ele minimizou a utilização da tecnologia de ponta em sala de aula. A cidade do Rio é atípica, pois é a única capital que tem a universalização do ensino fundamental, ou seja, 100% da rede municipal é gerida pelo próprio município. Ao contrário da cidade de São Paulo que divide a administração das suas escolas com o estado.  Acredito que Eduardo Paes dará uma atenção especial à questão tecnológica em sala de aula. A pandemia tornou o problema evidente. Eduardo Paes sempre investiu forte na rede municipal de educação. Acredito que nesse governo, ele retomará o que deixou para trás.

Diário do Rio – O secretário de Planejamento Urbano, Washington Fajardo, aposta na revitalização do Centro através da implementação de projetos de habitação, como o Reviver Centro. Na sua avaliação essa é a saída para o soerguimento do Centro do Rio?

Wagner Siqueira –  Não há dúvida. Centros de cidades feitos somente para trabalhar é uma burrice gerada pela arquitetura e o urbanismo brasileiros ao longo de décadas, e que gerou essa circunstância na qual a cidade do Rio de Janeiro se encontra. A cidade moderna é policêntrica, nela as pessoas moram e trabalham, reduzindo o ir e vir. O secretário Fajardo está correto. É preciso alterar completamente o uso que se faz do Centro, permitindo a residência e ativação de atividades econômicas simultaneamente. O Centro do Rio é um dos mais maravilhosos do mundo, pois une o moderno e o antigo, com um panorama turístico sensacional. Além de tudo tem todos os serviços, para quem lá deseja residir, e também é ótimo para quem quer trabalhar.

VLT ‘O Rio de Janeiro sustenta o Brasil e empobrece cada vez mais com isso’
VLT Rio / Reprodução: Internet

Diário do Rio – Como o senhor vê o sistema BRT Rio, que tortura diariamente trabalhadores das zonas Oeste e Norte; e o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que anda praticamente vazio e ao qual é atribuída uma parcela da responsabilidade pela quebra comercial do Centro?

 Wagner Siqueira –O prefeito do Rio deixou um resultado espetacular na área de transporte. Ele montou toda uma rede de VLT, BRT, ligados a vias como a Avenida Brasil e a Transolímpica, que poderia ter gerado a integração completa do sistema de transporte do Rio de Janeiro, caso o Marcelo Crivella tivesse dado continuidade ao projeto. O Eduardo Paes fez o que uma cidade moderna precisa e não foi compreendido pelo prefeito Crivella.  Acho que o prefeito vai retomar esse projeto e fazer a integração completa dessas vias, gerando um ganho enorme para integração dos modais.  O VLT foi implantado no momento em que o Centro da cidade estava em num processo visível de esvaziamento econômico. O que não foi percebido pelo Marcelo Crivella.  As seis linhas do VLT foram concebidas, em 1980, e as 3 linhas hoje em operação compõem esse conjunto inicial. Naquela época, via-se o Centro como um polo vital da cidade. De lá para cá, o Centro da cidade foi sofrendo um esvaziamento com a permissão da própria Prefeitura. É preciso tomar medidas legais e fazer investimentos que possibilitem a recuperação rápida do Centro. O VLT foi um acerto, pois é um transporte mais barato do que o metrô e é sustentável. O VLT foi implementado por Eduardo Paes com uma visão de futuro. Tenho certeza que Eduardo Paes dará prosseguimento à integração dos transportes públicos no Rio.

Diário do Rio – O secretário municipal de Educação, Renan Ferreirinha, juntamente com o secretário de Saúde, Daniel Soranz, tem feito um grande esforço para que os alunos da rede municipal de ensino voltem às salas de aula. Algo que já aconteceu em colégios da rede particular. A pandemia vai aumentar a desigualdade escolar e social nos jovens da cidade do Rio de Janeiro?

Wagner Siqueira – A pandemia vai aumentar a desigualdade escolar e social dos jovens na cidade do Rio de Janeiro e no mundo inteiro. Esse processo já é anterior à pandemia. À medida em que há aplicação de tecnologia no ensino e na produção, você já produz desigualdade. No caso do Brasil, que já é um país desigual, a distância aumenta ainda mais. A educação é o caminho para equilibrar essa desigualdade. Isso deve ser feito através da aplicação de tecnologia no sistema municipal de ensino. Essa é uma necessidade da qual o secretário Ferreirinha está ciente. Estamos ainda no 2º mês de governo, não se pode exigir milagres. O ensino público fica defasado porque não oferece condições objetivas semelhantes ao da rede particular de ensino.

floresta da tijuca rio de janeiro ‘O Rio de Janeiro sustenta o Brasil e empobrece cada vez mais com isso’
Floresta da Tijuca / Reprodução: Internet

Diário do Rio – Falar sobre o Rio, é falar também sobre o meio ambiente. A desordem urbana avança e degrada as áreas verdes da cidade. Como essas agressões impactam o nosso desenvolvimento econômico?

