Hoje, 22 de Setembro, é Dia Mundial Sem Carros, e apesar de achar impossível que a maioria dos cariocas deixem seu carro em casa devido a esse dia, eu pelo menos não deixarei, pelo menos poderemos refletir sobre o trânsito carioca e a forma que utilizamos os nossos veículos.
É fato que nos últimos anos houve uma piora nos engarrafamentos, a velocidade média pode ser as vezes menor que 15 Km/h. O trajeto Jardim Botânico-Praça Seca pode facilmente, na hora do rush, passar de 2 horas. Avenida das Américas, Perimetral, Lagoa-Barra, Avenida Brasil, todas estas e muito mais tem momentos que você simplesmente fica parado, sem uma razão aparente. Ou se acontece um simples acidente pode dar um nó na cidade que torna usar a Linha Amarela impraticável.
Obras miram nos carros e ônibus
E as recentes obras da Prefeitura do Rio não parece que resolverão o problema, no máximo empurra-lo um pouco para frente. O carioca tornou-se dependente do carro e a cidade o tem empurrado a se tornar cada vez mais a usar o veículo. Até pessoas que poderiam muito bem usar o metrô, ou ir a pé ou de bicicleta acaba saindo sozinho no seu carro.
Achar que ônibus é uma solução para os engarrafamentos do dia a dia é outro erro. Ajuda um pouco, mas muito pouco. Se há a quebra ou acidente de um ônibus o reflexo no trânsito da cidade é gigantesco, ontem a noite um ônibus quebrado na saída do Via Parque na Av. Ayrton Senna causava um engarrafamento gigantesco.
Metrôs, Bondes e Bicicletas
Não preciso nem entrar em detalhes sobre o Metrô do Rio de Janeiro, é uma verdadeira piada de mal gosto. Duas linhas, com uma única conexão e agora sendo esticada até o fim para a Barra. E ainda é minúscula, atendendo pouquíssimos bairros. O que acaba tornando impraticável para muita gente.
Se o investimento no metrô é alto, até pelas características do solo e da ocupação urbana do Rio de Janeiro. Poderia se usar bondes, ou VLTs, a Avenida das Américas, a Lagoa, entre tantas outras vias cariocas tem um canteiro central que permitiria que fossem instalados.
E para pequenas distâncias e aproveitando o tanto de ciclovia de nossa cidade, deveria ser fomentado o uso de bicicletas. Em uma campanha educativa e incentivando empresas, talvez por redução nos impostos, de empresas e edifícios que tenham bicicletários e chuveiros para seus funcionários. A questão do banho é importantíssima, já que vivemos em uma cidade tropical e ninguém quer chegar em seu trabalho suando.
Uma solução precisa ser encontrada
A verdade é que se uma solução não for encontrada em breve corre o risco de ficar totalmente intransitável andar no Rio de Janeiro. Hoje alguns hábitos já mudaram, dia desses queria ir tomar um suco na praia mas só de pensar no trânsito me fez desistir na hora.
O Rio não pode perder uma de suas maiores vantagens que é a qualidade de vida. Mas para isso precisamos repensar nossa relação com os carros