O número de casos de estelionatários no estado do Rio de Janeiro já se tornou habitual. Para combater essa situação, na manhã desta quinta-feira (19/09), a Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) iniciaram uma operação contra o “golpe do cheque”, que causava prejuízos principalmente a idosos. Uma das vítimas perdeu R$ 130 mil, segundo informações.
A operação mobilizou agentes da 77ª DP (Icaraí) e promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ) para cumprir oito mandados de prisão em diversas regiões da capital fluminense. A 15ª (Deac) também recebeu informações da atuação da quadrilha e realizou diligências para identificar os criminosos.
Em uma das ações, na comunidade do Caju, na zona oeste, policiais foram recebidos a tiros por criminosos. Houve confronto, mas, até o momento, não há informações sobre feridos. Os alvos do caso já foram denunciados pelo Ministério Público.
De acordo com as investigações, os autores obtinham acesso aos dados pessoais e bancários das vítimas, se passavam por funcionários do banco, entravam em contato, informavam que o talão de cheque havia sido clonado e pediam para que os idosos o rasgasse. No entanto, as folhas haviam sido clonadas, assim como as linhas telefônicas dos clientes.
Os criminosos apresentavam as folhas de cheque clonadas no caixa do banco e sacavam os valores. Para confirmar a transação, os funcionários das agências bancárias ligavam para os clientes, mas integrantes da quadrilha atendiam e confirmavam a emissão do cheque, concretizando o saque fraudulento e lesando as vítimas. Enquanto um estelionatário fazia os saques no banco, outro se passava pelo idoso ao telefone.
A operação teve início após uma vítima perder R$ 130 mil e registrar o caso. Conforme o Ministério Público, a quadrilha cometeu o crime 32 vezes e fez pelo menos sete vítimas, causado prejuízo de cerca de R$ 150 mil. O inquérito segue em andamento, e até o momento não há informações sobre prisões.