Nos dias 15, 16 e 17 de novembro, o Planetário do Rio de Janeiro, localizado na Gávea, abre suas portas para uma imersão na cultura vietnamita com o evento “Vietnã em Cartaz”. Em celebração aos 35 anos das relações diplomáticas entre Brasil e Vietnã, a programação traz shows, exposições, café tradicional e atrações culturais para toda a família. O evento ocorre em paralelo ao encontro do G20, onde o primeiro-ministro do Vietnã, Pham Minh Chinh, estará presente no Rio de Janeiro.
Atrações Culturais e Gastronômicas
Os visitantes terão a oportunidade de conhecer o famoso “café de calçada” vietnamita, com suas variedades incomuns como café com sal, café com ovo e café com gelo, que refletem a posição do Vietnã como o segundo maior produtor de café do mundo. Além disso, o evento inclui:
Dança do Dragão: Uma apresentação tradicional que representa força e boa sorte, trazendo uma das expressões mais vibrantes da cultura vietnamita.
Marionetes Aquáticas: Um espetáculo tradicional que utiliza marionetes em um palco aquático, encantando o público com histórias e folclore vietnamita.
Exposições de Arte: Mostra de pinturas que ilustram a vida, a natureza e as tradições do Vietnã.
Experiência de Trajes Vietnamitas: Os visitantes poderão experimentar roupas típicas e explorar a moda tradicional vietnamita.
Tò He: Um brinquedo comestível feito de massa colorida, que faz sucesso entre as crianças e permite uma experiência divertida e saborosa.
Renan Uccelli, presidente da Fundação Planetário, destaca a importância do evento: “Às vésperas do G20 e em celebração aos 35 anos das relações diplomáticas entre Brasil e Vietnã, o Planetário será um espaço para conhecer e apreciar as riquezas culturais do Vietnã.”
Informações Práticas
Durante os três dias de evento, a entrada para o Museu do Universo será gratuita, oferecendo acesso a todas as exposições e atividades culturais do Vietnã em cartaz. As sessões na cúpula do Planetário, que apresentam o universo de forma imersiva, terão ingressos a R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia-entrada).
Serviço
Evento: Vietnã em Cartaz
Data: 15, 16 e 17 de novembro de 2024
Horário: A partir das 10h
Local: Planetário do Rio de Janeiro – Rua Vice-Governador Rubens Berardo, 100, Gávea
Entrada: Museu do Universo – gratuita; sessões de cúpula – R$ 40 (inteira) | R$ 20 (meia)
O Festival Gastronomia Preta chega ao Parque Glória Maria, em Santa Teresa, Rio de Janeiro, nos dias 23 e 24 de novembro, promovendo um espaço de valorização da culinária afro-brasileira e do empreendedorismo negro. O evento, gratuito e aberto ao público, celebra a rica contribuição de profissionais pretos e afro-indígenas ao setor de alimentos e bebidas, com uma programação que inclui aulas de chefs renomados, feira gastronômica, shows de samba, e a aguardada cerimônia de premiação do Prêmio Gastronomia Preta.
Idealizado pelo professor e chef Breno Cruz – conhecido como Preto Gourmet – e organizado pela ONG SAV Social e FGP Eventos, o festival tem apoio de grandes parceiros, como a TV Globo, a Secretaria de Cultura da Cidade do Rio de Janeiro e o Ministério Público do Trabalho do Rio de Janeiro (MPT-RJ). Em 2024, a cerveja oficial do evento é a Eisenbanh, que estará presente no bar do festival.
Homenagem e Gastronomia: Cozinha Show Benê Ricardo
O festival traz a Cozinha Show Benê Ricardo, um espaço especial onde chefs convidados compartilham suas histórias e preparam pratos ao vivo. Essa homenagem à Benê Ricardo, a primeira mulher preta formada em Gastronomia no Brasil, destaca a trajetória de uma profissional que enfrentou as barreiras de um setor eurocêntrico, conquistando seu espaço e inspirando as novas gerações.
A Cozinha Show contará com a presença de profissionais de renome, como:
Danilo Parah: chef executivo do grupo Trema, responsável por três restaurantes recomendados no Guia Michelin 2024.
Vanessa Rocha: chef do restaurante Maria e o Boi, destacada no Guia Michelin como BB Gourmand e chef revelação de 2024 pelo RioShow.
Gizele Martins: chef quilombola que lidera o restaurante Tô na Boa, em Vargem Grande.
David Cruz: chef executivo do Quitéria Rio, com uma forte presença na gastronomia sertaneja.
Dandara Batista: chef do AfroGourmet, dedicada a explorar a riqueza da culinária africana no Brasil.
Bianca Barbosa: chef do restaurante Kalango, defensora da diversidade dos ingredientes brasileiros.
Kelma Zenaide: chef do Kitutu Gastronomia Brasileira, em Belo Horizonte, com um foco na culinária ancestral.
Endrik Rafael: cozinheiro e ex-participante do MasterChef, com uma abordagem criativa e contemporânea.
Cada chef terá um horário específico para apresentar sua receita e compartilhar suas experiências, proporcionando uma interação direta com a plateia de 40 pessoas. As degustações serão gratuitas, mediante inscrição no local.
Feira Gastronômica: Sabores e Empreendedorismo Negro
A Praça de Alimentação do Festival contará com mais de 25 barracas, onde os visitantes poderão experimentar uma variedade de pratos típicos, como acarajé, sanduíches de pernil, torresmo de rolo, feijão tropeiro e bolinho de costela. Entre as opções de confeitaria, haverá bolos, biscoitos e as populares “caixinhas da felicidade”, uma surpresa especial para o público. Todos os expositores são empreendedores pretos, pardos ou afro-indígenas, reforçando o compromisso do festival com a valorização da cultura e do talento afro-brasileiro.
Além da gastronomia, o festival também terá barracas de vestuário e artesanato que celebram a cultura negra. A Mulher Preta e outros expositores apresentarão itens como roupas, acessórios e produtos customizados do evento. A SAV Social, organizadora do festival, receberá doações de alimentos para preparo de quentinhas destinadas a pessoas em situação de vulnerabilidade e promoverá a venda de temperos naturais.