Wagner Siqueira – Impactam demais. Felizmente, o prefeito Eduardo Paes tomou a decisão de acabar com a ideia de colocar o autódromo na Floresta de Camboatá, em Deodoro, na Zona Oeste. O espaço poderia ser utilizado como um grande parque com atividade econômica, por exemplo. Por outro lado, o Rio de Janeiro é a única capital do mundo que tem uma floresta urbana: a Floresta da Tijuca, a qual podemos explorar economicamente e, ao mesmo tempo, preservar o meio ambiente. As práticas de esportes, como circuitos de bikes, de corrida, passeios e turismo podem ser desenvolvidas de maneira sustentável. Temos os complexos lagunares da Barra da Tijuca e de Jacarepaguá, que necessitam de cuidados e despoluição, e que podem ser usados para prática esportiva, turismo e transporte em barcos movidos a energia solar. O carioca pensa que só a praia encanta o turista. O que encanta o turista mesmo é o verde da cidade. Por outro lado, temos no surfe a nossa vocação natural. Existem projetos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) que permitem modular a violência das ondas do mar na Barra da Tijuca e, ao mesmo tempo, melhorar as condições da prática de surfe. O prefeito está de parabéns sobre a floresta do Camboatá. Mas é preciso ter um autódromo que pode ser construído em outras regiões da cidade, como Guaratiba. O desenvolvimento da região e das atividades econômicas criadas por ele poderiam colocar um freio nas atividades da milícia.

Diário do Rio – O corpo técnico que integra a atual prefeitura é considerado de grande qualidade. Como podemos avaliar a qualidade de governança do atual mandato de Eduardo Paes?

Wagner Siqueira – A composição de uma equipe é o passo fundamental para o sucesso. O prefeito escolheu um quadro muito qualificado e com pessoas jovens e experientes. Com isso, ele tem todas as condições objetivas para fazer um grande governo. A equipe da Prefeitura é extremamente atuante e tem ideias adequadas às necessidade do momento. Eduardo Paes tem tudo para fazer um belo governo e colocar o Rio em outro patamar de desenvolvimento.

Diário do Rio – Qual é o futuro vislumbrado pelo senhor para a cidade do Rio de Janeiro nos próximos anos?

Wagner Siqueira –  Eu não tenho dúvida de que se conseguirmos chegar ao padrão de desempenho de 2016, será um grande feito diante do caos deixado por Marcelo Crivella. Mas vamos enfrentar dificuldades decorrentes do quadro econômico do estado e do país.  O papel do prefeito é restituir as boas condições que já tivemos. Eduardo Paes sabe, por experiência, que é importante ter um bom diálogo com o Governo Federal. A Constituição de 1988 era, em princípio, municipalista. Mas as diversas emendas que foram elaboradas em todos esses anos depositou um grande poder no Governo Federal, esvaziando os municípios. Foi por conta dessas mudanças que chegamos onde estamos, com os recursos concentrados em Brasília. Como eu disse anteriormente R$ 185 bilhões foram arrecadados no Rio, em 2018, apenas R$ 35 bilhões voltaram para nós como investimento. Quer dizer, é o Rio de Janeiro que está financiando o Brasil.

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56 COMENTÁRIOS

  1. Eu acho interessante é que sempre colocam a culpa pela crise da cidade do Rio de Janeiro na fusão com o restante do estado do Rio.

    Vamos entender de uma vez por todas que a Guanabara já estava prevista desde os tempos do Império do Brasil como sendo de caráter provisório. A intenção nunca foi a de manter tal unidade federativa por não existir lógica pra isso. O estado do Rio de Janeiro é muito homogêneo para ser dividido, porém os militares conseguiram dividir “cariocas” e “fluminenses” como se ambos não fossem a mesma coisa.

    Devemos lembrar que essa questão do uso do gentílico “carioca”, que anteriormente era usado até para os nascidos no interior antes do regime militar, em oposição ao gentílico “fluminense”, que antigamente era gentílico da cidade do Rio de Janeiro quando dos tempos da província do Rio, só traz prejuízos para a autoafirmação identitária do povo do Rio de Janeiro.

