Obras da tirolesa do Pão de Açúcar ainda não têm data para retomar

Montanhistas e ambientalistas, juntamente com o MPF, alegam que a obra removeu partes das rochas da encosta de forma ilegal, uma vez que o monumento é protegido pelo IPHAN

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Após a revogação da liminar que suspendeu as obras da tirolesa no Pão de Açúcar por dois votos a um no Tribunal Regional Federal (TRF), os trabalhos ainda não têm uma data para serem retomados devido a pendências no licenciamento. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Smac) solicitou, há um ano, esclarecimentos à Companhia Caminho Aéreo Pão de Açúcar (CCPA) sobre diversos pontos do projeto.

O principal ponto de questionamento é a origem das pedras utilizadas na obra. Montanhistas e ambientalistas ligados ao Movimento Pão de Açúcar Sem Tirolesa, juntamente com o Ministério Público Federal, alegam que a empresa removeu partes das rochas da encosta de forma ilegal, uma vez que o monumento é protegido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). No entanto, a empresa argumenta que os materiais retirados provêm de resíduos da demolição de estruturas antigas do parque.

Na decisão que favoreceu a retomada da obra, os desembargadores acolheram a tese dos advogados da concessionária, destacando o impacto que deixar a obra incompleta traria à paisagem, considerando que 80% das intervenções já foram concluídas.

O procurador da República, Sergio Suiama, afirmou ao “O Globo” que o Ministério Público irá recorrer assim que o acórdão for publicado, inclusive se necessário for ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ele ressaltou os danos irreversíveis ao patrimônio, citando que já foram removidos 127 metros cúbicos de rocha e denunciou várias irregularidades durante as obras, que teriam iniciado antes da autorização do Iphan.

Uma perícia judicial está em andamento para avaliar os prejuízos ambientais, enquanto a Unesco avalia uma denúncia do Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (Icomos) sobre supostas irregularidades. Além disso, a licença de obras ainda terá que ser renovada pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Econômico (Smdue) por meio da Comissão de Avaliação Ambiental (Cava).

A concessionária da obra continua defendendo a legalidade do projeto, alegando que foi submetido a todos os órgãos competentes. Por outro lado, a secretária de Meio Ambiente, Tainá de Paula, destaca que não havia autorização para remoção de rochas na proposta e que a empresa ainda não respondeu ao pedido de esclarecimentos sobre a origem dos resíduos.

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4 COMENTÁRIOS

  1. Aqueles cabos colocados para tirolesa que enfeiam o cartão postal.
    Visualmente à olho nu e fotografia vemos claramente os cabos colocados para tirolesa, uma poluição visual e desarmônica com o que originalmente vemos em impressos fotográficos do cartão postal em bancas de jornal – tal como a do saudoso Maracanã em cores azul.

    A ideia de colocar tirolesa mais está com fins lucrativos que supostamente para atrair mais visitantes. O visual por si só deveria bastar para atrair turistas. A Torre Eiffel de Paris que não tem tirolesa por si atrai mais turistas que o total anual somado do Pão de Açúcar com Cristo Redentor do Rio de Janeiro. Uma vergonha!

  2. Absurdo !!!Essa justicinha é tão lerda q a cambada gananciosa já destruiu a encosta!!!
    Até parece q o Rio precisa dessa porcaria pra desenvolver o turismo!!O Rio precisa é de segurança!!Já existem trilhas maravilhosas pela cidade!!
    Imaginem a torre Eifel ou a muralha da China com essa estrovenga escrota!!!
    Nós sabemos como essa porcaria vai acabar(como tudo aqui q antes tinha um “projeto maravilhoso “)…VAI ACABAR EM LIXO E DEGRADAÇÃO DO MEIO AMBIENTE!!
    Quem tá levando a bufunfa?
    O CARIOCA NÃO QUER ESSA M LÁ!!

    • É verdade. Muita gente levando grana pra aprovar esta monstruosidade com a pedra do Pão de Açúcar . Quem é hoje o “dono” do Pão de Açúcar com poderes de mutilar nosso patrimônio? Imagina se algum turista virá ao Rio por causa de tirolesa. Essa não!

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