Capacitação Profissional: Curso Pretonomia
Um dos pilares do evento é o incentivo ao Curso Pretonomia, um programa de extensão universitária criado por Breno Cruz na UFRJ, que visa capacitar pessoas pretas e pardas em situação de vulnerabilidade para o mercado de trabalho no setor de gastronomia. Com o apoio do MPT-RJ e do Rio Othon Palace, o projeto oferece orientação para que esses empreendedores obtenham as licenças e documentos necessários para legalizar seus negócios, promovendo desenvolvimento econômico e inclusão social.
Prêmio Gastronomia Preta: Reconhecimento e Diversidade
O Prêmio Gastronomia Preta, em sua terceira edição, homenageia profissionais de destaque no setor de alimentos e bebidas em 23 categorias. A premiação celebra a contribuição de chefs, merendeiras, pesquisadores, fotógrafos e outros profissionais que enriquecem a experiência gastronômica. As categorias incluem:
Merendeira
Pesquisador
Com Dendê: valorizando a influência da cultura baiana e africana
Boteco: nova categoria em 2024
Ação Social: reconhecendo iniciativas de impacto social
Futuro(a) Chef: para jovens talentos da gastronomia
A cerimônia de premiação acontecerá no dia 24 de novembro, às 15h45, no palco principal do festival, e será conduzida pelos chefs Aline Guedes e Paulo Rocha.
Programação Cultural e Shows de Samba
Além da gastronomia, o festival terá uma programação cultural intensa, com shows de samba da cantora Marcelle Brito e exibição ao vivo da segunda temporada do programa Vim de lá – Comidas Pretas, da TV Globo. O evento contará ainda com o Bar Eisenbanh, que oferecerá a cerveja oficial do festival, drinks, refrigerantes e água para os visitantes.
Programação Completa
Sábado – 23 de Novembro
10h às 18h: Feira Gastronômica e artesanato
11h30: Danilo Parah (Cozinha Show)
12h45: Gizele Martins (Cozinha Show)
13h20: Show de Samba com Marcelle Brito
14h35: Exibição do programa Vim de lá – Comidas Pretas
15h45: Endrik Rafael (Cozinha Show)
16h45: Kelma Zenaide (Cozinha Show)
17h00: Show de Samba com Marcelle Brito
18h00: Encerramento do evento
Domingo – 24 de Novembro
10h às 18h: Feira Gastronômica e artesanato
10h45: Bianca Barbosa (Cozinha Show)
11h30: Dandara Batista (Cozinha Show)
13h00: David Cruz (Cozinha Show)
14h15: Vanessa Rocha (Cozinha Show)
14h30: Show de Samba com Marcelle Brito
15h45: Prêmio Gastronomia Preta
17h00: Show de Samba com Marcelle Brito
18h00: Encerramento do evento
Serviço
Festival Gastronomia Preta
Datas: 23 e 24 de novembro de 2023
Horário: Das 10h às 18h
Local: Parque Glória Maria, Rua Murtinho Nobre, 169, Santa Teresa, Rio de Janeiro
Em um momento que atenções do mundo inteiro estarão voltadas ao Rio de Janeiro, por conta do G20, o DIÁRIO DO RIO inicia uma série de matérias sobre as culturas de diferentes povos e países em nosso estado. Começaremos pelo começo, com os indígenas. A próxima matéria será sobre a presença portuguesa.
Presentes na região onde hoje é o Rio de Janeiro muito antes da chegada dos colonizadores europeus e os consequentes problemas que eles trouxeram, como mortes e devastação cultural, os indígenas ainda resistem e a cultura originária no Rio de Janeiro segue muito grande e presente. São nomes de ruas, natureza conservada há séculos e histórico hereditário na população. Além de indígenas vivendo em nosso estado, em suas aldeias, com costumes vivos e ativos.
De acordo com dados do último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados em agosto do ano passado, mais de 2 mil pessoas (2.080) se declararam indígenas nas 24 cidades das regiões Sul e Costa Verde do Rio de Janeiro.
A maior concentração está em Angra dos Reis, com 704 moradores indígenas. São 339 na Aldeia Sapukai, a maior do estado do Rio de Janeiro e única na cidade, localizada no Bracuí. Os outros 365 indígenas identificados no Censo vivem fora das áreas oficialmente demarcadas.
Em Paraty vivem um total de 518 indígenas. Sendo 200 em terras demarcadas pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai): 174 na Aldeia Itaxim Guarani M’Biá e 26 na Aldeia Guarani Araponga.
Saiba quais são as aldeias no estado do Rio de Janeiro.
Em Parati:
Aldeia Araponga. Fotos: Observatório da Presença Indígena no Rio de Janeiro
Aldeia Terra Indígena Tekon Tatin, dos Guarani Mbyá, em Paraty Mirim, com 79 hectares;
Aldeia Terra Indígena Tekoa Araponga, dos Guarani Mbyá, no Patrimônio, no sopé do Morro da Forquilha, no Parque Nacional da Serra da Bocaina, com 223 hectares, foi demarcada em 1991;
Aldeia Terra Indígena Tekoha Jevy, onde vive uma população de cerca 32 Guarani Ñandeva, também é conhecida como Terra Guarani do Rio Pequeno Assentamento Guarani – Ñandeva, localizado em Rio pequeno, com demarcação aprovada;
Aldeia Pataxó Hã Hã Hãe – Fica no Km 548 da Rodovia Rio –Santos (BR – 101), no distrito de Tarituba, distante 30 Km da sede do município. Os Pataxós vieram em migração da Bahia, em 2016, e hoje vivem 62 indígenas ali (2021).
Angra dos Reis tem uma aldeia Guarani
Aldeia Sapukai, em Angra. Foto: Felipe Lucena
Aldeia Tekoa Sapukai Bracuí, em Angra dos Reis, tem cerca de 500 pessoas em mais de 2 mil hectares. A Terra Indígena de Bracuí está homologada. É a maior do estado do Rio.
No município de Maricá são duas aldeias guaranis
Aldeia Mata Verde Bonita. Foto: Felipe Lucena
Aldeia de Itaipuassú, liderada pelo cacique Vanderlei, estava localizada dentro de uma área do Parque Estadual da Serra da Tiririca, em 2019, e negociaram com a prefeitura local para sua transferência para outra área dentro do próprio município. Hoje estão em Itaipuaçu, na aldeia chamada comunidade Céu Azul, que e é formada por cerca de 40 pessoas. Essa comunidade é liderada pelo cacique Vanderlei da Silva. São originários do Espírito Santo e se instalaram na região a convite do proprietário das terras onde se instalaram.
