OSB faz abertura da temporada 2020 quando comemora 80 anos

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Foto: Cicero Rodrigues

Responsável por revelar talentos como Nelson Freire, Arnaldo Cohen e Antônio Menezes e pioneira na criação de projetos de democratização da música de concerto, como o Aquarius e os Concertos da Juventude, a OSB chega aos 80 com fôlego para levar ao público uma temporada especial e comemorativa, com destaque para a música brasileira e os artistas nacionais, tendo sua própria história como fio condutor da programação. “Idealizamos uma temporada em que a própria Orquestra Sinfônica Brasileira é a protagonista. Ao longo do ano, levaremos ao palco um pouco dessas oito décadas, seja com músicos convidados cujas carreiras têm estreita relação com a OSB, seja com programas compostos por obras que estiveram presentes em concertos históricos” – adianta a diretora geral da FOSB, Ana Flávia Cabral Souza Leite. Os concertos serão divididos em cinco séries temáticas.

SÉRIE MUNDO homenageará um total de oito países e terá início com o grande mote da temporada: o Brasil. No dia 16 de fevereiro, a OSB abre os trabalhos com o concerto Série Mundo Brasil, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Com regência do maestro Neil Thomson, a orquestra levará ao palco obras de Carlos Gomes, Heitor Villa-Lobos, Claudio Santoro e Alberto Nepomuceno. Realizada em parceria com embaixadas e consulados, a Série Mundo explorará, ao longo de 2020, as riquezas musicais de Áustria e Hungria, México, Azerbaijão, França, Noruega, Turquia e Canadá.

Com curadoria do compositor Antônio Ribeiro, compartilhada com a Comissão Artística da OSB, a SÉRIE CLÁSSICA BRASILEIRA apresentará dez concertos, que terão em seus programas obras que marcaram os 80 anos da Orquestra Sinfônica Brasileira e peças de compositores de destaque na história da música sinfônica nacional desde Carlos Gomes, Heitor Villa-Lobos, Camargo Guarnieri, Lorenzo Fernandez e Francisco Mignone até artistas contemporâneos como Ernani Aguiar, Marco Pereira, Edino Krieger e João Guilherme Ripper. O repertório da série conta também com obras de compositores estrangeiros do período clássico. “É uma maneira de homenagearmos a OSB, os compositores brasileiros e o período em que se consolidou a formação da orquestra como a concebemos hoje” – explica o curador.

Abrindo o ciclo, no dia 10 de março, a OSB apresentará, sob a regência do paulistano Guilherme Mannis, o “Concerto para Cordas e Percussão”, de Camargo Guarnieri, a “Sinfonia nº 25” de Mozart e a “Suíte nº 2” de Villa-Lobos. O programa do dia 26 de março, que terá regência da brasiliense Simone Menezes, é um exemplo de resgate de uma peça importante na história da OSB. Nesse dia, Fabio Martino executará o “Concerto para Piano nº 2”, de Guarnieri, cuja estreia ocorreu com Eudóxia de Barros e a Orquestra Sinfônica Brasileira, sob a regência do próprio compositor. No repertório da noite estão, ainda, “Canto do Tabajara”, do maestro José Siqueira – fundador da OSB -, e “Sinfonia Popular”, de Radamés Gnatalli.

No dia 8 de julho, o regente Miguel Campos Neto estará no comando da orquestra, que executará “Saudades de Belém” e “Amazônia – Concerto para Tímpanos e Orquestra”, de Pierre Thilloy; “Concerto Amazônico”, de Dimitri Cervo, “Saudades do Brasil”, de Darius Milhaud e, encerrando a noite, “Sinfonietta nº 1”, de Villa-Lobos. Carlos Gomes e sua “Alvorada” abrem o quarto concerto da Série Clássica Brasileira, dia 14 de julho, seguidos por “Sinfonia nº 94 – Surpresa”, de Haydn. “Sinfonietta Seconda”, de Ernani Aguiar (que completa 70 anos em 2020), fecha o programa.

