Orquestra da UFRJ celebra centenário com concerto especial na Sala Cecília Meirelles

A apresentação marca 100 anos da mais antiga orquestra sinfônica do Rio de Janeiro

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Formada por 43 músicos profissionais e um contingente de alunos dos cursos de bacharelado em instrumentos, a orquestra no formato sinfônico conta com mais de 100 instrumentistas | Foto: Sidney Coutinho

A Orquestra Sinfônica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a mais antiga do Rio de Janeiro, completa seu centenário em 2024. Criada originalmente como a Orquestra do Instituto Nacional de Música em 1924, a orquestra celebrará a data histórica com uma apresentação especial na Sala Cecília Meirelles, no dia 25 de setembro, às 19h, mesma data em que realizou seu primeiro concerto há 100 anos, sob a regência de Ernesto Ronchini e na presença do então presidente da República, Arthur Bernardes.

Sob a batuta do maestro André Cardoso, a orquestra executará uma obra premiada no concurso do centenário da UFRJ, realizado em 2020. A orquestra, que reúne 43 músicos profissionais e alunos dos cursos de bacharelado da universidade, contará com mais de 100 instrumentistas no formato sinfônico para o evento.

Formação de músicos e dedicação à música brasileira

A Sinfônica da UFRJ é conhecida por formar músicos que integram diversas orquestras ao redor do Brasil. O professor aposentado Roberto Duarte, que atuou como regente da orquestra por mais de 15 anos, destacou em entrevista recente: “Aqui se produz muito músico. Estava em um concerto no Rio Grande do Sul e havia 12 ex-alunos meus. Isso acontece em vários lugares do país.”

Segundo o atual regente, André Cardoso, a orquestra sempre teve uma forte ligação com a música brasileira e contemporânea. “São mais de 200 obras brasileiras inéditas que foram tocadas primeiro aqui”, ressalta.

Grandes nomes e homenagens

Ao longo de sua trajetória, a Orquestra Sinfônica da UFRJ foi conduzida por grandes nomes da música clássica, como Francisco Mignone, Oscar Lorenzo Fernandez, José Siqueira e Eleazar de Carvalho. Entre os músicos de destaque que passaram pela orquestra estão o flautista Pixinguinha, o violoncelista Iberê Gomes Grosso e o violinista Oscar Borgerth. Em 1990, a orquestra fez o primeiro registro integral da ópera Colombo, de Carlos Gomes, sendo premiada pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) e pela japonesa Sharp.

O centenário também foi comemorado com um concerto no dia 2 de setembro, que homenageou Ernani Aguiar, ex-aluno e destacado nome da música brasileira.

Desafios e futuro incerto

Apesar de seu passado ilustre, a orquestra enfrenta dificuldades financeiras. Segundo o maestro André Cardoso, a UFRJ não destina orçamento específico para financiar as temporadas artísticas da sinfônica. “Faltam recursos para contratar solistas, maestros convidados ou até mesmo para transportar os equipamentos para os concertos”, lamenta o maestro, ressaltando que muitas vezes os custos são cobertos pelos próprios músicos e professores.

Entretanto, há esperança no horizonte com o projeto do Novo Canecão, um espaço cultural a ser construído pelo consórcio Bônus-Klefer, que reservará salas e datas exclusivas para a UFRJ.

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