Paes assegura o quarto mandato e se consolida como o prefeito mais longevo da cidade

Eduardo Paes é reeleito prefeito do Rio de Janeiro no primeiro turno. Ele será prefeito mais longevo da história da cidade, ultrapassando o recorde de Cesar Maia

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Eduardo Paes no túnel em Campo Grande

Com 93% dos votos apurados, Eduardo Paes já pode ser considerado reeleito para a prefeitura do Rio de Janeiro. Agora no seu quarto mandato, em 1º de janeiro ele se tornará o prefeito que mais tempo governará a cidade na história, incluindo o período do Brasil Império e do Estado da Guanabara. O recorde atual (ainda) pertence a Cesar Maia, que governou o município por 12 anos, em três mandatos.

Com uma carreira política marcada pela gestão e articulação, Paes é sinônimo de desenvolvimento urbano na capital fluminense. Ao longo de seus mandatos, seu nome esteve ligado a momentos importantes da cidade, como os Jogos Olímpicos de 2016 e grandes obras de infraestrutura.

Infância e Juventude

Nascido e criado no Rio de Janeiro, Eduardo Paes veio de uma família de classe média da Zona Sul. Formado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), demonstrou desde cedo interesse pela política, embora tenha enfrentado desafios na entrada para a vida pública.

Durante sua juventude, Paes foi membro da Juventude Cesar Maia, grupo que apoiou a primeira eleição de Maia do então deputado federal a prefeito 1992. Com a vitória de Maia, Paes assumiu o cargo de subprefeito da Barra/Jacarepaguá, onde deu início à sua trajetória política.

Carreira Política no Legislativo

Em 1996, aos 27 anos, foi eleito vereador do Rio de Janeiro pelo Partido Verde. Pouco depois, tornou-se secretário de Meio Ambiente, cargo que ajudou a consolidar sua reputação como um político eficiente e comprometido com as causas urbanas. Em 1998, foi eleito deputado federal pelo PFL (hoje Democratas), permanecendo no cargo até 2006, quando concorreu ao governo do Estado do Rio pelo PSDB.

Após ser derrotado, Paes surpreendeu ao apoiar Sérgio Cabral para o governo, contrariando seu partido, do qual era Secretário Geral Nacional, que estava ao lado de Denise Frossard. Como resultado, foi nomeado secretário de Esportes por Cabral, cargo no qual contribuiu para garantir o Rio como sede das Olimpíadas de 2016.

Primeira Gestão como Prefeito (2009-2016)

Eleito prefeito pela primeira vez em 2008, pelo MDB, Eduardo Paes liderou grandes projetos de infraestrutura e modernização do Rio de Janeiro. Entre as principais obras estão a revitalização da Zona Portuária e a implementação do BRT (Bus Rapid Transport).

Durante esse período, o maior desafio de sua gestão foi a organização dos Jogos Olímpicos de 2016. Embora o evento tenha trazido visibilidade internacional à cidade, também gerou críticas pelos altos custos e pelas remoções de comunidades para a construção de instalações esportivas. Ainda assim, os Jogos Olímpicos marcaram um momento importante em sua administração, evidenciando sua capacidade de gerir projetos complexos.

Saída e Retorno à Prefeitura

Após deixar a prefeitura em 2016, Paes foi para trabalhar no Banco Interamericano de Desenvolvimento, morando em Nova Iorque. No retorno à vida política enfrentou uma derrota difícil de engolir, na tentativa de se eleger governador em 2018, pelo Democratas foi suplantado no segundo turno pelo desconhecido Wilson Witzel (PSC).

Paes então vai trabalhar na BYD, mas volta a se candidatar à prefeitura em 2020, também pelo DEM, com uma vitória expressiva no 2º turno, prometendo recuperar a cidade da crise financeira e administrativa deixada pela gestão de Marcelo Crivella.

Em seu segundo mandato, iniciado em 2021, Paes enfrentou desafios como a pandemia de COVID-19. Suas decisões rápidas foram essenciais para mitigar os impactos econômicos e de saúde pública. Além disso, sua gestão se concentrou em lidar com os problemas econômicos e sociais da cidade, buscando soluções para retomada do crescimento e melhoria da qualidade de vida dos cariocas.