O violinista italiano Domenico Nordio é o solista convidado dos concertos de 5 e 6 de setembro, sendo a segunda data em formato de Concerto da Juventude – didático a preço popular. Tobias Volkmann será o regente das duas apresentações. Quatro peças do paulistano Marco Pereira compõem os programas dos dias 31 de outubro e 1º de novembro: “Abertura Brincantes”, “Círculo dos Amantes” e “Concerto Calunga” – ambos para violão e orquestra, tendo Eduardo Isaac como solista – e “Lendas Amazônicas”, que contará com a participação do Duo Siqueira Lima. O próprio compositor estará à frente da orquestra nas duas datas.

A “Suíte para Orquestra de Cordas”, do decano da música de concerto brasileira Edino Krieger, abrirá a última apresentação da série. “Contrasting surfaces: Montains and Sea”, de João Guilherme Ripper, dá sequência ao programa, que conta, ainda, com “26 variações sobre ‘Folia de Espanha’”, do italiano Antônio Salieri, “Congada” (da ópera “O contador de diamantes”), de Francisco Mignone, e “Batuque – Dança de Negros” (da suíte “Reisado do Pastoreio”), de Lorenzo Fernandez.

“Nossa ideia foi mesclar obras muito conhecidas de nossos grandes compositores, como a ‘Alvorada’, de Carlos Gomes, com peças pouco executadas, porém igualmente fantásticas, como a ‘Suíte nº 2’ de Villa-Lobos e ‘Constrasting Surfaces: Montains and Sea’, do Ripper” – esclarece Antônio Ribeiro.

Em homenagem aos 250 anos de nascimento do compositor mais executado na história da OSB, a SÉRIE BEETHOVEN terá cinco concertos, todos sob a batuta de Roberto Tibiriçá, responsável também pela curadoria do ciclo. “A escolha do repertório teve como objetivo traçar um panorama da obra desse gênio, jogando luz sobre talentos da música brasileira. Linda Bustani, Lilian Barretto, Daniel Guedes, Cristian Budu e Rosana Lamosa são alguns dos nomes que teremos como solistas convidados, e todos eles têm suas carreiras intimamente ligadas à Orquestra Sinfônica Brasileira” – explica o maestro.

Linda Bustani, que na infância venceu o Concurso Jovens Solistas da Orquestra Sinfônica Brasileira e, desde então, é frequente colaboradora da OSB, é a convidada do primeiro concerto da série, dia 30 de abril, e executará o “Concerto para Piano nº 3”. No programa estarão ainda a abertura “Leonora nº 3” e a “Sinfonia nº 3 – Eroica”. Na apresentação seguinte, dia 26 de maio, o expoente Leonardo Hilsdorf subirá ao palco para, junto com a OSB, interpretar o “Concerto para Piano nº 4”. A abertura “Egmont” e a “Sinfonia nº 6 – Pastoral” completam o repertório.

Um dos nomes mais destacados da cena pianística atual, Cristian Budu apresentará, no dia 24 de junho, o “Concerto para Piano nº 5 – Imperador”. Na mesma noite o público poderá ouvir a abertura “As Criaturas de Prometeu” e o “Concerto para Violino”, considerado um dos concertos mais belos e difíceis já escritos, interpretado pelo carioca Daniel Guedes, que já foi spalla da OSB. O “Concerto Tríplice para Piano, Violino e Violoncelo”, com Lilian BarrettoKoh Kameda e Matias de Oliveira, ganhará o palco no dia 30 de julho, em concerto cujo programa contará também com a abertura “Coriolano” e a “Sinfonia nº 7”.

Fecha a Série Beethoven um dos concertos mais importantes da Temporada 2020. No dia 17 de agosto, dia do aniversário de 80 anos da OSB, a orquestra subirá ao palco do Theatro Municipal do Rio de Janeiro com um programa especial: a exibição em telão do “Testamento de Heiligenstadt” precederá a execução da apoteótica “Sinfonia nº 9”. Para Tibiriçá, que foi regente titular da orquestra na década de 90, trata-se de um momento de glória: “Eu devo minha carreira à OSB e sou muito grato a todos os músicos que já passaram por suas estantes. Estar à frente do concerto de comemoração dos 80 anos, regendo a ‘Nona’, é tudo que posso desejar. Estou muito feliz com essa oportunidade.”

