Operação encontra mais de 100 invasores no antigo Carrefour da Tijuca

O imóvel, fechado desde 2005, foi alvo de uma ação para apurar denúncias de ocupação irregular por moradores da favela do Borel

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Foto: Reprodução

Uma operação coordenada entre a Subprefeitura da Grande Tijuca, a Guarda Municipal, a Comlurb e policiais do Batalhão da Tijuca foi realizada, no final da manhã deste sábado (11/01), no antigo prédio do Carrefour, na Rua Conde de Bonfim, nas imediações da Usina. O imóvel, fechado desde 2005, foi alvo de uma ação para apurar denúncias de ocupação irregular por moradores da favela do Borel, vizinha ao local.

A operação, que ocorreu após uma denúncia de invasão pela parte traseira do prédio, que dá acesso à mata da Floresta da Tijuca, resultou na identificação de mais de 100 ocupantes no espaço, que possui cerca de 300 m². Segundo informações obtidas durante a ação, os invasores estariam utilizando a área como moradia, sem autorização do proprietário.

Apesar do número de ocupantes, não houve registros de detenções. A abordagem foi pacífica, com os agentes conversando diretamente com os moradores, que foram orientados a deixar o local. A operação também envolveu a retirada de resíduos do prédio, incluindo duas carcaças de carro e cerca de 20 toneladas de lixo acumulado ao longo dos anos. O proprietário do terreno foi notificado e multado por não realizar a devida limpeza do imóvel.

Abandonado há 20 anos

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Foto: Safe Jr.

A construção foi desativada em fevereiro de 2005, após enfrentar problemas constantes de saques e conflitos entre facções criminosas nas comunidades do Borel e de Indiana. Desde então, o prédio permanece abandonado.

Em 2009, o grupo Carrefour vendeu o imóvel por R$ 14 milhões para a empresa Realesis Holding S.A., mas a transferência oficial do espaço ainda não foi concluída devido a um longo processo judicial contra a Prefeitura do Rio. A disputa envolve a cobrança indevida do Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) e segue sem uma resolução definitiva.

Durante esse período, surgiram várias especulações sobre o destino do edifício, que poderia ser transformado em um condomínio residencial, um novo supermercado ou até mesmo em um espaço para órgãos públicos. O Governo do Estado chegou a considerar a desapropriação do imóvel em 2009 para abrigar uma unidade do Batalhão de Operações Especiais (BOPE), mas a proposta foi posteriormente descartada.

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