O vice-governador do Rio, Thiago Pampolha, sai do União Brasil e ingressa no MDB

Sucessor natural de Cláudio Castro, Thiago Pampolha estaria sem voz no União Brasil e foi para o MDB, deixando irritados Rodrigo Bacellar e Márcio Canella

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Sem voz no União Brasil, mesmo sendo vice-governador do Rio de Janeiro, Thiago Pampolha deixou o partido e foi para o MDB, que tem como coordenador político Washington Reis, presidente estadual Leonardo Picciani e pré-candidato a prefeito do Rio e presidente municipal o deputado federal Otoni de Paula. A troca, em um momento que o governo de Cláudio Castro vem passando por uma crise (bem, em que momento não passou por uma), gerou críticas a Pampolha.

O vice-governador já estava procurando um partido, e era esperada a sua ida para o Progressistas. Mas como o partido tem avançado em uma possível federação com o mesmo União Brasil e o Republicanos, acabaria tendo que procurar outro partido em breve. O próprio governador não teria sido contrário à troca de partidos. Apesar de ambos poderem ficar em lados contrários em disputas de prefeituras, na capital, Castro apoia Alexandre Ramagem (PL) e Pampolha terá de apoiar Otoni.

Apesar da alegação de que Thiago Pampolha estaria trocando por um partido aliado de Lula, o MDB, o União Brasil também o é. Além disso, o MDB do Rio tem figuras mais próximas do bolsonarismo, como o próprio Otoni e Washington Reis, com exceção de Picciani, que é Secretário Nacional de Saneamento do Governo Lula.

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Sucessor natural de Castro em 2026, Pampolha dificilmente teria espaço no União Brasil, já que o presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar, também deseja se candidatar ao governo do Estado e não cederia a vaga. E ele não ficou nada feliz, de acordo com o jornalista Ricardo Bruno, do Agenda do Poder, Bacellar disse:

Em momento algum o vice-governador me procurou para discutir sobre estratégias políticas para 2024. Minha gestão na presidência da Alerj demonstra que sou aberto ao diálogo com todas as correntes políticas e conseguimos grandes avanços graças a isso. Eu também  não abro mão da lealdade e do respeito ao meu grupo político”. E continuou: “Ele é um bom menino e precisa ficar atento ao seu entorno. Quem deseja olhar muito para o futuro acaba esquecendo de cuidar do presente. E são muitos os desafios a serem enfrentados no presente. Precisamos estar unidos”.

Já o vice-presidente do União Brasil no Rio, o deputado estadual Márcio Canella respondeu de forma bem mais dura, nas redes sociais, à notícia da filiação do vice-governador ao MDB, conforme noticiou Berenice Seara: “Quando olhamos os movimentos e as decisões de alguns agentes políticos do Rio de Janeiro, não devemos ficar chateados, nem surpresos, pois basta olharmos o histórico de traições”, postou o deputado, sem citar o nome de Pampolha. “É como um escorpião: você pode ajudá-lo, mas a picada será certa.” Com os amigos, Canella, que também é membro da executiva nacional do União, cospe marimbondos: “esse garoto traiu em todos os mandatos”.

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