Definido como um estilo de manifestações artísticas intrinsecamente decorativo e moderno, o Art Déco se destacou principalmente na arquitetura. O conceito surgiu em Paris (França) e, logo após a Primeira Guerra Mundial, chegou ao Brasil nos anos de 1920 em um contexto em que se buscava uma expressão própria na cultura nacional. Neste sentido, o estilo estabelece um diálogo com elementos da arte marajoara, caracterizada pelos motivos geométricos e labirínticos inspirados pela cerâmica indígena da Ilha de Marajó (PA).
É a partir desta inspiração, denominada de Art Déco Marajoara, que o arquiteto Edgar P. Vianna desenvolveu o projeto de um palacete na Rua Visconde de Ouro Preto, 67, em Botafogo. A propriedade ficou fechada por 15 anos e, em 2021, foi comprada pelo Brix Fundo de Investimento Imobiliário, que tem o Opportunity Imobiliário com um dos sócios. O DIÁRIO DO RIO esteve no local e conheceu cada detalhe da propriedade, agora chamada de Raro Palacete Art Déco, um residencial totalmente repaginado, mantendo os detalhes que tanto chamaram a atenção da nossa equipe.
A viagem no tempo começa com um carro logo na entrada do palacete que, inclusive, está no projeto original. Trata-se de um Cadillac, modelo 62 Sedan, de 1947, que traz toda a atmosfera da época. Outro detalhe que chama a atenção é o piso em mármore russo, fabricado na década de 1920. As linhas retas são uma característica da estética moderna do período, fazendo um trabalho único e artesanal que formam um mosaico muito interessante. A mistura de formas e cores oferece beleza e elegância atemporais. Em outro ambiente, o destaque é o piso original em parquet, elaborado manualmente a partir de peças de madeira nobre e inspirado na arte dos índios da Ilha de Marajó. Seguindo esse caminho, encontramos um clássico piano disposto em um espaço que, à época, era utilizado justamente para saraus.
Também é possível admirar a escada impactante e grandiosa, sendo um importante elemento na composição estética e na circulação do palacete. Estão presentes nela traços modernos e do Art Déco por meio de linhas retas e curvas que se unem em perfeita harmonia. A presença do mármore traz ainda mais nobreza e contornos palacianos. Além de tudo isso, no ambiente externo há uma palmeira imperial, um “presente” único para quem comprar a unidade que será erguida nesta parte do terreno. Para os apaixonados pelo Art Déco, o palacete oferece uma verdadeira imersão no tema.
“Estamos, sem dúvida alguma, diante do resgate de uma das maiores expressões privadas do estilo Art Déco no Brasil. A exuberância da sua beleza em todos os detalhes faz dele uma verdadeira rara obra de arte. Como, antes de mais nada, um apaixonado pelo Art Déco, é com enorme satisfação que participo do ressurgimento desse palacete, que, merecidamente, será para sempre conhecido como Raro”, comenta Márcio Roiter, fundador presidente do Instituto Art Déco Brasil e responsável pela curadoria do Raro.
Projeto boutique terá apenas 22 unidades
Para resgatar a história e colaborar com a melhoria urbanística da cidade, o Brix Fundo de Investimento Imobiliário (FII) criou a marca B.8, voltada exclusivamente para retrofits de propriedades com localização privilegiada na Zona Sul do Rio. O Raro Palacete Art Déco é o segundo empreendimento com este conceito. O primeiro foi o Puro Casas Inteligentes, no Jardim Botânico, vencedor do Prêmio Destaque Ademi na categoria Empreendimento de Pequeno Porte.
O Raro terá apenas 22 unidades de um, dois e três quartos (entre casas e apartamentos de 47,71 a 192,54 metros quadrados), distribuídas entre o palacete e o edifício que será erguido em uma convivência harmoniosa com as linhas do Art Déco original. Para que todos possam admirar esta obra de arte, o hall será único para quem for morar no palacete e para o prédio anexo. Ou seja, todos vão utilizar a mesma entrada. O empreendimento contará ainda com segurança 24 horas e itens de sustentabilidade como horta comunitária, tomadas para bicicletas e carros elétricos, sistema híbrido de aquecimento de água central com placas solares e aparelho de gás, isolamento térmico na cobertura das unidades e paredes externas do palacete com espessura de 40 cm, garantindo maior isolamento térmico e acústico, entre outros.
Só faltou informar o endereço.
Os assaltantes no Rio já podem se animar. Trouxa de quem mora nessa cidade.
Sua vida deve ser muito bosta mesmo para sentir a necessidade de mostrar tanta toxicidade nos comentários