Aldeia Mata Verde Bonita tem cerca de 45 famílias, 190 pessoas, e está numa área de restinga em São José do Imbassaí, há 10 anos. Eles vieram de Camboinhas, Niterói. Saíram de lá depois que aldeia pegou fogo. Têm sua origem no Sul do Brasil. A Aldeia da Mata Verde Bonita (Tekoa Ka’guy Ovy Porã) se estabeleceu em um terreno cedido pela Prefeitura de Maricá, que está no centro de uma disputa, ainda sem definição, envolvendo a construção de um resort na região.
Na capital do estado do Rio de Janeiro existem duas aldeias urbanas
Aldeia Maracanã Resiste, do lado do antigo Museu do Índio. Em litígio pelo terreno do Antigo Museu, ao lado do estádio do Maracanã, com o governo estadual, para projetos para os povos indígenas. São diversas etnias morando em habitações provisórias na luta pelo terreno. Atualmente são cerca de 50 pessoas vivendo no local, dormindo em barracas e condições precárias.
Aldeia Maracanã Vertical, no Estácio. Trata-se de um prédio inteiro do Programa Minha Casa Minha Vida, que foi cedido aos indígenas de diversas etnias que estavam na Aldeia Maracanã, anos após terem sidos desalojados do prédio do antigo Museu do Índio. Esses indígenas estão organizados na AIAM- Associação Indígena Aldeia Maracanã, e lutam também pela recuperação do antigo Museu do Índio, para projetos voltados aos povos indígenas.
Ana Paula Silva, autora do artigo O Rio de Janeiro continua índio: território do protagonismo e da diplomacia indígena no século XIX, explica que a presença indígena no Rio tem bem mais protagonismo do que se costuma lembrar. Líderes de povos originários tiveram protagonismo até mesmo em questões diplomáticas durante o período real a imperial.
“Ao centrarmos nossa análise na presença indígena na cidade do Rio de Janeiro, rediscutimos a forte tendência de pesquisas atuais que concebem o fenômeno dos índios em contextos urbanos como uma realidade nova e atual. Os documentos mostram que eles viviam há séculos nos pequenos aglomerados urbanos e na cidade, morando, trabalhando, vendendo seus objetos de arte, até mesmo água potável na cidade do Rio de Janeiro, conforme nos conta Ondemar Dias (1998). Não se pode esquecer, de igual modo, as vilas de índios erigidas em antigos aldeamentos após o marquês de Pombal instituir o Diretório pombalino. As vilas, talvez, permitam algumas aproximações com os atuais bairros indígenas em capitais brasileiras, por exemplo, o Nações Indígenas, primeiro ‘bairro’ ocupado apenas por índios Cocama na periferia da capital amazonense (Farias, RBA: 2013). A rica documentação sobre as demandas dos povos indígenas que se deslocavam até a cidade do Rio de Janeiro nos obrigou a reconfigurar nossos objetivos, tendo em vista a inserção dos diplomatas indígenas nas nossas discussões. Nos arquivos, há diversos casos de lideranças indígenas que caminharam ao Rio de Janeiro, motivados por diferentes interesses pessoais ou de suas comunidades. Os chefes ou representantes índios cruzaram as terras antes de domínio português, após possessões imperiais da recente nação brasileira e buscaram negociar uma audiência real com os chefes de Estado – onde, obtinham o direito de escuta das suas queixas e, diplomaticamente barganhavam a resolução de seus problemas“, escreveu Ana Paula em seu artigo, que pode ser lido na íntegra clicando aqui.
De acordo com o historiador e pesquisador Marcelo Sant’Ana Lemos, antes da chegada dos europeus ao território do Rio de Janeiro: “Para o espaço que corresponde hoje o atual território nacional as estimativas variam de 2 a 10 milhões de indígenas. Sou dos que defendem, com base inclusive nas pesquisas arqueológicas mais recentes na região da Amazônia, que mostrou que havia uma grande população no interior da floresta amazônica, uma população entre 5 e 10 milhões de pessoas para o início do século XVI. No caso do Estado do Rio de Janeiro, o IBGE trabalha com a estimativa de John Hemming, que calculou 97.000 indígenas vivendo aqui. Ele leva em conta 6 etnias, sendo que algumas não estavam nem presentes naquele momento no território. Em compensação omite outras etnias que naquela época estavam localizadas no litoral e interior do Estado. Entre os mais populosos, sem dúvida os Tamoio (como os portugueses denominavam) ou Tupinambá (como os franceses nomeavam o mesmo grupo) que dominavam ampla faixa do litoral entre Parati até Cabo Frio, além de estarem presentes no interior. Assim como os Temiminó, que situavam no interior da Baía de Guanabara e na região inferior do Rio Paraíba do Sul (e seu afluente Rio Muriaé) e também na fronteira ao Espírito Santo. Só essas duas etnias, que falavam a língua Tupi, podemos contabilizar em cerca de 70 mil pessoas. Reunindo as informações dos cronistas Jean de Lery e Anchieta, no século XVI, temos o nome de 42 aldeias localizadas somente no entorno da Baía de Guanabara entre as décadas de 1550 a 1560, considerando que a população em cada aldeia variava de 300 até 700 pessoas, só no entorno da Baía teríamos entre 12 a 28 mil indígenas vivendo nesse mesmo período. Fora essas etnias tínhamos os Goitacá, divididos em 4 grupos distintos: Goitacá-açu, Goitacá-Jacoritó, Goitacá-Mopi e Goitacá-Meri, que dominavam de Rio das Ostras (RJ) até o Rio Itapemirim, no Espírito Santo, que somavam mais de 12 mil indígenas. Além deles tínhamos no interior, na região Serrana e no Vale do Paraíba do Sul, outros povos indígenas citados na documentação: Puri, Guaianá, Molopaque, Papanaze, Mataiá, Ocauã e Carajá. Que poderiam juntos somar mais de 40 mil indígenas. Nós temos um levantamento parcial de 113 aldeias, a maioria no litoral, no século XVI, feito a partir de documentação, leitura dos cronistas e referências arqueológicas. Então pensar em mais de 300 aldeias espalhadas pelo atual território fluminense seria um número possível, dado que para o interior as informações eram bem escassas. Assim podemos responder a sua pergunta dizendo que estimamos entre 120 a 150 mil indígenas vivendo nesse território, no século XVI“.
