Instrumento do curador Harold Emert, o oboé domina a programação deste fim de semana do Rio Winds Festival, Festival Internacional de Sopros promovido pelo Música no Museu.
Conterrâneos de Harold, três dos principais oboístas dos Estados Unidos tocam, com diferentes formações, no sábado, no domingo e na próxima terça, entre as próximas atrações do festival, cuja programação completa vai até o fim de novembro, sempre com entrada franca, e pode ser conferida no site musicanomuseu.com.br.
No preâmbulo, o Grupo de Sopros da Banda dos Fuzileiros Navais toca nesta quinta (9/11), às 18h, no Palácio Tiradentes, na Praça XV; e o Trio Lucent, com os clarinetistas Jackie Mcllwan e Julie Detweiler e pianista Deloise Lima, se apresenta na sexta (10/11), às 12h30, na Casa França-Brasil.
Sábado (11/11), às 15h, um dos maiores expoentes contemporâneos do oboé americano, Jared Hauser, professor da Vanderbilt University, de Nashvillle,Tennessee, faz duo com o violonista brasileiro Camilo Carrara. Eles tocam no subsolo do Memorial Getúlio Vargas, na Glória. Já no domingo e na terça, os dois duos seguintes são de oboé e piano.
No domingo (12/1), às 13h, o casal Eric Ohlsson e Deloise Lima toca peças especialmente compostas para os dois instrumentos, no Museu da República, no Catete. A pianista brasileira conheceu o oboísta americano há quase 20 anos, na Florida State University, onde ele lecionava e ela fez seu doutorado. “Desde então, estamos juntos, como casal e como músicos. Fazemos algumas adaptações, mas priorizamos obras compostas especificamente para os dois instrumentos, a começar pela ‘Sonata para Oboé e Piano [Opus 166]’, de Saint-Saëns; uma das mais conhecidas nesta combinação”, adianta.
A terça-feira (14/11) traz mais um oboísta americano e uma pianista brasileira. Ian Davidson, professor de oboé da Texas State University, e Sonia Vieira tocam às 13h, no Museu da Justiça, no Centro.
O oboé, apesar do nome estranho para muitos, é um instrumento tradicional de sopro, feito de madeira, como o clarinete, com o qual tem bastante semelhança física. As principais diferenças estão no uso da palheta dupla e no som mais agudo pelo oboé. O próprio Harold Emert estudou clarinete (e saxofone), antes de se especializar no oboé. “Aproveitei a demanda que havia pelo oboé, que tinha poucos músicos no Brasil, quando vim para cá, há 50 anos”, conta o americano, de Nova York, que, agora em 2023, completa meio século de Brasil, do qual também já tem cidadania. Atualmente em sua terra natal, Harold Emert volta para tocar no encerramento do Rio Winds Festival, dia 30, em Niterói.
Programação da semana
Dia 9 (quinta-feira), 18h
Grupo de Sopros da Banda dos Fuzileiros Navais
Palácio Tiradentes – salão nobre
Rua 1º. de março s/nº, Praça XV, Centro
Capacidade: 100 lugares
Dia 10 (sexta-feira), 12h30
Trio Lucent: Jackie Mcllwan e Julie Detweiler (clarinetes), Deloise Lima (piano)
Programa: Carl Maria von Weber, Astor Piazzolla e outros
Casa França-Brasil
Rua Visconde de Itaborai, 78, Candelária
Capacidade: 80 lugares
Dia 11 (sábado), 15h Jared Hause (oboé) e Camilo Carrara (violão)
Programa: Gershwin, Ravel, Debussy e outros
Memorial Getúlio Vargas
Praça Luiz de Camões, s/nº, Glória
Capacidade: 90 lugares
Dia 12 (domingo), 13h
Eric Ohlsson (oboé) e Deloise Lima (piano)
Programa: Saint-Saëns, Ante BK e outros
Museu da República
Rua do Catete, 153, Catete
Capacidade: 70 lugares
Dia 14 (terça-feira), 13h
Ian Davidson (oboé) e Sônia Viera (piano)
Museu da Justiça
Rua Dom Manuel, 29, Centro (Fórum)
Capacidade: 80 lugares
