Algo que sempre me deixou intrigado foi a falta de representatividade do Rio de Janeiro no Senado. São 3, claro, como todo estado tem mas se passam por completos desconhecidos para todos nós. Podem até ser políticos bem votados mas sua força dentro do Congresso Nacional acaba parecendo pouco representativa.
Vejamos, Paulo Duque (PMDB), segundo suplente da vaga de Sergio Cabral (que também não foi grande coisa no Senado). A notícia mais importante sobre ele nas últimas semanas foi ter sido indicado para a CPI da Petrobrás pelo PMDB, até porque defendeu Renan Calheiros (PMDB) na crise que resultou em sua renúncia à presidência do Senado.
Então temos o Marcelo Crivella (PRB), talvez o com mais poder entre os senadores cariocas, mas mesmo com um canal de Tv na mão não é um senador que vemos sua opinião ser ouvida e discutida. Foi candidato a governado e prefeito por duas vezes e ainda assim não chega a ser uma força política dentro do Senado.
E, finalmente, o último a ser eleito, Francisco Dornelles (PP) que apesar de ser presidente nacional de seu partido também é raramente uma fonte de opinião sobre política na mídia. Não se vê entrevistas e seu nome é pouquíssimo citado. Rara exceção um artigo em O Globo de hoje sobre voto distrital. Mas foi Ministro do Trabalho, Previdência… talvez seja nosso senador com mais cara de de senador.
Ano que vem escolheremos dois senadores, para as vagas hoje de Duque e Crivella. Muitos dizem que é só uma cadeira, já que é certa a reeleição de Crivella. Tenho minhas dúvidas, apesar de ser um candidato muito forte não devemos achar que exista candidato imbatível.
Como pré-candidatos, além de Crivella, temos Jorge Picciani (PMDB), atual presidente da ALERJ mas que acho seria um senador no nível dos atuais. Fernando Gabeira (PV) ou Cesar Maia (DEM), sem dúvida aumentaria o nível dos senadores fluminenses (pode-se não gostar de um deles mas são bem mais representativos que os atuais e com alto nível intelectual).
Ainda tem Jandira Feghalli (PCdoB), ou seria uma Idelli Salvati (PT-SS) mas é uma incógnita. Benedita (PT), se sair candidata e ganhasse não acho que teria força dentro do Senado, o mesmo aconteceria com Edson Santos.
E Denise Frossard (PPS), Lupi (PDT) e Lindbergh (PT)? O mesmo que Jandira Feghallim seriam incógnitas.
E pensar que poderíamos ter tido Brizola (PDT) mesmo por pouco tempo. Aquilo que seria Senador!!! Queria ver alguém não escutar.