Os indígenas presentes no Rio de Janeiro conservam costumes tradicionais, como línguas originárias (sim, eles falam guarani), ritos de festas, danças, celebrações e plantio, pesca e caça de alimentos que sempre fizeram parte de sua dieta histórica.
O espetáculo solo “O jumento que foi à Lua”, inspirado na tradição dos contadores de histórias e dos cordelistas, estreia no Teatro Ziembinski em curtíssima temporada de 16 de novembro a 01 de dezembro, com apresentações aos sábados e domingos, sempre às 16h. Adaptada e encenada pelo artista da palavra João Pedro Fagerlande, a peça traz uma narrativa cômica e cheia de fantasia, onde um jumento inteligente é inscrito num concurso mundial de animais, cujo vencedor ganha a chance de participar de uma expedição da NASA para a Lua.
Fagerlande explica que o espetáculo celebra a autoestima do povo brasileiro, conduzindo o público através de uma série de desafios enfrentados pelo protagonista. “É claro que ele irá vencer, mas antes terá que superar muitos obstáculos,” comenta o autor e ator, que também escreveu o livro homônimo, semifinalista do Prêmio Jabuti 2023 na categoria Literatura Juvenil.
Da Literatura ao Palco
O espetáculo, aprovado no edital SESC Pulsar 2022, tem circulado em diversos espaços culturais, incluindo o Museu do Pontal, Casa do Saber Popular e escolas do Rio. O livro que inspirou a peça foi publicado pela editora Poesia Viral e ganhou destaque com sua indicação ao Prêmio Jabuti.
“Acho que sou um caso raro de alguém que escreve a história, edita o livro e faz a adaptação para o teatro,” destaca Fagerlande, que também assina o texto, direção e as canções originais da peça.
Sobre o Artista
João Pedro Fagerlande é mestre e doutor em Literatura Brasileira pela UFRJ, com uma carreira marcada pela união da poesia e do teatro. Fundador da Poesia Viral Produções, criou projetos de incentivo à leitura como o “Grandes Poetas Brasileiros” e o “Circuito Carioca de Saraus”. Com seis livros publicados, ele já se apresentou em 14 estados, participando de importantes eventos literários no Brasil.
Ficha Técnica
Texto, direção, atuação e canções originais: João Pedro Fagerlande
Supervisão de cena: Anderson Barreto
Supervisão musical: Ricardo Góes
Cenário e figurino: Patrícia Nunes
Assessoria de imprensa: Carlos Pinho
Serviço
Espetáculo: O jumento que foi à Lua
Temporada: 16 de novembro a 01 de dezembro, sábados e domingos, às 16h
Local: Teatro Ziembinski – Rua Heitor Beltrão, s/n, Tijuca, em frente ao metrô São Francisco Xavier
Entrada: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia-entrada), no local ou pelo link: Rio Cultura Tickets
Classificação: Livre
Duração: 60 minutos
Capacidade: 106 lugares
Acessibilidade: Sala acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida
A Fundação Mudes abriu 794 vagas de estágio e emprego para esta semana, oferecendo oportunidades para estudantes de níveis superior, médio e técnico, além de vagas para o programa Jovem Aprendiz e contratação CLT. O valor da bolsa-auxílio pode chegar a R$ 2 mil, e as inscrições são feitas diretamente no site da Fundação, www.mudes.org.br.
Oportunidades por Nível de Ensino
Ensino Superior: As carreiras com maior número de vagas incluem Administração (100), Ciências Contábeis (38) e Economia (8). Também há oportunidades para cursos variados, como Arquitetura, Biomedicina, Direito, Letras, Gastronomia, Informática, Medicina, Pedagogia, Veterinária e Sistemas de Informação, entre outros.
Jovem Aprendiz: O programa oferece 76 vagas para jovens em busca de uma primeira experiência no mercado de trabalho.
Ensino Médio: São 87 vagas de estágio para estudantes do ensino médio, incluindo 2 vagas para Pessoas com Deficiência (PcD).
Cursos Técnicos: Com 129 vagas no total, as áreas de Técnico em Administração (35) e Técnico em Eletrônica (12) lideram a lista. Há vagas adicionais para Técnico em Edificações, Técnico em Contabilidade, Técnico em Mecânica e mais.
Contratação CLT: São 13 oportunidades, divididas entre níveis de ensino fundamental (1 vaga), médio (6 vagas) e superior (6 vagas).
Processo de Inscrição
Todas as etapas, desde a candidatura até o processo seletivo, são realizadas de forma remota, facilitando o acesso para candidatos de diferentes regiões. Para dúvidas sobre o processo de inscrição, os interessados podem entrar em contato com a Fundação Mudes por e-mail (contato@mudes.org.br), através do Fale Conosco no site ou pelas redes sociais.
Após uma temporada de estreia de grande sucesso, o espetáculo de dança VOGUE FUNK retorna ao Rio de Janeiro com duas apresentações imperdíveis nos dias 16 e 17 de novembro, no Espaço Cultural Sérgio Porto em Humaitá. A performance explora a intersecção entre o Funk carioca e a cultura Ballroom/Vogue, dando visibilidade à potência da arte periférica e da resistência cultural. Com apresentações marcadas para sábado (16) às 20h e domingo (17) às 19h, o espetáculo promete uma imersão nos ritmos, movimentos e expressões dos corpos periféricos.
Rafael Fernandes, diretor artístico e idealizador de VOGUE FUNK, ressalta a importância de trazer para o palco expressões culturais que historicamente enfrentaram marginalização. “Ambas as culturas, Funk e Ballroom, são formas de sobrevivência frente a diversas opressões. Elas são a força da juventude periférica, agora destacadas em seu lugar de excelência,” afirma Rafael.
A diretora geral, Patfudyda, enfatiza a carga de resistência e inovação nas coreografias, inspiradas em gestos radicais e poses insubordinadas. “Organizamos uma série coreográfica para desafiar convenções e nutrir memórias culturais. Cada pose é uma afirmação de resistência e uma disputa por novos significados,” destaca ela.