A Série Beethoven é dedicada ao maestro Eleazar de Carvalho. Figura de grande importância na história da música de concerto brasileira, foi regente titula da OSB em três diferentes períodos nas décadas de 1950 e 1960.

A vertente “pop” da orquestra será explorada ao longo dos cinco espetáculos inéditos da SÉRIE OSB É SHOW. Concebida pelo maestro Eduardo Pereira, a série apresentará o surgimento e a evolução de quatro gêneros musicais, além de um programa especial em homenagem às mulheres. As apresentações acontecerão no Teatro Riachuelo e contarão com narradores convidados e roteiros especialmente criados para as montagens. “Vamos além da parte musical. Nossa ideia é apresentar o contexto histórico, usando a música como ferramenta” – explica Pereira.

“Rock Sinfônica – A História do Rock Mundial” abre a série com a OSB sob a regência do próprio Eduardo Pereira no dia 14 de abril. Em “Black or White – Os caminhos da Soul Music”, o estilo americano ganha o palco nos dias 11 e 12 de maio, sob a batuta de Marconi Araújo, enquanto a brasilidade dá o tom em “A Bossa é Nova?”, dias 25 e 26 de agosto, com regência do maestro Paulo Nogueira. Pereira reassume a batuta nos dois últimos títulos da série: “Uma Homenagem às Divas da Música”, dias 17 e 18 de outubro, e “O Nosso Samba – Das origens aos dias atuais”, dias 23 e 24 de novembro.

E, além de assistir aos espetáculos, o público que comparecer às apresentações da Série OSB É Show também terá a oportunidade de ajudar o próximo. A campanha OSB Solidária arrecadará, no início de todas as apresentações, doações voluntárias de alimentos não perecíveis que serão distribuídos em instituições da cidade.

Os projetos paralelos dos integrantes da orquestra serão levados ao palco do Teatro Prudential na SÉRIE MÚSICOS OSB, em quatro datas (28 de maio, 30 de junho, 21 de julho e 11 de agosto). Apresentações extras, dentro ou fora das séries, poderão ser incluídas na programação ao longo da Temporada 2020.

Concerto de Abertura no Theatro Municipal

O primeiro concerto da Temporada 2020 será no dia 16 de fevereiro, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.

O Brasil é o país escolhido para abrir a Série Mundo e a Temporada 2020. Sob a regência do maestro Neil Thomson, a OSB interpretará obras de célebres compositores nacionais. A noite de abertura terá início com a Abertura da ópera “O Guarani”, de Carlos Gomes. Na sequência, “Bachianas nº 9”, de Heitor Villa-Lobos. “Brasiliana”, de Claudio Santoro é a primeira obra a ser apresentada depois do intervalo, enquanto a “Sinfonia”, de Alberto Nepomuceno, fecha o programa.

PROGRAMA:
Carlos Gomes – O Guarani (Abertura)
Heitor Villa-Lobos – Bachianas Brasileiras nº 9
Claudio Santoro – Brasiliana
Alberto Nepomuceno – Sinfonia

SERVIÇO:
Orquestra Sinfônica Brasileira | Série Mundo – Brasil
Dia 16 de fevereiro (domingo), às 17h
Local: Theatro Municipal do Rio de Janeiro
Endereço: Praça Floriano, s/nº – Centro/Cinelândia – Rio de Janeiro (RJ)
Ingressos:
Frisa/Camarote: R$ 100 (R$50 meia)
Balcão Nobre: R$ 100 (R$ 50 meia)
Balcão Superior: R$ 50 (R$ 25 meia)
Balcão Superior Lateral: R$ 40 (R$20 meia)
Galeria Central: R$ 30 (R$ 15 meia)
Galeria Lateral: R$ 20 (R$ 10 meia)
(Ingressos à venda na bilheteria do TMRJ e no site Ingresso Rápido)

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