No mês em que o Cais do Valongo comemora seis anos como Patrimônio da Humanidade reconhecido pela Unesco, o Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG) obteve a autorização para iniciar as obras de valorização do sítio arqueológico, situado na região da Pequena África. Nesta quinta-feira (06/07), os primeiros contêineres de apoio serão instalados. A informação foi divulgada pelo jornalista Ancelmo Gois.
O IDG, também responsável pela gestão do Museu do Amanhã, será encarregado de colocar guarda-corpos; implementar um módulo expositivo com quatro totens que narrarão a história da região, com curadoria de Ynaê Lopes dos Santos, historiadora especialista em História da escravidão e das Relações raciais nas Américas; e também instalar sinalização.
Além disso, a Prefeitura do Rio de Janeiro irá iluminar o espaço com base no projeto desenvolvido pelo IDG. No sábado (08/07), o sítio arqueológico também receberá a tradicional celebração da lavagem do Cais do Valongo, realizada desde 2012, com o objetivo de resgatar os valores ancestrais da cultura afro-brasileira.
O Cais do Valongo tem uma ligação fortíssima com o período da escravidão no Brasil. Até meados de 1770, os negros escravizados vindos do continente africano desembarcavam na Praia do Peixe (atual Praça XV) e eram negociados na Rua Direita – hoje Rua 1º de Março -, no centro do Rio.