O Padre Antonio Paes Junior, ex-pároco da Igreja Nossa Senhora da Esperança, localizada em Cabo Frio, na Região dos Lagos, foi finalmente absolvido por unanimidade (3×0) pelos três desembargadores da Segunda Câmara do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), nesta terça-feira (14), de uma falsa acusação de abuso sexual contra três menores.
Padre Antonio fora inicialmente condenado a 14 anos de prisão por um juízo de primeira instância, por conta das falsas acusações, em agosto de 2022. Após sofrer uma injusta sentença, o religioso lançou uma “vaquinha” online para arrecadar recursos para custear a atuação de um grande escritório de advocacia num recurso de segunda instância, uma vez que ficara sem defesa depois que o seu anterior advogado – indicado pela Arquidiocese de Niterói – renunciou ao patrocínio do caso logo depois do anuncio da inesperada sentença.
A meta de arrecadação estabelecida pelo sacerdote era de R$ 64.200. Mas o apoio recebido surpreendeu o religioso, que acabou arrecadando R$ 137 mil, montante doado por mais de mil apoiadores. De posse do dinheiro, o pároco contratou o escritório Mestieri Advogados, do conceituado advogado João Mestieri, que uniu os esforços de todos os seus profissionais na defesa do religioso, conhecido como pessoa muito querida na comunidade católica do Rio de Janeiro. O resultado foi a comprovação da inocência do Padre Antonio Paes Junior, com a devida restituição da sua reputação.
O sacerdote, conservador na liturgia, é muito querido pelos meios amantes da ala mais tradicional da Igreja Católica. Ele ainda tem, porém, seu uso de ordens suspenso pela Arquidiocese de Niterói, o que significa que se encontra ainda proibido de rezar missas e atender oficialmente os fiéis.
Entenda o caso:
Em 2019, o sacerdote foi denunciado pelo Ministério Público do Estado do Rio (MPRJ) por uma acusação de assédio sexual contra três menores: um de 16 anos, e dois de 13 anos, o que teria – segundo a acusação que foi agora rejeitada pela justiça por unanimidade – ocorrido durante o ato da confissão no interior da igreja.
Em publicação do dia 24 de janeiro de 2019, a Revista Veja reportou que, segundo as investigações supostamente feitas pelo MPRJ, em 14 de março do ano anterior, o padre teria constrangido um jovem de 16 anos “a praticar e permitir que com ele praticasse ato libidinoso” por meio de uma ameaça e uso da posição religiosa durante o ato de confissão, o que agora ficou provado jamais ter ocorrido.
Quanto aos dois menores de 13 anos, o sacerdote, segundo a história contada à publicação, teria cometido os atos libidinosos no mês de março, sendo um deles no dia 29 e do outro sequer se sabia data precisa, no ano de 2018. As tais investigações do MPRJ, cujo resultado se provou fantasioso, haviam concluído que o Padre teria colocado “uma das crianças em seu colo quando estava sozinho com a mesma, tomando a sua confissão,” disse o Ministério Público, conforme reportou a Veja, na época.
Agora, por unanimidade, o presbítero foi considerado inocente pelos desembargadores do Rio de Janeiro, e toda a população católica que contribuiu fortemente para sua esperada absolvição aguarda pelo ato da Arquidiocese de Niterói autorizando-o a retomar suas atividades.
A informação do resultado do julgamento dos desembargadores foi veiculada pelo Centro Dom Bosco (CDB), associação civil formada por tradicionalistas, em sua rede social.
Com informações: Revista Veja, jornal O DIA e Centro Dom Bosco
Sempre acreditei na inocência dele. Que pe Antônio volte a celebrar as missas, o povo católico precisa dr sacerdotes como ele. Quem como Deus?