O espetáculo reúne grandes nomes do cenário Ballroom e Funk, como Mother Juju Ninja, líder de uma das maiores casas Ballroom do mundo; André Oliveira DB, referência do passinho e vencedor do Red Bull Dance Internacional; e Kill Bill Balenciaga, um dos maiores nomes do Vogue no Brasil. A presença desses artistas e suas trajetórias pessoais adiciona uma camada de autenticidade ao espetáculo, celebrando a individualidade de cada performer.
Depois de uma estreia lotada no Sesc Copacabana e uma participação destacada no Festival Internacional de Artes Cênicas da Bahia (FIAC), em Salvador, VOGUE FUNK agora faz parte da programação pré-selecionada da MITbr – Plataforma Brasil para 2025, evento que integra a Mostra Internacional de Teatro de São Paulo (MITsp).
Produzido pela Quafá Produções, que há mais de uma década atua na produção cultural voltada à cultura urbana e periférica, VOGUE FUNK é um símbolo de resistência e visibilidade para as artes periféricas.
Serviço
Espetáculo: VOGUE FUNK
Local: Espaço Cultural Municipal Sérgio Porto, Rua Visconde de Silva, S/N, Humaitá, Rio de Janeiro
Datas: 16 e 17 de novembro de 2024
Horários: Sábado às 20h e domingo às 19h
Ingressos: R$ 50 (inteira); R$ 25 (meia), disponíveis em Rio Cultura Tickets
Com foco em inovações nos preparos de pescados, o Festival Gastronomia do Mar 2024 oferece um circuito gastronômico que inclui pratos inspirados nas culinárias japonesa e nordestina, além de petiscos criativos e sanduíches. O evento acontece de 23 de novembro a 7 de dezembro em cerca de 30 restaurantes e bares no Rio de Janeiro, Niterói e proximidades, com o objetivo de celebrar a diversidade e o potencial gastronômico do mar.
Curadoria e Organização Idealizado pela C Comunicação e com curadoria da chef Flávia Quaresma, o festival abrange toda a cadeia produtiva dos pescados, trazendo do mar ao prato uma experiência completa para os consumidores.
Circuito Gastronômico e Eventos ao Ar Livre
O circuito, com pratos exclusivos à base de pescado, estará disponível nos restaurantes participantes durante todo o festival, conforme os horários de cada estabelecimento. Aos sábados, o festival promove eventos abertos ao público, com aulas de culinária gratuitas ministradas por chefs renomados no Palco Sesc, seguidas de shows no Palco Naturgy. As aulas e apresentações ocorrem:
23 de novembro – Jardim Icaraí
30 de novembro – em frente ao Mercado São Pedro
7 de dezembro – Praça Mauá, Rio de Janeiro
Destaques do Festival
Entre os pratos inovadores do circuito estão:
Hot Pulpo no Polvo Bar (Rua General Polidoro, 156, Botafogo) – Um sanduíche de pão de leite amanteigado com tentáculo de polvo, guacamole, maionese de missô e gremolata (R$ 59), idealizado pela chef Monique Gabbiati.
Baozi Odashi no Odashi (Rua Lopes Trovão, 474, Icaraí, Niterói) – Um hambúrguer de salmão empanado no pão oriental a vapor, com cream cheese, molho exclusivo, molho tarê, picles de mamão verde e alface americana, servido com folhas de arroz crocantes (R$ 18,90).
Baião de Dois do Mar no Siri (Av. Quintino Bocaiuva, 159, São Francisco, Niterói) – Inspirado na culinária nordestina, o prato inclui camarão, polvo e lula junto a feijão fradinho, arroz e queijo coalho (R$ 129,90 para duas pessoas).
Camarão Arretado de Bom no Canto do Peixe (Av. Visconde do Rio Branco, 701, Centro, Niterói) – Camarões empanados com recheio de três queijos, acompanhados de arroz cremoso ao limão siciliano, batata palha e alho poró (R$ 175,99 para duas pessoas).
VM Jurujuba Imperial no Bicho Papão (Av. Carlos Ermelindo Marins, 1217, Jurujuba, Niterói) – Doze camarões VM com arroz cremoso feito com creme de leite, catupiry, alho poró e açafrão, finalizado com batata palha (R$ 199,90 para duas pessoas).
Bolinho de Camarão com Batata no Malona’s (Av. Beira Mar, 6450, Itaipuaçu, Maricá) – Petisco de camarão empanado como recheio de bolinho de batata, com queijo mozzarela e geleia de pimenta.
Sobre o Festival
Patrocinado pela Naturgy e pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, o Festival Gastronomia do Mar visa movimentar a cadeia produtiva dos pescados, com apoio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa. Conta ainda com o apoio institucional da Secretaria de Estado de Energia e Economia do Mar, além de colaborações com a Fecomércio-RJ, Sesc, Senac, SindiRio, Abrasel, e as prefeituras de Niterói e do Rio de Janeiro.
Nos últimos dias, Angra dos Reis, uma das joias da Costa Verde, foi palco de um famtour especial como parte da terceira etapa do programa Turismo Rural RJ, promovido pela Secretaria de Estado de Turismo (Setur-RJ) e pela TurisRio. A ação reuniu influenciadores digitais para explorar e divulgar o turismo rural da região, oferecendo uma nova perspectiva que vai além das praias e ilhas paradisíacas de Angra, com foco em atrações naturais e culturais.
O secretário de Estado de Turismo, Gustavo Tutuca, destacou a importância das parcerias com influenciadores para ampliar o alcance e a diversidade do turismo no estado. “Com os famtours e o poder das redes sociais, o turismo de nosso estado se fortalece. A parceria com influenciadores é crucial para conectar o destino com um público diversificado, atingindo nichos específicos como aventureiros, famílias e trilheiros,” afirma Tutuca.
Pablo Kling, vice-presidente da TurisRio e coordenador do programa Turismo Rural RJ, ressaltou a relevância de diversificar a oferta turística para além do sol e mar. “Ao diversificar o turismo, esses destinos atraem um público mais amplo e prolongam a temporada, beneficiando a comunidade local e promovendo uma experiência rica e autêntica,” complementa Kling.
Durante o famtour, os influenciadores visitaram a Fazenda de Algas Camiranga em Ilha Grande, onde puderam observar tartarugas nadando livremente e se alimentando das algas. O influenciador João Mateus (@oriopelomeusolhos) elogiou a experiência: “Uma experiência única! Ver as tartarugas livres é encantador. Recomendo a todos que venham conhecer.”
