A novela envolvendo o destino do Galeão, na Zona Norte do Rio, e do Santos Dumont, na região central do Rio ganhou um novo capítulo. Nesta segunda-feira (07/08), o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, disse que a redução do número de voos no no Santos Dumont, com a manutenção apenas para dois destinos (Brasília e Congonhas), terá que ser feita via projeto de lei.
Segundo França, será um PL votado com urgência, e a forma de implementar a medida já teria sido avalizada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A decisão do governo federal não agradou o prefeito do Rio, Eduardo Paes, um dos mais engajados na mudança, que aumentaria a oferta de voos no Tom Jobim. O chefe do executivo municipal carioca reagiu a posição do ministro, afirmando que não há necessidade de projeto de lei para restringir voos, bastaria uma portaria.
Paes avalia que a tramitação pode atrasar as transferências dos voos, que considera urgente.
Desde o início do governo de Lula, a transferência de voos vem sendo debatida entre os governos estadual e federal e a prefeitura do Rio. O Galeão vem sendo subutilizado – apenas 20% de sua capacidade, que é de 37 milhões de passageiros por ano.
Essa questão Galeão x Santos Dumont ainda vai dar muito o que falar. Agora e nos próximos anos. Que GIG é muito maior e tem muito melhores instalações do que SDU, isso não se discute. Que GIG tem uma capacidade de voos infinitamente maior que SDU, também. Mas não á para ignorar que o calcanhar-de-aquiles de GIG é o acesso. Não existe alternativa. E transporte rodoviário (carro, ônibus). E todas as vias de acesso, além de congestionadas, o que pode levar o usuário até a perder o voo, são perigosas. Isso tem levado as pessoas a preferirem SDU, um aeroporto mais bem localizado, com acesso fácil por metrô + VLT, trem + VLT, ônibus + VLT, ônibus apenas, barcas (é bem perto da praça Quinze).O pessoal das cias. aéreas (tripulação, por exemplo) também prefere SDU. Além da pressão que as cias aéreas devem estar fazendo no ministro, existe a pressão da Infraero, que vê a possibilidade de queda substancial da receita de SDU, seu mais movimentado e lucrativo aeroporto na atualidade, E existe também a pressão de governos de outros estados (SP à frente), que veem o crescimento de GIG como uma ameaça a seus aeroportos, principalmente nos voos internacionais, visto que a fuga de voos domésticos de GIG diminuiu a oferta de voos internacionais no mesmo aeroporto, fazendo com que, muitas vezes, os cariocas e turistas estrangeiros façam conexões em outros estados, principalmente SP-Guarulhos em voos internacionais, mas também SP (Guarulhos e Congonhas) e DF em voos domésticos. É pressão de tudo o que é lado.
Resolveu a Avenida Brasil, ganhou meu voto
Não voto mais no Dudu nem prá síndico!