Operação fecha 3 postos no RJ por venda de combustível adulterado; veja locais

Investigação do Ministério Público apontou que quadrilha vendia metanol no lugar de álcool, apesar de risco de explosão nos motores dos veículos

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Bomba lacrada em posto em Niterói
Bomba lacrada em posto em Niterói (Foto: Rafael Nascimento/g1)

Uma força-tarefa do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), a Polícia Civil do RJ e a Agência Nacional do Petróleo (ANP) fecharam nesta terça-feira (26/12) três postos de gasolina na Região Metropolitana do estado. A operação ocorreu após consumidores alegarem fraude no serviço. Dois homens foram presos. Ao todo, 5 pessoas foram denunciadas.

De acordo com Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), a Delegacia de Serviços Delegados (DDSD) e a ANP, os postos colocavam concentrações de metanol nas bombas muito acima do permitido:

Veja os estabelecimentos que foram fechados

  • Auto Posto Brasilândia, em Porto da Pedra, São Gonçalo;
  • Auto Posto São Judas Tadeu, em Icaraí, em Niterói;
  • Posto Boa Vista Gonçalense, em Boa Vista, em São Gonçalo.

Em julho, a ANP realizou uma vistoria técnica no Auto Posto São Judas Tadeu, onde foi constatada a presença de 92,1% de metanol no etanol. A legislação permite apenas 0,5%. Na denúncia, recebida pela 1ª Vara Criminal de São Gonçalo, o MPRJ destacou que esse excesso traz risco iminente de explosão dos motores. A fiscalização também identificou altos índices de etanol na gasolina vendida.

Os denunciados vão responder por crimes contra a ordem econômica, saúde pública, relações de consumo, falsidade ideológica, desobediência e associação criminosa.

A investigação do MPRJ aponta que o chefe do esquema é Carlos Eduardo Fagundes Cordeiro, o Kadu, ele se encontra foragido. No endereço dos alvos, em cumprimento aos mandados de busca e apreensão, foram apreendidas armas de fogo e diversos documentos que comprovam a adulteração.

Na última segunda-feira (18/12), o Disque Denúncia divulgou um cartaz que pede informações que levem à localização e prisão de Kadu. Ele e outras pessoas já haviam sido presas por vender e revender combustíveis adulterados.

Segundo os investigadores, mesmo após interdições, Kadu determinou a instalação de novas bombas nos postos sem qualquer autorização da ANP.

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