Hoje,vamos mais uma vez conversar sobre segurança e o Rio de Janeiro.Passamos por uma situação limite e não estamos conseguindo resolver sozinhos…
Sou um eterno apaixonado pelo Rio mas nunca senti tanto medo da violência que assola a Cidade Maravilhosa. Fiquei estarrecido com a médica assassinada, os policiais que morrem diariamente defendendo a cidade e sobretudo o descaso das autoridades com a segurança pública.
Os policiais estão sem receber e no dia 27 de junho fizeram uma manifestação no Rio, na chegada ,no Aeroporto Tom Jobim, informando que estão sem pagamento. É triste termos chegado a tal ponto, inclusive com helicópteros parados, falta de papel para boletim de ocorrência, falta de combustível nas viaturas e um caos geral, que mata inocentes diariamente. No entanto, nossa realidade não pode ficar escondida.
O governo parece não ter entendido até agora a gravidade dos fatos e nem sequer convocou as forças de segurança nacional,para ajudarem no patrulhamento ostensivo,em momento tão delicado. A cidade vive com medo. Dia 26 de junho, em um ônibus que liga Del Castilho a Cidade Olímpica,um grupo de homens fez da viagem momentos de terror:brincavam que iam assaltar os passageiros,que queriam iPhones 6,urinaram dentro do ônibus e faziam tudo isso rindo e gritando. Não assaltaram,d esceram no final da linha amarela mas passamos por momentos de terror na brincadeira descabida no momento atual.
Estamos sem saber o que fazer. Também no dia 26 de junho, dois jovens foram assaltados em plena rua da Assembleia, no Centro, por volta de 17h30min, por um grupo de dez pivetes,que se locomoviam pelas ruas com pedaços de madeira. Trata-se de uma situação limite e somos compelidos a nos trancar em casa sem saber como agir.
Não podemos continuar assim. As Olimpíadas se aproximam e não podem macular ainda mais a imagem do Rio. Vários “Travel advisories“ foram emitidos nos últimos dias desaconselhando viagens para o Rio. O Rio pede socorro e sobretudo pede seriedade com as vidas humanas que aqui moram e as que aqui chegam para nos visitar. Pede respeito pelos que trabalham em condições nunca vistas na segurança mas que ainda continuam brigando por um Rio melhor.
O Rio está doente, muito doente e, para melhorar um pouco, precisa de um grande encontro do setor produtivo, do trade turístico e das autoridades “em calamidade “,se desejar sobreviver.
Rio, cidade do medo e das belezas naturais grita por ajuda….