    O grande problema do Rio de Janeiro, tanto a cidade quanto o estado, é não conseguir se encaixar e encontrar sua vocação no período pós-capital. Perder a qualidade de capital federal esvaziou a importância de uma região brasileira que, sob as belezas da natureza, sempre viveu sob a égide econômica dos funcionários públicos civis e militares. Não criou uma cultura de empreendedorismo e hoje estamos pagando a conta.

    Resta a nós a resignação, pois se esperarmos pelas nossas autoridades o Rio de Janeiro ficará cada vez pior.

  2. O Rio nasceu para ser capital federal, fora isso não terá a menor chance, quem culpa governadores pela crises esquece que se não tivesse ocorrido a transferência da capital não haveria nem governadores.

  3. Relembramos uma das matérias que deu luz à uma luz, que inclusive em uma época levou a Firjan à Brasilia reivindicar essa esteira que tem mais detalhes. Esse texto é de novembro de 2019.

    Rio pode receber R$ 70 bilhões em uma década por ter sido capital federal
    O Rio pode receber R$ 70 bilhões nos próximos dez anos por ter perdido a capital federal para Brasília. É o que sugere uma uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) na Câmara dos Deputados, que ficou conhecida como PEC da Reparação.

    Há quase 70 anos, quando a capital foi transferida, o Governo Federal criou um fundo para que a nova capital da República se sustentasse. Até hoje, o Distrito Federal recebe esse dinheiro. Em média, R$ 14 bilhões por ano.

    Parte deste custeio vai para a segurança pública. Lá, um soldado da PM ganha cerca de R$ 6 mil. No Rio, o piso é quase metade: R$3,3 mil.

    Deputados do Rio entendem que a ida da capital federal para Brasília geraram perdas na arrecadação, como a deputada federal Clarissa Garotinho (Pros).

    — O objetivo da PEC é reparar uma injustiça histórica cometida contra o Rio de Janeiro, desde que perdemos a capital para Brasília e, posteriormente, numa fusão mal planejada entre o estado do Rio e da Guanabara. Da noite pro dia, cortaram todos os subsídios que nós tínhamos, inclusive pra segurança pública — explica.

    Ainda segundo a parlamentar, a receita seria de cerca de R$ 7 bilhões por ano até que o fundo fosse extinto.

    Que tal continuar batendo nesta tecla? O Rio de Janeiro hoje tem vários Selos importantes de Patrimônio; Cultura; Arquitetura; Destino, etc, etc. O nosso Rio de Janeiro merece! Em 1º de março, a Cidade Maravilhosa completa 455 anos.

  4. Com todo respeito a este cidadão que concedeu está entrevista!

    Mas ele só pode estar com algum problema psicológico,estar de brincadeira ou está agindo de má fé.

    Não existe outra explicação para este cidadão.

  5. “Como assim o RJ sustenta o país”?? Só se for de vergonha, corrupção e banditismo generalizado!! Mais um pasquim que surge a serviço de políticos caras-de-pau!!

  6. Surreal esta matéria do diário do rio,vergonhosa e tendenciosa.
    Toda essa desgraça que o Rio de janeiro se encontra foi deixada por Eduardo pães e companhia, Lula ,Cabral, Jorge picciani, Garotinho etc. Acordem pelo amor de Deus!!

  7. O Rio de Janeiro sustenta o Brasil? Obviamente que este sujeito está de “brincanagem”. Eu sou carioca, amo o Rio, mas moro em SP.
    Não preciso dizer mais nada, né?

  8. Concordo em grande parte com o Sr. Wagner Siqueira, e se ele está correto o que fizeram os Deputados Federais eleitos por Cariocas e Fluminenses nos últimos trinta anos para defender os recursos gerados na cidade e no Estado do Rio de Janeiro? O que a “bancada” fluminense fez em Brasília para melhorar ou garantir o desenvolvimento de nossa região? Atenção, eleitor carioca/fluminense! Vamos acompanhar mais de perto as votações no Congresso Nacional das matérias de nosso interesse para conhecer de fato quais os políticos que honram o nosso voto, e nas próximas eleições poder escolher melhor nossos representantes.