Outro destaque foi o meliponário em Ilha Grande, onde se produz mel de abelhas nativas sem ferrão, uma novidade para muitos. “Uma proposta diferente para um destino conhecido por suas praias. Aprendemos muito sobre meliponicultura,” conta o influenciador Vitor Moraes (@eitaviajante).
Além dessas visitas, o roteiro incluiu uma série de atividades, organizadas pela TurisAngra, que proporcionaram uma imersão completa na cultura caiçara e nos atrativos rurais de Angra dos Reis:
Culinária caiçara: Almoço tradicional no restaurante Praia de Fora, onde os influenciadores degustaram pratos típicos locais.
Experiências de imersão: Estadia confortável no Hotel Samba no Bracuhy e uma conversa cultural no Bar do Chuveiro.
Sítio Jibóia Encantada: Visita no Parque Mambucaba, com observação da fauna e flora locais.
Birdwatching no Frade: Conduzido pelo guia Carlos Dutra, onde os participantes observaram diversas espécies de aves.
Almoço típico no Bar do Breves: Localizado no Zungu, oferecendo uma experiência autêntica da culinária local.
Encontro com a cultura indígena em Bracuhy: Aproximação com a cultura e as tradições indígenas locais.
Marc Olichon, presidente da Turisangra, reforçou a importância do turismo rural para Angra dos Reis: “Esse segmento do turismo atrai visitantes que permanecem mais tempo e vivenciam experiências únicas, agregando valor ao nosso destino.”
Sobre o Programa Turismo Rural RJ
O programa Turismo Rural RJ é uma iniciativa conjunta da Setur-RJ, TurisRio e Seappa, que visa impulsionar o turismo rural no estado. A ação busca mostrar o lado menos explorado de regiões que, como Angra dos Reis, são tradicionalmente focadas no turismo de sol e mar, ampliando as opções e promovendo o desenvolvimento local.
Em comemoração ao feriado nacional de 15 de novembro, Proclamação da República, e ao aniversário da cidade de Cabo Frio (celebrado em 13 de novembro), o Centro de Visitação do Projeto Albatroz abrirá suas portas com entrada gratuita para todas as idades. Localizado na Avenida Wilson Mendes, s/n, Porto do Carro, o espaço oferece uma oportunidade única para turistas e moradores conhecerem as exposições de biodiversidade marinha e cultura oceânica das 10h às 17h.
O Centro de Visitação, inaugurado em setembro de 2023 e patrocinado pela Petrobras, inclui diversas atrações distribuídas em quatro pavilhões expositivos, com destaque para o esqueleto em tamanho real de uma baleia-jubarte e uma réplica do albatroz-de-sobrancelha-negra, além de um ponto de observação de aves na Lagoa de Araruama. Durante o passeio, os visitantes têm a chance de conhecer a história do Projeto Albatroz, a importância da preservação das aves marinhas e do ecossistema dos manguezais, e ainda caminhar por uma trilha autoguiada com vista para a biodiversidade local.
Paulo Salomão, coordenador de educação ambiental do Projeto Albatroz, enfatiza o papel da visitação gratuita como um incentivo ao público para valorizar a conservação marinha: “Acreditamos que é preciso conhecer para conservar. Por isso, queremos que todos possam ter um contato próximo com a cultura oceânica e a mensagem de preservação,” afirma.
Daniele Rocha, coordenadora do Centro de Visitação, reforça a importância de inserir o espaço na rota turística de Cabo Frio, especialmente em feriados e nas férias de verão: “Queremos que o Centro se torne um ponto de encontro e aprendizado para turistas e moradores, promovendo uma experiência educativa e prazerosa.”
Sobre o Projeto Albatroz
O Projeto Albatroz, fundado em Santos (SP) em 1990 e patrocinado pela Petrobras desde 2006, trabalha pela preservação dos albatrozes e petréis, aves frequentemente ameaçadas pela captura incidental na pesca. Por meio de pesquisas, políticas públicas e atividades de educação ambiental, a organização colabora com pescadores e parceiros institucionais para promover estratégias de conservação. Atualmente, o Projeto mantém bases em quatro estados brasileiros e, desde 2023, o Centro de Visitação em Cabo Frio. Em âmbito internacional, o Projeto Albatroz participa de iniciativas como o Acordo para a Conservação de Albatrozes e Petréis (ACAP) e o Plano Nacional de Conservação de Albatrozes e Petréis (PLANACAP), reforçando o compromisso com a proteção do ecossistema marinho.
Serviço
Evento: Entrada gratuita no Centro de Visitação do Projeto Albatroz
Data: 15 de novembro de 2024
Horário: Das 10h às 17h
Local: Av. Wilson Mendes, s/n, Porto do Carro, Cabo Frio – RJ
Atrações: Exposições sobre biodiversidade, esqueleto de baleia-jubarte, ponto de observação de aves, trilha autoguiada
A Companhia de Dança Marcio Cunha estreia a nova temporada de seu espetáculo “Sacro” no dia 14 de novembro no Teatro Cacilda Becker, no Catete. Com um elenco de veteranos da dança carioca, os bailarinos Giselda Fernandes, Alexandre Bhering e Frederico Paredes trazem suas vivências para a cena, explorando temas de vulnerabilidade e memória. A temporada, que fica em cartaz até 1º de dezembro, marca uma continuação do primeiro “Sacro”, apresentado em 2022, e retoma a narrativa exatamente de onde parou.
Para o coreógrafo e diretor Marcio Cunha, o título do espetáculo reflete uma dualidade essencial: “O nome do espetáculo veio de duas palavras que para mim fazem muito sentido: uma é a ideia do sagrado; a outra está relacionada ao corpo, porque sacro é o nome de um osso que fica na base da coluna,” explica. Em uma imersão criativa no Sítio Vale de Luz, em Nova Friburgo, diretor e bailarinos exploraram seus próprios “baús de memórias”, confrontando emoções e ressignificando experiências para construir a nova versão de “Sacro”.