Durante este mandato, Paes trocou novamente de partido, indo para o PSD, pelo qual foi reeleito em 2024.

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6 COMENTÁRIOS

  1. Parabéns, Eduardo Paes, o melhor prefeito do país!!!
    Essa eleição enterrou esse vírus chamado bolsonarismo.
    O Rio é uma cidade plural, cosmopolita e diversa, não combina com esse extremismo político-religioso.
    Fascismo nunca mais!!!!

  2. Não foi surpresa a vitória do espetacular prefeito do Rio de Janeiro, o esplêndido EDUARDO PAES.
    Estava escrito para todos que gostam de leitura. O resultado não seria outro.
    Parabéns EDUARDO PAES!!! Abraços e ótima nova administração para o nosso RIO DE JANEIRO!

  3. Deu a lógica.

    O delegado arapongueiro e o séquito de seguidores do “Deus, patria e família” fico nos 30% (que foi muito).

    Aos olhos de todos a cidade do RJ deu um salto de gestão em relação ao “Deus, patria e família” anteiror (Crivella).

    Uma reeleição “justa”.

  4. Infelizmente a população reelege no mandato ainda no 1? turno, o prefeito Eduardo Paes, deixando passar a oportunidade de pressioná-lo na questão na contribuição que a Prefeitura do Município do Rio poderia dar na segurança pública, em apoio à polícia do Governo do Estado do RJ.
    Reelegê-lo no 1? turno é endossar a sua posição contrária ao armamento da Guarda Municipal embora prometido nas eleições passadas.
    Pior que isso, é eleger bancada no legislativo municipal dividia que não consegue maioria para aprovar mudança na Lei Orgânica do Município, uma vez que a atual redação estabelece a Guarda desarmada – o município do Rio acabará continuando a ser o único entre as capitais do país e de região metropolitana com guarda desarmada.
    Mas não defendi pura e simplesmente entregar arma à guarda. Ninguém faria isso. Afinal, todo indivíduo que portar arma no mínimo requer preparo. E isso é algo que mesmo a lei alterada pode estabelecer.
    O que não dá é achar que um guarda desarmado deve coibir e multar a moto trafegando sobre a calçada, ocasião em que pode se deparar com um criminoso.
    Fora ainda que contraditório o município ter sua guarda desarmada, cuja atribuição, pela Constituição, é a proteção de bens e serviços municipais, mas o mesmo município contratar segurança privada armada para proteger galpões com estoques de bens e insumos das diversas secretárias de governo e hospitais.

  5. Infelizmente a população reelege no mandato ainda no 1? turno, o prefeito Eduardo Paes, deixando passar a oportunidade de pressioná-lo na questão na contribuição que a Prefeitura do Município do Rio poderia dar na segurança pública, em apoio à polícia do Governo do Estado do RJ.
    Reelegê-lo no 1? turno é endossar a sua posição contrária ao armamento da Guarda Municipal embora prometido nas eleições passadas.
    Pior que isso, é eleger bancada no legislativo municipal dividia que não consegue maioria para aprovar mudança na Lei Orgânica do Município, uma vez que a atual redação estabelece a Guarda desarmada – o município do Rio acabará continuando a ser o único entre as capitais do país e de região metropolitana com guarda desarmada.
    Mas não defendi pura e simplesmente entregar arma à guarda. Ninguém faria isso. Afinal, todo indivíduo que portar arma no mínimo requer preparo. E isso é algo que mesmo a lei alterada pode estabelecer.
    O que não dá é achar que um guarda desarmado deve coibir e multar a moto trafegando sobre a calçada, ocasião em que pode se deparar com um criminoso.
    Fora ainda que contraditório o município ter sua guarda desarmada, cuja atribuição, pela Constituição, é a proteção de bens e serviços municipais, mas o mesmo município contratar segurança privada armada para proteger galpões com estoques de bens e insumos das diversas secretárias de governo e hospitais.

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