  9. Matéria totalmente tendenciosa. Parece até até foi comprada. Só dá Eduardo Paes na opinião do entrevistado. Ele teve 8 anos para arrumar o Rio e só afundou em dívidas. Fez obras e gerou dívidas impagáveis…

  10. Respostas sem sentido e extremamente tendenciosas, nossos problemas começam com a corrupção dos governantes, incluindo o Paes, os impostos são altos o que afugenta o empresário que gera emprego e movimenta a economia, o combate ao tráfico é só para inglês ver, o número de moradores de rua e cracolândias aumentam a cada dia, o ensino é precário os professores despreparados e as instituições sem recursos, sem método de ensino. Consequentemente com esses índices a violência, sujeira a evasão de capital financeiro é inevitável é óbvio que só a beleza natural não basta, quem pode está saindo.

  11. Coitado do meu Rio de Janeiro! Saí do estado faz 30 anos de coração partido. O Rio não merece o que esses políticos ou ex-políticos fizeram e ainda fazem com a cidade. É muita mentira e hipocrisia!

  12. Muitos comentários reclamando que o Eduardo Paes não leva o metrô até a rodoviária. Gente, será mesmo que as pessoas não sabem que ele não tem poderes pra isso, que a concessão do metrô é do Governo do Estado, e não da Prefeitura?

  13. Que matéria horrível e tendenciosa.
    O cara só sabe colocar a culpa no governo federal e nos governos anteriores.
    Falar que o Eduardo Paes afundou com a cidade e principalmente com o centro do Rio, ele não vai falar, óbvio.
    Reviver Centro… Palhaçada isso… E vamos ver mais um desastre… Centro do Rio está acabando aos poucos… Acabou com a Rio Branco… Rua da carioca já era e por aí vai… Matéria horrível essa do diario do Rio, com um entrevistado que tem seus motivos pessoais e de alto interesse em atacar o gov federal e governos passados… E por fim você vê, aliado de quem? Eduardo Paes… Lula? Cabral? Alguém lembra? Maricá?! ? Ai ai ?

    • Apoio totalmente! O metrô é a solução para o transporte de massas no Rio, e o correto é a municipalização de parte do Metrô no território do Município. É por isso que o Prefeito Eduardo Paes deveria brigar e não insistir no BRT, projeto que já nasceu condenado a meu ver!

    • O Eduardo Paes, se ele realmente ama o Rio como ele mesmo diz desiste do BRT e investe no modal metroviário, levando o metrô para região oeste:Bangu, Campo Grande, Santa Cruz ou até mais ainda: Itaguaí. O centro do Rio é espetacular, uma cidade baixa, você sabe aonde é centro da cidade, diferente de São Paulo que é uma cidade que cresce pra cima, cheia de prédios amontoados um em cima do outro. Uma cidade que esta se destacando me parece é Florianópolis com prédios altíssimos, isso poderia acontecer no Rio de Janeiro. Eu sou carioca, moro em São Paulo, mas amo o Rio de Janeiro de paixão. Torço para que a Administração de Eduardo Paes de certo, agora não é hora de criticarmos mais revindicar que se faça o melhor por essa cidade, aliais ele também foi culpado por essa degradação quando se aliou aos bandidos. Deus abençoe a cidade do Rio de Janeiro e o Estado do Rio de Janeiro.

  14. Bom dia, parabéns pela ótima matéria…quero aproveitar a oportunidade pra perguntar porque o governo do RJ ainda não teve QI pra fazer uma estação de metrô integrada a Rodoviária Novo Rio pra facilitar para os turistas que chegam a cidade chegar ao seu destino de maneira mais prática e fácil, como já funciona em Sp por exemplo que tem estrutura de 1° mundo?

  15. Se quisessem realmente melhorar transporte gastando pouco, todos os sub-bairros tem trilhos ligado a ferroviária, colocaria trens em sub-bairros…

  16. É impressionante a análise que esse sujeito faz sobre os problemas do Rio, ou seja, péssima.
    Sabemos que a causa da decadência do Rio está no crescimento das favelas. Isso é que fez todas as grandes indústrias irem para outra região ou estado do Brasil ou, ainda, fecharem de vez. O crescimento desordenado, sem freio da população favelada incluiu também o crescimento do tráfico e do roubo. As indústrias não aguentaram conviver com seguidos assaltos e roubos . Ninguém consegue trabalhar, produzir com tantas ameaças. Não suportaram a ineficiência dos governos e saíram fora. Isso fez o Rio despencar economicamente. Será que esse sujeito não sabe o que é causa e consequência.