A abordagem artística de Cunha enfatiza a importância de se expor, como uma forma de conexão com o público. “O que faz sentido de ser dançado nos tempos de hoje? Vou dançar o quê? Que tipo de experiência vou ter num mundo acelerado?” questiona ele. Para o diretor, o trabalho exige que os intérpretes abram suas “cascas” e revelem suas feridas. Ele cita o poeta Rumi: “É através das nossas feridas que a luz entra no nosso corpo.”
Entre as obras que inspiraram a criação de “Sacro” está o livro A Terra Dá, A Terra Quer, do filósofo e mestre quilombola Antônio Bispo dos Santos, também conhecido como Nêgo Bispo. Para Bispo, “somos povos de trajetórias, não somos povos de teoria. Somos da circularidade: começo, meio e começo. As nossas vidas não têm fim”. Essa visão influenciou a construção cíclica e contínua do espetáculo, que reflete sobre as experiências humanas sem começo ou fim.
Oficinas e atividades paralelas
Durante a temporada, os bailarinos e o diretor realizarão oficinas gratuitas no Teatro Cacilda Becker, oferecendo ao público a chance de explorar diferentes técnicas de dança e movimento. As oficinas são:
Um professor do Departamento de Química do CTC/PUC-Rio, André Pimentel, criou uma ferramenta para garantir a integridade na escrita acadêmica e lidar com o desafio da cópia ou do plágio. Usando inteligência artificial (IA), o Gotcha GPT permite que o uso ético do ChatGPT seja fiscalizado, diferenciando manuscritos gerados por máquinas e humanos, em inglês e português, usando modelos de classificação.
O mapeamento e a construção do banco de dados foram criados a partir de textos científicos em inglês e em português de revistas da American Chemical Society e da Sociedade Brasileira de Química.
Para divulgar o seu trabalho, Pimentel acaba de publicar um artigo no Journal of Chemical Information and Modeling. Em dezembro, o professor vai apresentar uma palestra sobre a ferramenta no 4º Simpósio de Educação em Ciência da UFRJ.
Aberto e gratuito, o Gotcha GPT está disponível sob a Licença MIT na plataforma do Github do autor. Lá são encontrados também um tutorial e a documentação completa sobre como executar seu protocolo.
O metrô do Rio de Janeiro terá um esquema de funcionamento padrão durante o período de seis dias que abrange os feriados de Proclamação da República, G20 e Consciência Negra, entre o fim da atual semana e o início da próxima.
Na próxima sexta-feira (15/11), Dia da Proclamação da República, e em 20/11, Dia da Consciência Negra, o MetrôRio seguirá o horário padrão de feriados, isto é, das 7h às 23h (de Brasília).
Já na segunda (18/11) e na terça (19/11), apesar da Prefeitura da capital fluminense ter decretado ambos os dias como feriados municipais devido ao encontro dos principais chefes de Estado do mundo na cúpula do G20, a operação do metrô será mantida como nos dias úteis, ou seja, das 5h às 00h.
Vale ressaltar que no fim de semana, isto é, dias 16/11 (sábado) e 17/11 (domingo), o funcionamento do MetrôRio também será padrão, ou seja, das 5h às 00h e das 7h às 23h, respectivamente.
A Companhia de Dança Marcio Cunha estreia a nova temporada de seu espetáculo “Sacro” no dia 14 de novembro no Teatro Cacilda Becker, no Catete. Com um elenco de veteranos da dança carioca, os bailarinos Giselda Fernandes, Alexandre Bhering e Frederico Paredes trazem suas vivências para a cena, explorando temas de vulnerabilidade e memória. A temporada, que fica em cartaz até 1º de dezembro, marca uma continuação do primeiro “Sacro”, apresentado em 2022, e retoma a narrativa exatamente de onde parou.
Para o coreógrafo e diretor Marcio Cunha, o título do espetáculo reflete uma dualidade essencial: “O nome do espetáculo veio de duas palavras que para mim fazem muito sentido: uma é a ideia do sagrado; a outra está relacionada ao corpo, porque sacro é o nome de um osso que fica na base da coluna,” explica. Em uma imersão criativa no Sítio Vale de Luz, em Nova Friburgo, diretor e bailarinos exploraram seus próprios “baús de memórias”, confrontando emoções e ressignificando experiências para construir a nova versão de “Sacro”.
A abordagem artística de Cunha enfatiza a importância de se expor, como uma forma de conexão com o público. “O que faz sentido de ser dançado nos tempos de hoje? Vou dançar o quê? Que tipo de experiência vou ter num mundo acelerado?” questiona ele. Para o diretor, o trabalho exige que os intérpretes abram suas “cascas” e revelem suas feridas. Ele cita o poeta Rumi: “É através das nossas feridas que a luz entra no nosso corpo.”
Entre as obras que inspiraram a criação de “Sacro” está o livro A Terra Dá, A Terra Quer, do filósofo e mestre quilombola Antônio Bispo dos Santos, também conhecido como Nêgo Bispo. Para Bispo, “somos povos de trajetórias, não somos povos de teoria. Somos da circularidade: começo, meio e começo. As nossas vidas não têm fim”. Essa visão influenciou a construção cíclica e contínua do espetáculo, que reflete sobre as experiências humanas sem começo ou fim.
Oficinas e atividades paralelas
Durante a temporada, os bailarinos e o diretor realizarão oficinas gratuitas no Teatro Cacilda Becker, oferecendo ao público a chance de explorar diferentes técnicas de dança e movimento. As oficinas são:
O Al Farabi, localizado no coração do Centro do Rio, prepara uma programação especial e gratuita para o feriadão, com o objetivo de revitalizar a região e celebrar a diversidade cultural. Situado na vibrante Rua do Mercado, com entrada também pelo Boulevard Olímpico, o espaço combina música ao vivo, literatura e gastronomia, transformando a área próxima à Praça XV em um ponto multicultural dinâmico.
Na quinta-feira, dia 14 de novembro, a programação começa às 18h com o grupo Candombaile, que homenageia os tradicionais bailes de candombe do Uruguai. O repertório mistura boleros cubanos, salsas, tangos, sambas e choros, em um show que explora a riqueza dos ritmos latinos ao ar livre. Para acompanhar, o Al Farabi oferece dose dupla de gin tônica e caipirinha no happy hour, das 16h às 19h.