  17. Por ter sido a Capital da República, o Brasil sustentava o Rio de Janeiro, assim como Brasília hoje o é.
    Prudente de Morais inventou a favela no Morro da Providência, quando não cumpriu sua promessa de conseguir habitação para os soldados de Canudos e os jogou à própria sorte.
    Negrão de Lima nunca foi diferente e não soube preparar a cidade do Rio de Janeiro para receber o êxodo rural que se iniciava.
    Carlos Frederico Werneck de Lacerda tentou mudar este cenário, com a Vila Kennedy e com os projetos das Linhas Vermelha, Amarela e Verde, além de promover um grande planejamento urbano, com um Plano Diretor que contava com arquitetos, urbanistas e economistas de renome e extremamente capazes, sem falar do Aterro.
    A cidade do Rio de Janeiro precisa parar de sentir pena de si mesma, por não ser mais a capital, pois não tem motivo para isto, já que seus atrativos naturais superam em muito a capacidade dos seus governantes.

  18. Concordo que a gestão de Marcelo Crivella foi a pior, mas poxa não chega a culpar nem o Cabral kkkkkkkk Paes errou muito sim, poderia ter investido no metrô do que nesse BRT.

  19. Secretaria da Fazenda Municipal e Câmara de vereadores têm que trabalhar juntas para estancar o brutal desvio de receita Municipal que as grandes empresas prestadores de servicos de São Paulo estão carreando para o fisco paulista.

  20. Vejamos por outro lado também são muitos nordestinos. Que deixam seus estados e migram para cá em busca de melhoria. E vão enchendo a cidade de favelas e morros. E fazendo e trazendo muitas famílias. Isso também de certa forma afeta em tudo. Pois traz mais caos para a cidade,que não suporta a vinda dos tais.

  21. Quando resolverem acabar com a famigerada substituição tributária, talvez de tempo de recuperar o comércio do Rio de Janeiro. Mas como não há interesse nisso vamos vendo a Cidade e o ESTADO do Rio de Janeiro indo para o buraco.

  22. O ex Governador Corrupto Sérgio Cabral Filho e o atual Prefeiro Corrupto Eduardo Paes e o Corrupto Pezão foram os principais corruptos que quebraram a Cidade e o Estado do Rio de Janeiro!

  23. O entrevistado só teceu elogios ao atual Prefeito, Eduardo Paes. Quem alterou a estrutura central do Rio de Janeiro foi exatamente o Sr Eduardo Paes. Não mencionou que, nas gestões anteriores de Paes, o dinheiro jorrou nos cofres municipais, graças às olimpíadas, copa do mundo… .Eduardo Paes deixou dívidas exorbitantes para o sucessor pagar. Sem considerar os desvios de recursos públicos.
    Fazer elogios a um administrador que faliu as contas do Município, mostra a parcialidade do entrevistado.
    Considero que Crivella não foi e não é um bom administrador, não gostei da administração desse gestor. Entretanto, imputar a este todas às mazelas pelas quais o Município vem passando nos últimos 4 anos , é fechar os olhos para um dos culpados por tudo isso, Sr Eduardo Paes.

  24. Se Eduardo Paes sabe como está o estado do Rio de janeiro? Sabe e muito bem! E como sabe! Tem tudo haver ele saber como o estado se encontra agora!

  25. Eduardo Paes fez um ótimo trabalho na saúde do município com as clínicas da família,com parceria de médicos da Ufrj a população recebe um bom atendimento a criação do Rio imagens na presidente Vargas que faz exames moderno no povo de graça,Paes deixa claro que prefeitura deve ter boa relação com o governo federal e como Paes iria saber que Lula era um bandido ,Paes é de boa família não precisa de roubar,antes de ser prefeito tinha um emprego invejável que abriu mão para nós ajudar,se preocupa com o povo e ótimo administrador,deixou o Centro da Cidade do rio maravilhoso e espero que seja governador do Rio e futuro Presidente da República pois o Brasil merece Eduardo Paes.

  26. Lamentável essa entrevista desse senhor. O centro do Rio foi destruído pelo Eduardo Paes, virou uma cidade deserta, acabou com o comércio e o fruxo de pessoas diminuiu. O fechamento da Rio Branco e adjacências, para o fluxo de automóveis, foi a pior coisa que alguém com um minimo de inteligência poderia inventar.