No sábado, 16 de novembro, a festa continua com a roda de samba do projeto Roda na Rua, que desta vez recebe o cantor Tomaz Miranda. A roda de samba, marcada para as 15h, traz um dos encontros mais autênticos da cultura carioca, onde o público participa, canta e bate palmas em uma celebração genuína e coletiva. Em sua segunda edição, o projeto leva rodas de samba ao Boulevard Olímpico, tornando o samba acessível a todos no espaço aberto do Al Farabi.
No mesmo dia, o historiador Luiz Antonio Simas lança seu novo livro, Bestiário Brasileiro: Monstros, Visagens e Assombrações, uma obra que explora o folclore e as narrativas populares do Brasil. “A história de um povo é também a história de seus fantasmas, visagens e assombrações; dos monstros que um dia nasceram – sim, os monstros nascem – e que podem perfeitamente morrer. Para isso basta, às vezes, que deixemos de acreditar neles,” comenta Simas sobre o livro. O lançamento é uma oportunidade para o público mergulhar na rica e assombrosa imaginação brasileira, guiada pela erudição do autor.
Serviço
Instagram: @alfa_bar_e_cultura
Local: Rua do Mercado, 34, com entrada pelo Boulevard Olímpico, Centro do Rio de Janeiro
O bar Hocus Pocus DNA, localizado no bairro de Botafogo, no Rio de Janeiro, traz um toque inovador ao cardápio em novembro, com pratos e cervejas inspirados nas cinco regiões do Brasil. Entre os dias 13 e 23 de novembro, o bar apresentará opções gastronômicas que destacam ingredientes típicos e receitas regionais, oferecendo uma verdadeira viagem culinária pelo país. Além disso, novas cervejas serão lançadas ao longo do mês para enriquecer a experiência.
Para o menu de almoço, o destaque vai para o Pirarucu com Risoto de Tucupi do Norte, que harmoniza a acidez do tucupi com o jambu e o sabor intenso do pirarucu. Já o Sul é representado pelo Bolinho de Arroz Carreteiro (R$24 – 2un), uma entrada de bolinhas de arroz cremosas com carne, bacon, linguiça e queijo, ideal para acompanhar uma cerveja refrescante.
Na seção de sanduíches, o Sudeste ganha espaço com a Galinhada no Pão (R$36), um sanduíche de sobrecoxa de frango suculenta, acompanhado de picles de quiabo para um toque ácido. O Nordeste é homenageado com o Sanduíche de Cartola (R$36), que combina carne seca, banana e queijo manteiga em um pão polvilhado com açúcar e canela. Para adoçar, o Pastelinho de Goiás (R$18 – 2un), típico do Centro-Oeste, vem recheado com doce de leite caseiro em uma massa leve. Para completar, o Batida de Abóbora com Coco e Mel (R$36), à base de cachaça, traz abóbora cozida, leite de coco e mel, oferecendo um drink refrescante.
No universo das cervejas, novembro promete lançamentos imperdíveis para os entusiastas. Em busca da “long neck perfeita”, a Hocus Pocus lança a Maya (disponível a partir de 7 de novembro), uma Czech Pils com notas cítricas e amargor médio, ideal para quem prefere um sabor mais leve. Em 14 de novembro, é a vez da lendária Purple Sabbath, que retorna com notas de grapefruit, manga e um toque resinoso, apresentando amargor marcante e teor alcoólico de 7% ABV.
Outro destaque é o retorno da Arjuna Mai, em 21 de novembro, uma cerveja criada em colaboração com a Cool Terps, que incorpora terpenos canábicos Sour Diesel e Strata, trazendo aromas de capim-limão, lima da pérsia e um leve toque de maracujá. Para encerrar o mês, a Too Many Astronauts volta em 28 de novembro, com um mix de melão, melancia e hortelã, adicionando frescor e leveza à West Coast IPA.
Serviço
Instagram: @hocuspocusdna
Local: Hocus Pocus DNA, Rua Dezenove de Fevereiro, 186, Botafogo, Rio de Janeiro
Telefone: (21) 3841-6554
Horário de Funcionamento: Segunda, de 12h às 15h e 18h às 23h; Terça e quarta, de 12h às 23h; Quinta, de 12h à meia-noite; Sexta e sábado, de 12h às 2h.
O restaurante Nam Thai, conhecido como o único estabelecimento no Rio de Janeiro a ostentar o selo internacional Thai Select, celebra a tradicional festa tailandesa das luzes com um menu exclusivo entre os dias 14 e 16 de novembro. A proposta é homenagear o Loi Krathong, um dos festivais mais significativos da Tailândia, em que as pessoas simbolicamente “flutuam” suas mágoas e ressentimentos do ano em cestas de folhas de bananeira, agradecendo à Mãe Kongkha, a “mãe das águas”, pelo uso diário dos recursos hídricos.
“O Loi Krathong significa literalmente ‘luz flutuante’”, explica o chef David Zisman, que há 26 anos comanda a cozinha do Nam Thai. “Durante o festival, pequenos cestos de folha de bananeira são colocados nos espelhos d’água com uma vela acesa. É uma visão emocionante, especialmente à noite, quando a água se ilumina com centenas de luzes flutuantes”, destaca.
Para quem deseja experimentar o espírito do Loi Krathong sem sair do Rio de Janeiro, o Nam Thai oferece um menu exclusivo com pratos elaborados especialmente para a ocasião. A entrada, chamada Kra Ton Tong — que também se traduz como “pequena cesta flutuante” — consiste em cestinhas crocantes de trigo e gergelim, recheadas com frango, milho, batata e cúrcuma, preparados com leite de coco e açúcar de palmeira.
Para o prato principal, o chef Zisman selecionou um suculento peixe branco no vapor, acompanhado do aromático arroz de jasmim. Os clientes podem escolher entre duas opções de molho: molho de chilli levemente picante ou molho cítrico de limão, para complementar o sabor do peixe com um toque tailandês característico.
As sobremesas mantêm o toque exótico do menu, com opções como arroz doce com leite de coco e delicadas fatias de manga fresca. Outra opção é o doce de abóbora com coco em telha de harumaki, acompanhado de calda de laranja e cubinhos de pimenta.
Este menu especial é oferecido a R$ 140 por pessoa, incluindo entrada, prato principal e sobremesa.
Serviço
Data: 14 a 16 de novembro de 2024
Local: Nam Thai – Rua Rainha Guilhermina, 95, Leblon, Rio de Janeiro
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