    • Não concordo : revitalizou o centro do Rio completamente,ficou mas moderno e bonito,quanto os fechamentos das lojas foi devido a crise econômica que afetou todo o Brasil e logo a pós a pandemia acabando de desintegrar com o faturamento das lojas,acredito que Cabral ajudou a afundar a economia do Rio com os roubos todavia,Pães não tem nada haver com as inlucitiitudes de Cabral

  27. Só vejo a n4z1st4da falando que Lula é ladrão, mas apresentar as provas não querem. Eu desafio qualquer n4z1st4 a provar que o Lula é ladrão. Eduardo Paes está fazendo um início de governo muito bom. A cidade só vai se desenvolver, se o Estado atuar para tal. A revitalização do centro é bem vinda. A criação de novos polos industriais, seriam uma boa alternativa, também. Mais uma vez a esquerda provando estar certa. Só há desenvolvimento, se o Estado atuar para impulsionar o mesmo. É só pegar o exemplo do USA, que vai gastar mais de US$1 Tri para conter a pandemia e seus efeitos, bem como ajudar a cadeia produtiva a segurar o máximo de empregos possíveis.

  28. A ideia do mineiro Juscelino Kubiztchec, de transferir a capital para Brasília, com o apoio entusiasmado dos Paulistanos foi a bomba atômica jogada sobre a cidade. O empenho dos militares da ditadura para esvasiar a cidade, coroada pela fusão levaram o Rio a esta situação. Decadência irreversível desde então. Minha alma chora, quando vejo o Rio de Janeiro …

  29. Esse senhor esquecendo dos vários governadores que afundaram o estado quase que literalmente um atrás de outro, e quem colocou acereja do bolo foi o sr. Cabral.

  30. Entrevista vergonhosa. Quem quebrou o Rio foi a quadrilha chamada PMDB, do qual este senhor e o Paes fazem parte. Destruíram o Rio para os próximos 100 anos. Nem mencionou o Cabral, o qual ele apoiou. O Brasil não tem jeito por pessoas como este sujeito. Deveria se esconder de vergonha pelo dano que causou ao Rio e não dando entrevistas sem pé nem cabeça.

  31. Parece propaganda paga. O RJ está assim por conta de prefeitos e governadores corruptos que passaram por aqui. Esse Paes (soldadinho do LULADRÃO) deveria estar preso ao invés de estar na prefeitura. Mas a burrice do povo colocou esse corrupto 171 novamente no cargo. Pobre Rio de Janeiro.

    • Mentiras deste Sr. Querendo defender Paes, Paes faz parte do problema! Pois está citado na lava jato e tem culpa no cartório, pois foi na gestão dele que veio BILHÕES para o Rio por causa da copa e olimpíadas, e onde foi este dinheiro? Onde ele se beneficiou? Todos foram presos e daqui a pouco poderemos ver a prisão dele anunciada de surpresa….

  32. Escroto está reportagem, muito casuística e oportuna para o atual prefeito, um puxa saco escroto, não vive a realidade do Brasil, deve ser um esquerdopata, lulista, imbecil, não tem credibilidade,

  33. Pois é eu reparei isso. Nitidamente puxa o saco do ex governador Sérgio Cabral ao não citar que a degradação do RJ também passa pelo crivo do ex governador preso. E digo mais, Eduardo Paes é um bom gestor, porém não passa batida na farra do dinheiro público. A verdade é que o Brasil não tem salvação, mas o RJ menos ainda. Somos o berço da corrupção e de tudo que existe de negativo nesse país. A corrupção generalizada, mais de 1400 favelas no estado, poder paralelo onde tráfico e milícia controlam com mãos de ferro certos espaços territoriais e onde o estado não entra e além disso tudo a decadência do estado já foi premeditada lá atrás com anos de políticos incapazes de serem mais técnicos do que ideológicos e populistas. O RJ quebrou é a verdade e não tem salvação, só jogando uma bomba nuclear e sim eu sou carioca e falo isso com tristeza, mas por sorte daqui 1 ano não estou morando mais nesse estado, não vale a pena ficar por um bocado de praias e trilhas

  34. Putz. O governo Crivella foi apenas um desastre continuado do que encontrou. O sistema de transporte da cidade foi praticamente destruído na gestão anterior do EP. Obras de péssima qualidade. O VLT é economicamente insustentável, sangrando os cofres públicos com um contrato mal feito ou mal intencionado, pelo EP. O esvaziamento que o Centro já sofria foi acelerado com os atos de EP na rede de transporte. E o autódromo já era projeto e intenção no governo anterior de EP. Não está deixando de ser feito por visão administrativa mas por proibição judicial. O entrevistado poupou críticas ao EP da mesma forma que sequer citou o governo Cabral, responsabilizando apenas Pezão e Witzel. Lamentável.

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